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Ampliação da competição no mercado de combustíveis e energia vira pauta, com criação de novo projeto de lei criado pelo governo

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 19/08/2022 às 22:24
Governo, combustíveis, energia
Foto: reprodução pixabay.com

O novo PL criado pelo governo prevê uma melhora na política e energética nacional, aumentando a competição no setor de combustíveis e energia

Em mais uma atividade com foco em diminuir o pesadelo dos preços altos dos combustíveis e da energia, o governo instaurou um novo Projeto de Lei que visa modificar as normas da Política Energética Nacional para permitir o acesso de terceiros a dutos de transporte e terminais aquaviários.

A mensagem de envio do texto está publicada no Diário Oficial da União (DOU) do governo desta sexta-feira, 19. De acordo com informações do governo, a proposta pretende maximizar o uso de dutos e terminais, “com objetivo de ampliar a competição no mercado de combustíveis e energia, incentivar investimentos e, assim, propiciar a diminuição dos preços dos combustíveis e energia aos consumidores”.

“A proposta do governo que foi elaborada pelos Ministérios de Minas e Energia (MME) e Economia (ME) tem como objetivo o fortalecimento da atuação da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) na garantia de acesso por terceiros às infraestruturas de transporte das indústrias de petróleo e de biocombustíveis. A medida tem como pilares a transparência, o respeito aos contratos e a ação do órgão regulador nos casos de conflito”, informa nota do MME.

De acordo com o documento, o projeto de lei que visa uma maior competição no setor de combustíveis e energia do governo prevê que a capacidade não usada de dutos de transporte e terminais aquaviários será passível de contratação por qualquer interessado, na forma prevista na regulamentação.

MME ressalta ainda que a ANP vai contar com novos instrumentos para análise com o novo projeto de lei do governo

O MME explica ainda que, se caso o novo projeto de lei do governo tiver aprovação, a ANP passará a contar com novos instrumentos para coibir condutas dos agentes regulados em desacordo com as regras de acesso.

“Essa iniciativa deve promover a maximização do uso dos dutos de transporte e dos terminais aquaviários e, consequentemente, diminuindo custos logísticos e contribuindo para a garantia do abastecimento nacional, com potencial de redução dos preços dos combustíveis e energia“.

O governo declara também que a medida tem caráter estruturante e é essencial no contexto de abertura do mercado de combustíveis e energia, especialmente com o processo de venda de ativos de refino e logística da Petrobras.

Gasolina terá nova redução antes do novo projeto de lei entrar em vigor

O presidente do Sindicombustíveis-DF (Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes do Distrito Federal), Paulo Tavares, declarou que os postos deverão repassar aos clientes a nova redução dos preços da gasolina que foi anunciada na segunda-feira, 15, pela Petrobras. Ontem, por exemplo, no Distrito Federal, o preço do litro da gasolina girava em torno dos R$ 5,20, sendo que no Posto Petrolino, em Taguatinga, o combustível era vendido a R$ 4,99 o litro.

A Petrobras diminuiu em 4,8% o preço do litro da gasolina nas vendas para as distribuidoras, no Distrito Federal, o que significou um corte de R$ 3,71 para R$ 3,53. De acordo ainda com a companhia, a diminuição no preço do combustível pode significar uma redução média de R$ 0,13 do preço nos postos, se considerar a composição do produto que é vendido, 73% gasolina e 27% etanol.

“Não há nada na lei que obrigue os postos a baixarem imediatamente, a transferir as reduções nas refinarias ao preço final vendido nos postos. Porém, na prática, sempre vai até o consumidor final, ele sempre é beneficiado”, disse Tavares.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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