A engenharia reversa de mísseis Hellfire americanos resultou em drones armados desenvolvidos pela Coreia do Norte. Veja como essa inovação militar está elevando as tensões internacionais e representando uma nova ameaça global!
A Coreia do Norte surpreendeu a comunidade internacional ao revelar drones militares equipados com mísseis de engenharia reversa dos Estados Unidos. Durante uma conferência da United States Army Association em 2024, o Brigadeiro General Patrick Costello destacou a crescente ameaça que esses novos drones norte-coreanos representam, especialmente na região do Indo-Pacífico.
As semelhanças com os drones americanos MQ-9 Reaper e RQ-4 Global Hawk e a cópia de mísseis Hellfire chamaram a atenção, gerando preocupação entre as autoridades dos EUA.
Drones da Coreia do Norte e a tecnologia de engenharia reversa
Os drones desenvolvidos pela Coreia do Norte, como o Saetbyol-4 e o Saetbyol-9, têm uma semelhança notável com os modelos americanos, tanto em design quanto em armamento. Especialistas acreditam que a Coreia do Norte utilizou técnicas de engenharia reversa para replicar a tecnologia de drones e mísseis dos EUA.
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O míssil Hellfire, em particular, é amplamente usado em drones americanos em várias zonas de conflito, e sua cópia representa um avanço significativo para o regime de Pyongyang.
Em julho de 2023, a Coreia do Norte exibiu pela primeira vez esses drones durante um desfile militar, onde um dos modelos foi filmado disparando mísseis que lembram fortemente o AGM-114 Hellfire.
Embora os detalhes técnicos dessas armas ainda não sejam totalmente conhecidos, a comunidade de inteligência americana acredita que espionagem ou a recuperação de peças em zonas de conflito possam ter contribuído para o desenvolvimento dessa tecnologia.
Essa situação coloca em evidência a capacidade da Coreia do Norte de desenvolver armamentos modernos, que podem não ser tão avançados quanto suas contrapartes ocidentais, mas são suficientemente perigosos para desestabilizar a segurança regional.
A crescente ameaça no Indo-Pacífico
A presença de drones norte-coreanos com mísseis de longo alcance representa um novo desafio para os países da região do Indo-Pacífico. Os Estados Unidos e seus aliados estão cada vez mais preocupados com o impacto dessa tecnologia em potenciais conflitos, especialmente em áreas já tensionadas, como a Península Coreana.
O General David Stewart, Diretor do Joint Counter-UAS Office, destacou que os drones se tornaram uma parte fundamental dos conflitos modernos, e as forças armadas dos EUA estão cientes da importância de desenvolver tecnologias antidrones para se proteger contra essas novas ameaças.
Em resposta a esse cenário, o Departamento de Defesa dos EUA solicitou um orçamento de US$ 2,4 bilhões para sistemas aéreos não tripulados no ano fiscal de 2025. Além disso, foi feita uma solicitação adicional de US$ 741 milhões para financiar tecnologias antidrones, que ainda não receberam o devido financiamento.
Empresas como a Anduril, uma das líderes na produção de tecnologias de defesa, estão à frente no desenvolvimento de sistemas que podem neutralizar drones inimigos. Recentemente, a empresa assinou contratos bilionários com o Comando de Operações Especiais dos EUA, reforçando a importância de contar com tecnologias de defesa contra drones, que são vistas como cruciais em futuros cenários de combate.
Impactos geopolíticos e possíveis alianças com a Rússia
O avanço da Coreia do Norte em drones armados também levanta preocupações sobre sua cooperação com a Rússia. Nos últimos meses, surgiram rumores de que Pyongyang poderia compartilhar suas novas tecnologias militares com Moscou, fortalecendo as capacidades russas na guerra contra a Ucrânia.
Isso não apenas representaria um aumento nas capacidades bélicas da Rússia, mas também consolidaria uma aliança estratégica entre os dois países.
Além dos drones, a Coreia do Norte tem demonstrado avanços no desenvolvimento de mísseis balísticos. Em 14 de janeiro de 2024, o país testou com sucesso um míssil balístico de combustível sólido, equipado com uma ogiva hipersônica.
Esse tipo de míssil, além de ser mais rápido e mais difícil de interceptar, é capaz de atingir alvos estratégicos importantes, como a base americana em Guam. Isso aumenta significativamente as tensões no Pacífico e coloca a capacidade de defesa dos EUA à prova.
Tensão crescente na Península Coreana
A Península Coreana, por sua vez, enfrenta um período de tensões políticas crescentes. Recentemente, a Coreia do Norte propôs uma emenda constitucional que desafia o status da Coreia do Sul como um estado separado, o que pode complicar ainda mais a relação entre as duas nações.
Embora Pyongyang insista que não busca um confronto militar, suas ações indicam uma preparação para conflitos futuros, caso a situação exija.
Esses desenvolvimentos são um lembrete claro de que as capacidades militares da Coreia do Norte estão evoluindo rapidamente, e o mundo precisa estar preparado para lidar com as implicações geopolíticas dessa nova realidade.
A combinação de drones armados, mísseis hipersônicos e alianças estratégicas pode alterar o equilíbrio de poder em uma região já instável, e os próximos anos serão cruciais para determinar o impacto desses avanços tecnológicos no cenário global.