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Ameaça global: Hackers da Rússia atacaram base de petróleo da OTAN, uma das mais estratégicas do mundo. Grupo costuma invadir sistemas da Ucrânia, mas agora quer prejudicar o setor de energia em outros países

Escrito por Sabrina Moreira Paes
Publicado em 03/01/2023 às 13:01
petróleo hackers Rússia Ucrânia OTAN
Hackers russos quase conseguiram vazar os dados de alguns dos países da OTAN | Foto: Click Petróleo e Gás

A Rússia está indo além da guerra contra a Ucrânia e tentando inviabilizar bases de petróleo pelo mundo

E a Rússia ataca novamente. Dessa vez, um grupo famoso de hackers que já conseguiu invadir diversos sites e quebrar sigilo da Ucrânia, tentou atacar a base de petróleo em alguns países da OTAN. Todavia, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) tem um sistema de segurança reforçado e conseguiu evitar danos ainda maiores.

Tal fato chama muito a atenção por extrapolar as fronteiras da Ucrânia e apresentar uma ofensiva para países que poderiam ajudá-la na guerra. Dessa forma, o ataque acende um sinal de alerta para países que integram o tratado, com a finalidade de evitar ataque e vazamento de informações. Quer saber mais sobre essa invasão? Continue a leitura.

Confira o que diz a OTAN sobre a Rússia em relação à sabotagem dos combustíveis nos outros países

Segundo a OTAN, a Rússia pode tentar usar o inverno como uma arma poderosa contra a Ucrânia e seus aliados | Reprodução – Youtube: Jovem Pan News

A tentativa de ataque a base de petróleo aconteceu em agosto, mas só foi divulgada em dezembro de 2022

O Grupo da Rússia que tentou invadir a base de petróleo de países da OTAN já foi identificado com distintos nomes em lugares do mundo. Nesse sentido, o grupo já foi identificado pelos seguintes codinomes:

  • Trident Ursa;
  • Gamaredon;
  • UAC-0010;
  • Primitive Bear;
  • Shuckworm.

Essas denominações surgiram a partir do Serviço de Segurança da Ucrânia. Ademais, o ataque aconteceu em agosto de 2022. No entanto, a divulgação de que algumas bases teriam sofrido o ataque foi efetuada apenas em dezembro, quando as ameaças foram aniquiladas.

Hackers queriam roubar informações a respeito do setor de energia para prejudicar aliados.

O Grupo que fez a tentativa de ataque à OTAN, na base de petróleo, já esteve envolvido em diversas tentativas mal sucedidas no ano de 2022. Afinal, o serviço de segurança conseguiu identificar mais de 500 domínios e em torno de 200 amostras deixadas em acesso aos sistemas. Foram deixados rastros de campanhas de spear phishing e malware, tentando vazar informações.

Ademais, o grupo age abordando em diferentes idiomas como Ucraniano e Inglês. Dessa forma, conseguem invadir os sistemas dos países de interesse com uma facilidade impressionante. Especialistas apontam que o Trident Ursa está com um objetivo de ampliar sua inteligência para se tornar ainda mais imbatível e ter sucesso nos próximos ataques.

Relatório emitido sobre os ataques a bases de petróleo não foi claro sobre quais países foram afetados.

O relatório contendo informações sobre os ataques recebidos não foi claro quanto a quais os países envolvidos na situação. Contudo, o que se sabe é que a Rússia tem grande interesse em afetar aqueles com um forte setor de energia e que estejam alinhadas com a Ucrânia.

Especialistas alertam sobre o quanto isso pode significar uma ameaça global nos próximos meses. Afinal, qualquer país que se declare favorável à Ucrânia pode se tornar um grande alvo dos russos. Sendo assim, não podemos ser ingênuos a ponto de achar que a Rússia não tentará atacar sistemas ou bases de petróleo em outros países, como o Brasil.

Países do Ocidente e contrários à Rússia fazem pressão econômica para que a guerra tenha fim

De um lado, a Rússia tenta vazar dados de países com um forte setor de energia e de outro, os países do Ocidente e da OTAN fazem pressões econômicas e táticas. Dessa forma, o que se busca é um fim para essa guerra que já dura um ano. Contudo, ao que parece, o acordo de paz demorará a chegar, tendo em vista que ainda não há consenso estabelecido.

Entretanto, as autoridades dos países ocidentais garantem que o aumento da pressão e crescente isolamento da Rússia, podem estimular o fim da guerra.

Sabrina Moreira Paes

Moradora da Grande São Paulo, 25 anos, formada pela UFPR com MBA em marketing pela USP. Possui mestrado pela Unicamp e doutorado em andamento na USP. Profissional de marketing, Copy, SEO e Ghost Writer certificada pelas Universidades de Stanford, California, Northwestern e Toronto. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos.

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