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Além de compras: Brasil quer fabricar nacionalmente um porta-aviões nuclear até 2040

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 15/03/2024 às 16:29
Atualizado em 16/03/2024 às 00:06
Além de compras: Brasil quer fabricar nacionalmente um porta-aviões nuclear até 2040
Foto: Divulgação

Planos ambiciosos do Brasil para fabricar um porta-aviões nuclear até 2040, mesmo sabendo das complexidades técnicas, financeiras e geopolíticas dessa empreitada na modernização de sua capacidade de defesa marítima.

Em uma reviravolta audaciosa para a estratégia de defesa naval, o Brasil sinaliza seu interesse em desenvolver um porta-aviões nuclear, visando uma projeção significativa de sua força marítima até 2040. Esta iniciativa, sem precedentes na América Latina, colocaria o Brasil em um seleto grupo de nações capazes de operar essa potente ferramenta de projeção de poder global.

O Brasil, com sua extensa costa e responsabilidades na Amazônia Azul, vê o porta-aviões nuclear como um vetor crítico para a projeção de força e a defesa de seus interesses marítimos. A intenção de adquirir tal capacidade reflete uma visão de longo prazo para fortalecer sua posição geopolítica e defesa nacional.

Desafios operacionais para fabricar um porta-aviões nuclear

A complexidade da operação de um porta-aviões nuclear é colossal, exigindo investimentos significativos em tecnologia, treinamento e infraestrutura. O Almirante Marcos Sampaio Olsen destaca as limitações atuais da Marinha do Brasil, indicando a necessidade de uma base financeira sólida para suportar tal empreendimento.

Embora a estratégia de defesa do Brasil preveja a incorporação de um porta-aviões até 2040, a viabilidade dessa ambição é questionada por analistas. As considerações incluem a capacidade industrial do país, os custos astronômicos e a necessidade de uma doutrina militar que suporte a operação contínua de uma plataforma naval dessa magnitude.

Contexto geopolítico e comparativo

O exemplo da Rússia, que não priorizou porta-aviões em sua estratégia naval, serve como uma referência para o debate sobre a necessidade e eficácia desses navios na doutrina militar brasileira. A decisão de prosseguir com um porta-aviões nuclear será influenciada não apenas por considerações nacionais, mas também pelo cenário geopolítico global.

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O plano do Brasil de adquirir um porta-aviões nuclear até 2040 é uma meta ambiciosa que redefiniria o perfil naval do país no cenário mundial. A realização deste objetivo dependerá de uma série de fatores, incluindo desenvolvimentos tecnológicos, alocação de recursos financeiros e a evolução da estratégia de defesa nacional. A jornada para este marco será marcada por desafios significativos, mas também pelo potencial de consolidar o Brasil como uma potência naval proeminente.

Mas, por que além de compras?

A Marinha do Brasil também demonstra interesse em adquirir o porta-aviões HMS Prince of Wales do Reino Unido, marcando um passo significativo em suas ambições navais. Com a intenção de fortalecer sua projeção de poder e capacidade defensiva, o Brasil considera esta aquisição para substituir os antigos porta-aviões desativados. No entanto, o alto custo de operação e manutenção, juntamente com a necessidade de modernizar e expandir a frota atual, coloca em questão a viabilidade desta aquisição. A competição internacional, especialmente da Austrália, e os desafios técnicos associados ao HMS Prince of Wales, adicionam complexidade à decisão final da Marinha do Brasil. (Leia a matéria completa).

Qual a força naval do Brasil e qual o maior navio construído no Brasil? 

Qual a força naval do Brasil e qual o maior navio construído no Brasil? 
NAM Atlântico (A140)

A Marinha do Brasil, com um efetivo de cerca de 81.040 membros, é a maior força naval da América Latina e uma das mais significativas das Américas. Suas responsabilidades abrangem a defesa do vasto litoral brasileiro, as águas territoriais e a Amazônia Azul, além de desempenhar papéis cruciais em missões humanitárias, de pesquisa e segurança. Equipada com uma variedade de navios, submarinos e aeronaves, a Marinha do Brasil é um componente vital da estratégia de defesa e projeção de poder do país.

O NAM Atlântico (A140), um porta-helicópteros de assalto anfíbio, é atualmente o maior navio operado pela Marinha do Brasil. Adquirido do Reino Unido, onde serviu anteriormente como HMS Ocean, o Atlântico desempenha um papel significativo nas operações anfíbias, comando e controle, e projeção de força da Marinha. Embora não construído no Brasil, sua aquisição representa um marco importante na modernização e expansão das capacidades navais do país.

Na era dos encouraçados, o Brasil se destacou com a aquisição dos dreadnoughts Minas Gerais e São Paulo no início do século XX. Esses navios eram considerados entre os mais poderosos da época e colocaram o Brasil no mapa como uma força naval significativa na América do Sul. Embora a era dos dreadnoughts tenha passado, eles permanecem uma parte importante do legado naval brasileiro.

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Rafaela Fabris

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