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Alerta no mercado! Preço do petróleo despenca mais de 3% e atinge o menor valor desde 2021: Descubra o motivo dessa queda brutal

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 11/09/2024 às 08:31
preço do petróleo
Foto: Reprodução

Entenda os motivos por trás da queda de mais de 3% no preço do petróleo, que chegou ao menor nível desde 2021, e o impacto dessa baixa histórica no mercado global

O preço do petróleo caiu mais de 3% na terça-feira, atingindo o menor nível desde dezembro de 2021. O movimento reflete a contínua fraqueza na demanda global, com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) revisando para baixo suas previsões de crescimento da demanda para 2024 e 2025.

O petróleo West Texas Intermediate (WTI) encerrou o dia com uma queda de cerca de 4%, cotado a US$ 65,75 por barril, enquanto o Brent fechou em US$ 69,19, ambos apresentando recuos significativos.

A principal razão para a queda dos preços do petróleo está relacionada à demanda, especialmente com a desaceleração econômica em mercados-chave como a China.

O país asiático, que tem enfrentado dificuldades econômicas, inclusive uma crise no setor imobiliário, reduziu seu consumo de petróleo, optando por alternativas mais baratas e sustentáveis, como o gás natural. Isso tem pressionado o preço do petróleo de forma contínua.

Foto: Reprodução

Revisão da demanda pela OPEP, afetando o preço do petróleo

Em seu relatório mensal, a OPEP revisou para baixo suas expectativas de crescimento da demanda global por petróleo, prevendo agora um aumento de cerca de 2,0 milhões de barris por dia em 2024, uma redução de 80 mil barris em relação à projeção anterior.

A perspectiva para 2025 também foi ligeiramente reduzida. A demanda menor, especialmente por diesel, tem sido impulsionada pela desaceleração em setores como manufatura, construção e transporte rodoviário. Além disso, a adoção crescente de caminhões movidos a gás natural liquefeito (GNL) tem diminuído ainda mais a procura por diesel.

Embora a OPEP ainda mantenha expectativas de crescimento mais otimistas do que outras entidades do setor, como a Agência Internacional de Energia (AIE) e a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA), analistas do mercado têm se mostrado céticos quanto a essas previsões.

A OPEP+ tem sido simplesmente otimista demais em suas previsões de crescimento da demanda”, disse Andy Lipow, presidente da Lipow Oil Associates. Segundo ele, a recente revisão da OPEP é um reflexo das dinâmicas atuais entre oferta e demanda, que continuam desafiadoras.

Impacto global

A queda do preço do petróleo reflete não apenas a situação na China, mas também sinais de crise econômica em outras regiões, como os Estados Unidos e a Europa. No Ocidente, o término da temporada de viagens de verão contribuiu para a diminuição da demanda por combustíveis, pressionando ainda mais os preços do petróleo. Além disso, a perspectiva de um crescimento econômico mais lento nessas regiões também tem contribuído para a redução nas expectativas de consumo.

Na semana passada, a OPEP+ decidiu adiar a reversão de alguns cortes voluntários de produção, originalmente programados para outubro. Isso significa que, apesar da queda na demanda, a oferta de petróleo não aumentará no curto prazo, o que poderia limitar quedas adicionais nos preços.

Mesmo com a desaceleração da demanda e os preços em baixa, a EIA prevê que o preço do petróleo Brent poderá subir novamente. De acordo com sua projeção, o Brent deve atingir uma média de US$ 82 por barril no quarto trimestre de 2024 e US$ 84 por barril em 2025. Essa previsão baseia-se na expectativa de que os cortes de produção da OPEP+ manterão a oferta abaixo do consumo global.

Impacto nos preços de combustíveis

Nos Estados Unidos, a queda do preço do petróleo tem ajudado a reduzir também os preços da gasolina. Segundo analistas, a média nacional de preços do combustível pode cair para cerca de US$ 3 por galão até o final do ano.

Esse alívio para os consumidores vem em um momento de incerteza quanto aos impactos da tempestade tropical Francine, que segue em direção ao Texas e à Louisiana. Apesar do possível aumento da força dos ventos, a previsão é de que a tempestade tenha impacto mínimo nos preços do petróleo e no fornecimento de gasolina.

Com a queda do preço do petróleo, o mercado já apagou todos os ganhos acumulados no ano. O WTI, por exemplo, registra uma queda de cerca de 5% em 2024, enquanto o Brent caiu aproximadamente 8%. A expectativa é de que, com a demanda global ainda fraca e incertezas econômicas persistentes, o preço do petróleo permaneça pressionado nos próximos meses.

A volatilidade no preço do petróleo continua sendo uma preocupação para economias globais, principalmente em países dependentes de exportações de energia. O equilíbrio entre oferta e demanda, junto com as questões geopolíticas e transições energéticas, deverá ditar o ritmo dos próximos movimentos do mercado.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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