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ANP está estudando 2 blocos na Bacia do Tacutu, em Roraima, visando exploração de petróleo e gás no futuro, segundo jornais locais

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 17/08/2023 às 07:20
Ainda que o caminho até a exploração comercial seja repleto de etapas criteriosas, o potencial para transformar a economia de Roraima e impulsionar a produção de petróleo e gás é notável.
Foto: Saulo Cruz/MME

Ainda que o caminho até a exploração comercial seja repleto de etapas criteriosas, o potencial para transformar a economia de Roraima e impulsionar a produção de petróleo e gás é notável.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) revelou ao Norte Extremo que está conduzindo estudos avançados nos blocos TCT-T-01 e TCT-T02, localizados na Bacia do Tacutu, município de Bonfim. Embora a ANP não tenha incluído esses blocos em suas licitações de exploração de petróleo e gás, os resultados das pesquisas apontam para um futuro promissor na região.

ANP avança com estudos em blocos da Bacia do Tacutu, mas aguarda etapas prévias para inclusão em licitações

Os blocos em questão ainda não foram inseridos nos leilões promovidos pela ANP, devido à necessidade de completar diversas etapas prévias.

Estas englobam estudos detalhados, avaliações ambientais minuciosas, a obtenção de pareceres ambientais e a realização de uma audiência pública.

Onde a comunidade e as partes interessadas podem expressar suas preocupações e opiniões.

Segundo a ANP, a modalidade de “oferta permanente” é a atual abordagem para licitações de áreas destinadas à exploração de petróleo e gás no Brasil.

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Isso implica na oferta contínua de blocos exploratórios e áreas com acumulações marginais, abrangendo bacias terrestres e marítimas em todo o país.

O geólogo especializado em Geologia do Petróleo, Vladimir de Souza, fornece uma visão detalhada do complexo processo envolvido.

Ele destaca a necessidade de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) emitido pelo Ibama, devido à responsabilidade federal sobre o rio Tacutu.

Após as etapas iniciais de pesquisa geológica para avaliar as perspectivas petrolíferas da área, as avaliações finais são conduzidas.

Somente então, a área é apresentada em audiência pública e posteriormente oferecida em leilão.

Souza salienta que a ANP precisa fornecer informações mínimas durante o leilão para despertar o interesse dos potenciais compradores.

Possível exploração de petróleo em Bonfim promete transformar a economia de Roraima

A viabilidade econômica desse empreendimento é ressaltada por Souza, que enfatiza o potencial impacto positivo nos royalties a serem recebidos pelo estado de Roraima e pelo município de Bonfim.

A exploração comercial de petróleo poderia trazer investimentos significativos durante a fase de implantação da infraestrutura de exploração, gerando transformações econômicas consideráveis.

A magnitude dessa transformação dependeria do volume de produção na bacia, podendo inclusive alterar a matriz econômica de Roraima.

Quanto à duração do processo, Vladimir de Souza menciona a variabilidade, destacando que o interesse do Governo Federal pode acelerar ou retardar o procedimento.

Contudo, com o assunto já ganhando destaque e considerando as pressões resultantes das recentes descobertas de óleo na Guiana e Suriname, a possibilidade de um processo acelerado é real.

Souza especula que o leilão dos blocos poderia ocorrer em menos de um ano, se houver informações básicas suficientes.

Em uma estratégia pró-ativa, foi implantado um terceiro curso de geologia na região Norte, com foco em pesquisas petrolíferas, juntamente com um cadastro na ANP.

Essa iniciativa se revelou visionária, visto que a descoberta de indícios de petróleo na Bacia do Tacutu em Bonfim, feita por pesquisadores da Universidade Federal de Roraima em agosto, confirma o potencial da região.

Os vestígios de óleo encontrados em amostras de folhelhos negros e carbonatos coletadas a uma profundidade superficial de 45 metros em 2016, ressaltam a perspectiva de futuras explorações.

Essa descoberta pode desencadear pesquisas mais aprofundadas, abrindo portas para um impacto econômico positivo no Estado.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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