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Picape MG U9, da chinesa MG Motor, promete chegar ao Brasil com motor diesel de 224 cv, mais de 1.000 km de autonomia e caçamba integrada à cabine, repetindo o sucesso de mercados como Austrália e Ásia.
A MG Motor prepara a chegada da U9 ao Brasil como sua primeira picape média para disputar o segmento de Toyota Hilux e Ford Ranger.
A estratégia repete o movimento adotado na Austrália, onde o modelo já é vendido com motor 2.5 turbodiesel, tração 4×4, autonomia superior a 1.000 km com tanque de 80 litros e recursos de tecnologia e segurança de última geração.
Por aqui, o lançamento é projetado para ocorrer a partir de 2027, em linha com o calendário da marca para ampliar o portfólio após MG4, S5 e o esportivo elétrico Cyberster.
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Visual robusto e caçamba integrada
A U9 adota linhas retas, proporções imponentes e traseira com lanternas verticais.
O que mais chama atenção, porém, é a integração entre cabine e caçamba, solução que aumenta a rigidez estrutural e aproxima a proposta do estilo norte-americano.
Embora utilize chassi em longarinas, a picape emprega laterais de carroceria contínuas, sem a separação típica entre cabine e “tub”.
Em mercados onde já é vendida como LDV Terron 9, essa escolha é apontada como fator para melhorar o comportamento em asfalto, sem abrir mão da robustez fora de estrada.
Medidas e capacidades
O porte confirma a vocação “monstro” do projeto.
O comprimento passa de 5,50 metros, a largura fica em torno de 2,00 m, a altura beira 1,86 m e o entre-eixos é de 3,30 m.
A caçamba comporta 1.200 litros, com área útil de cerca de 1.561 mm de comprimento por 1.500/1.600 mm de largura, a depender da versão.
Os números de fora de estrada incluem vão livre de 220 mm (215 mm com carga), ângulos de ataque e saída de 29° e 25° e quebra-mato de 20°.
Em carga, há variações: versões com feixe de molas traseiro chegam a 1.100 kg de capacidade; outras, com suspensão traseira independente multilink, ficam entre 825 e 870 kg.
Reboque com freio de 3.500 kg é padrão.
Midgate elétrico e versatilidade
Um dos diferenciais funcionais é o Smart Hatch (Midgate), painel traseiro elétrico que conecta a cabine à caçamba.
Quando rebatido, ele estende o compartimento de carga e permite transportar objetos de até 2,4 metros.
A solução também eleva o volume total para 1.600 litros com os bancos traseiros dobrados.
A tampa traseira com degraus integrados facilita o acesso.
Esses recursos já são oferecidos nas versões superiores do modelo na Austrália e devem orientar o pacote para o Brasil.
Interior tecnológico
Por dentro, a U9 reúne duas telas de 12,3 polegadas — quadro de instrumentos e multimídia — com Apple CarPlay e Android Auto sem fio, carregador por indução e câmeras de visão 360°.
Dependendo do nível de acabamento, há banco do motorista com massagem, iluminação ambiente, teto solar panorâmico e sistema de som JBL.
Em segurança, figuram frenagem autônoma de emergência, controle de cruzeiro adaptativo, monitoramento de ponto cego, alerta de tráfego cruzado e assistentes de faixa.
Motor diesel e tração integral
No lançamento, a U9 deve repetir o conjunto já visto em outros mercados: 2.5 turbodiesel de quatro cilindros, câmbio automático ZF de oito marchas e tração 4×4 com bloqueio de diferencial traseiro.
Versões mais caras incluem bloqueio dianteiro.
Em potência, as fichas técnicas divulgadas pela MG e pela LDV apontam 160 kW e 520 Nm (aproximadamente 218 a 224 cv e 53 kgfm), variação comum conforme padrão de medição.
Com tanque de 80 litros, o consumo oficial de 7,9 L/100 km projetado na Austrália resulta em autonomia superior a 1.000 km.
Conforto e robustez
A suspensão dianteira é sempre independente.
Atrás, o produto combina duas soluções conforme o posicionamento: feixe de molas, mais indicado para carga pesada e que sustenta a meta de 1 tonelada ou mais de payload, e independente multilink, voltada ao conforto e à estabilidade em uso urbano e rodoviário.
A adoção do feixe é o caminho natural para atender à legislação brasileira que restringe o uso de motor a diesel a veículos com capacidade mínima de 1 tonelada.
Estratégia da MG no Brasil
A operação brasileira da MG estreia com MG4, S5 e Cyberster.
A marca já ativou site e redes nacionais, confirmou 24 concessionárias iniciais em 2025 e declarou meta de ampliar a rede em 2026.
A picape U9 entra como segundo movimento, com chegada ventilada para 2027.
Em paralelo, fontes do setor relatam estudos para produção local no médio prazo, ainda sem anúncio oficial de local ou cronograma.
Parceria com a Volkswagen
A U9 integra a família global do projeto vendido como Maxus Interstellar X e LDV Terron 9.
Publicações especializadas apontam que a nova Volkswagen Amarok para a América do Sul, prevista para 2027, compartilhará a plataforma desse conjunto desenvolvido pela SAIC.
Enquanto isso, a Amarok global segue baseada na Ford Ranger, produzida na África do Sul.
Versão híbrida plug-in
Além do diesel, uma U9 plug-in hybrid (PHEV) está prevista em mercados como a Austrália a partir de 2027, de acordo com executivos locais da marca.
Se confirmada no Brasil, ela passará a rivalizar diretamente com a BYD Shark e com a Ford Ranger PHEV, ampliando o leque de opções eletrificadas no segmento.
Por ora, não há ficha técnica oficial divulgada para o sistema híbrido.
Lançamento no mercado brasileiro
O cronograma mais provável coloca a MG U9 no Brasil após a consolidação da rede e do trio de elétricos.
A configuração inicial tende a priorizar o diesel 4×4 com capacidade de carga de 1 tonelada e reboque de 3,5 t, combinando os atributos de utilitário com pacote de tecnologia e conforto.
À medida que a oferta global evoluir, a marca pode considerar versões com foco em conforto e, em etapa posterior, a opção híbrida plug-in.
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