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Boeing 747-400, com quatro motores GE CF6 e consumo de até 10,5 toneladas de combustível por hora, ainda é usado em voos de carga e carrega 416 passageiros em longas distâncias

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 28/07/2025 às 09:29
Boeing 747-400, com quatro motores GE CF6 e consumo de até 10,5 toneladas de combustível por hora, ainda é usado em voos de carga e carrega 416 passageiros em longas distâncias
Foto: Boeing 747-400, com quatro motores GE CF6 e consumo de até 10,5 toneladas de combustível por hora, ainda é usado em voos de carga e carrega 416 passageiros em longas distâncias
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O Boeing 747-400, um dos aviões mais icônicos da história, queima até 10,5 toneladas de combustível por hora, leva 416 passageiros e continua voando como cargueiro em rotas globais.

O Boeing 747-400 é mais do que um avião: é um símbolo da aviação moderna. Com quatro motores potentes, consumo médio de 10,5 toneladas de combustível por hora e capacidade para 416 passageiros, ele ajudou a conectar continentes e moldar o transporte aéreo como conhecemos. Hoje, aposentado de muitas companhias aéreas, o modelo continua voando no setor de carga, mantendo vivo o legado da lendária “Rainha dos Céus”.

Boeing 747-400: o avião que mudou a aviação comercial

Lançado em 1988, o Boeing 747-400 é a quarta geração da família 747, uma linhagem que começou em 1969 e revolucionou o transporte aéreo. O modelo foi projetado para oferecer mais eficiência do que seus antecessores (747-100, 747-200 e 747-300), mas mantendo a robustez do design quadrimotor.

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Com 70,6 metros de comprimento e uma envergadura de 64,4 metros, o 747-400 foi a aeronave escolhida por companhias como Lufthansa, British Airways, Qantas e KLM para voos intercontinentais. Seu alcance de 13.450 km permitia voos sem escalas entre cidades distantes, conectando o mundo de maneira inédita.

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Consumo de combustível do Boeing 747-400

Apesar das melhorias em relação às versões anteriores, o Boeing 747-400 é um dos aviões mais “gastões” já fabricados. Em cruzeiro, o modelo consome até 10,5 toneladas de combustível por hora – cerca de 12.600 litros de querosene de aviação.

Para efeito de comparação, um Boeing 787, avião moderno e bimotor, gasta aproximadamente 5 toneladas por hora. Essa diferença ajuda a explicar por que tantas companhias aposentaram o 747-400: o custo do combustível representa até 40% das despesas de uma operação de longo curso.

Motores GE CF6: potência e consumo

Grande parte do consumo está ligado aos quatro motores General Electric CF6-80C2, que produzem cerca de 60 mil libras de empuxo cada. O 747-400 também pode usar motores Pratt & Whitney PW4000 ou Rolls-Royce RB211, todos igualmente potentes.

Essas turbinas foram fundamentais para o sucesso do modelo: permitiram decolagens com quase 400 toneladas de peso máximo e cruzar oceanos sem escalas. Mas a força desses motores tem um custo: o combustível queimado para manter um gigante de quase 400 toneladas no ar por 12 ou 14 horas seguidas.

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Capacidade de passageiros e carga

Em configuração típica de três classes (Primeira Classe, Executiva e Econômica), o Boeing 747-400 transportava 416 passageiros. Algumas companhias, como a British Airways, usavam configurações de alta densidade para até 524 assentos.

Além disso, o porão do 747-400 comportava mais de 20 toneladas de carga em voos de passageiros. Isso permitia às companhias aéreas gerar receita extra transportando mercadorias, correio, até animais de grande porte.

Por que o Boeing 747-400 consome tanto combustível?

Há duas razões principais:

  • Design quadrimotor: Quatro motores significam mais potência e redundância, mas também mais consumo. Bimotores modernos, como Boeing 787 e Airbus A350, fazem a mesma rota gastando 20% a 30% menos combustível.
  • Peso e dimensões: Com 181 toneladas de peso vazio e quase 400 toneladas de peso máximo, o 747-400 é uma das aeronaves mais pesadas já fabricadas. O combustível necessário para mantê-lo em voo é proporcional ao seu tamanho.

Uso atual: aposentado de passageiros, mas rei do setor de carga

A partir dos anos 2010, muitas companhias começaram a aposentar o Boeing 747-400 de voos comerciais. O alto consumo, a idade da frota e a chegada de modelos mais econômicos tornaram o quadrimotor inviável para passageiros. British Airways, Qantas, KLM e Delta retiraram o modelo de circulação.

Porém, o 747-400 não saiu dos céus. Hoje, ele domina o transporte cargueiro mundial. Empresas como Atlas Air, Cargolux, UPS e Kalitta Air continuam usando dezenas de unidades. O espaço e a robustez do avião permitem transportar de carros de luxo a cavalos de competição, motores de avião e equipamentos industriais pesados.

Curiosidades e legado do Boeing 747-400

  • “Rainha dos Céus”: apelido carinhoso dado pela imprensa e pilotos.
  • Primeiro cockpit digital da série: o 747-400 eliminou o engenheiro de voo e reduziu a tripulação de três para dois pilotos.
  • Hotéis e restaurantes: vários 747 aposentados viraram hotéis, bares e até atrações turísticas em museus.
  • Cinema e cultura pop: o modelo aparece em dezenas de filmes, de “O Terminal” a “O Lobo de Wall Street”, consolidando sua imagem icônica.

O futuro do 747-400

A produção do 747 foi encerrada em 2023, mas os 747-400 continuarão voando como cargueiros por muitos anos. Aviões dessa categoria podem operar 40, até 50 anos, e a robustez do modelo garante que ele ainda será visto em aeroportos por muito tempo.

Enquanto companhias apostam em aeronaves mais econômicas, como Boeing 777, 787 e Airbus A350, o 747-400 permanece insubstituível em certas rotas de carga. Seu consumo de combustível é alto, mas sua capacidade e confiabilidade compensam.

Por que o Boeing 747-400 ainda fascina?

Mesmo queimando 10,5 toneladas de combustível por hora, o 747-400 deixou uma marca impossível de apagar na história da aviação. Ele representou o auge das viagens internacionais, popularizou voos intercontinentais e se tornou sinônimo de aviação de longo alcance.

Hoje, continua sendo uma visão impressionante: um gigante com quatro motores, carregando centenas de toneladas, e lembrando ao mundo que nem sempre eficiência é o único objetivo — às vezes, fazer história também é.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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