15 empresas estão habilitadas para o novo leilão de partilha em outubro, revela ANP.
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) confirmou nesta terça-feira, 15 de julho, que 15 empresas estão aptas a participar do próximo leilão de partilha de produção, previsto para ocorrer no dia 22 de outubro. A rodada faz parte da modalidade de oferta permanente e inclui 13 blocos localizados nas bacias de Campos e Santos.
A decisão da ANP ocorre após análise da documentação das candidatas. Entre as aprovadas, estão três novas participantes: a 3R Petroleum, agora Brava Energia, além da australiana Karoon e da Prio Forte S.A. As demais 12 já integravam o processo anteriormente.
Rodada pode movimentar mais de meio bilhão em bônus de assinatura
Ao todo, os blocos ofertados no leilão de partilha somam um bônus de assinatura de R$ 516 milhões. Os campos estão distribuídos entre áreas altamente atrativas do pré-sal, e os percentuais mínimos de óleo destinados à União variam de 6,41% a 23,01%, conforme o bloco licitado.
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Na partilha de produção, o bônus é fixo e a concorrência se dá pela oferta de excedente em óleo. Ou seja, o diferencial está na fatia da produção que as empresas destinam ao governo, caso a exploração seja bem-sucedida. Esse excedente será comercializado pela Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA).
Novas interessadas devem se manifestar até agosto
As empresas interessadas em disputar um ou mais blocos precisam apresentar sua declaração de interesse e a respectiva garantia de oferta até 6 de agosto.
Mesmo aquelas que não manifestarem interesse neste prazo poderão participar do leilão por meio de consórcios com companhias que cumpriram os requisitos.
Já no dia 20 de agosto, a ANP divulgará oficialmente os blocos que estarão efetivamente em disputa na rodada de outubro.
Todo o processo faz parte da política de oferta permanente, em que as empresas podem indicar, a qualquer momento, as áreas onde desejam atuar.
Veja quais empresas foram aprovadas pela ANP
A ANP liberou a participação de um conjunto diversificado de empresas, nacionais e internacionais, o que deve trazer mais competitividade à disputa. Confira a lista completa:
- 3R Petroleum (Brava Energia);
- BP Energy do Brasil;
- Chevron Brasil;
- CNOOC Petroleum Brasil;
- Ecopetrol Óleo e Gás do Brasil;
- Equinor Brasil Energia;
- Karoon Petróleo e Gás;
- Petrogal Brasil S.A.;
- Petrobras;
- Petronas;
- Prio Forte S.A.;
- Qatar Energy Brasil;
- Shell Brasil Petróleo;
- Sinopec Exploration and Production;
- TotalEnergies EP Brasil.
Blocos nas bacias de Campos e Santos atraem o setor
Os blocos ofertados estão localizados nas duas principais bacias sedimentares do país, conhecidas pelo alto potencial de exploração.
Na Bacia de Santos, serão oferecidos os blocos Ágata, Amazonita, Ametista, Esmeralda, Jade, Safira Leste e Safira Oeste. Já na Bacia de Campos, estão disponíveis Citrino, Itaimbezinho, Jaspe, Larimar, Ônix e Turmalina.
Entre os destaques, o bloco Ametista terá o menor percentual mínimo de óleo da União (6,41%), enquanto o bloco Safira Oeste apresenta o maior, com 23,01%, ambos localizados na Bacia de Santos.
Oferta permanente garante dinamismo ao setor de petróleo e gás
A iniciativa da ANP com a oferta permanente tem o objetivo de dar maior agilidade aos leilões, permitindo que o interesse das empresas movimente o calendário.
Isso evita a ociosidade de blocos e reforça o interesse do mercado em áreas estratégicas para o desenvolvimento da produção nacional.
Com a entrada de novos players e a continuidade do interesse de grandes operadoras, o leilão de partilha de outubro representa uma oportunidade significativa de avanço para o setor de energia no Brasil.