Com novas descobertas científicas, será o fim da bateria de lítio? Pesquisa mostra que mercado crescerá mais de 15% até 2030 e dependência do metal pelas grandes empresas não deve diminuir
De acordo com um relatório publicado pela Vision Research Reports, o mercado de baterias de lítio crescerá mais de 15% até o ano de 2030 e chegará ao valor de US$ 120 bilhões, mesmo com as novas descobertas científicas, como a possibilidade de armazenar a energia em areia, que foi anunciada recentemente pela Finlândia. A alta acumulada em um ano supera as commodities de petróleo brent, carvão e gás natural juntas!
A dependência do Brasil e de outros países sobre as baterias de lítio deve aumentar devido aos seus benefícios: possuem uma eficiência de carregamento energético que chega a 98%, sem contar que permitem a operação em uma temperatura mais ampla, saindo de -30 a 55°C. Em suma, a durabilidade é outro aspecto de destaque sobre este tipo de produto, que, muitas vezes, pode chegar a mais de 7 mil ciclos.
Commodities | Alta em 1 ano |
Lítio | 375% |
Petróleo | 33% |
Gás natural Carvão | 110% 17% |
Objetivo de diminuir a dependência das commodities do lítio pode ficar para a próxima década
Com a crise da Covid-19, a indústria conseguiu minerar menos lítio do que estava sendo exigido pelas demandas do mercado. Dessa forma, os preços se elevaram e prejudicaram praticamente todo o setor de carros elétricos, visto que algumas empresas não conseguiram manter os seus antigos custos de produção. Alguns acordos comerciais devem reduzir esta baixa oferta, como no caso do Brasil, que aprovou um projeto que prevê a criação de milhares postos de empregos ao permitir que as mineradoras exportem o lítio com menor burocracia para o exterior.
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Os cientistas e pesquisadores trabalham diariamente para desenvolver novas tecnologias que permitem que haja a diminuição da dependência expressiva do lítio, mas elas ainda são muito caras e inviáveis para estarem dispostas em alta escala no mercado. Um exemplo disso são as baterias de areia de elevado peso que foram criadas pela Finlândia e que conseguem armazenar uma elevada parcela de energia por meses. Ou então, as baterias formadas por resquícios de madeira pelos ex-executivos da Tesla.
“Além dos fatores de crescimento, o mercado também enfrenta desafios que podem dificultar o seu crescimento. Essas restrições são produtos químicos perigosos contidos nas baterias usadas, como ácidos e metais pesados, risco de combustão, descarga não planejada e armazenamento e transporte regulamentados de baterias pelos governos nacionais” afirma o Alt Energy.
Commodity do lítio teve alta acima de 375% em apenas um ano com baixa oferta e elevada procura!
De acordo com o portal Investing, é estimado que o lítio esteja enfrentando uma das suas maiores altas devido a crise deixada pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que fez com que o valor do metal fosse disparado em mais de 375,63% em apenas um ano. Alta esta que é superior à do petróleo e carvão juntos!
Grandes empresas, como a produtora de veículos elétricos Tesla, anunciaram interesse no Brasil para a compra do metal, como forma de suprir a necessidade para a produção das baterias de carros elétricos. Segundo o publicado pela Reuters, o Brasil previa o investimento acima de R$ 15 bilhões após a flexibilização, do governo de Jair Bolsonaro, sobre a exportação de lítio para o exterior. Além disso, o SIGMA prevê que o país se tornará uma potência de exportação com a aprovação do recente projeto.
Indústrias terão que se adaptar em um cenário de pós pandemia com alta das commodities, inclusive metais e petróleo
Com a pandemia da Covid-19, mesmo superando o marco de dois anos, algumas cidades da China continuam com isolamento social e isso prejudica a economia global. Tendo isso em vista, muitas empresas estão tendo que se adaptar a novas mudanças ou parceiros comerciais para que o caixa não termine no vermelho. O mercado de baterias de lítio vem enfrentando uma forte baixa de profissionais, o que causa a quebra da cadeia de produtividade de vários outros setores.