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Ainda este mês, Governo abrirá consulta sobre a privatização do Porto de Santos

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 10/01/2022 às 10:47
Porto de Santos – Porto - privatizão
Portos de Santos, no litoral de São Paulo/ Fonte: Portos e Navios

Consulta pública da privatização do Porto de Santos, que ocorrerá em 2022, deve ser aberta no próximo dia 20

A previsão para o Porto de Santos é de que seja leiloado no segundo semestre de 2022. Visto isso, é provável que o Governo Federal abra a consulta pública para a privatização do porto no dia 20 de janeiro. Com esse ato realizado, o modelo de venda do complexo portuário, que é o maior da América Latina, vai ter os detalhes conhecidos.

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O Ministério da Infraestrutura pretende publicar, também em janeiro, no dia 14, o edital do leilão da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), a qual é responsável pela administração dos portos organizados de Vitória e Barra do Riacho e vai a leilão para privatização ainda no primeiro semestre.

O processo de vender portos públicos será iniciado com a privatização da Codesa. Após essa venda, acontecerá o maior empreendimento dessa carteira – o Porto de Santos. Com a privatização desse complexo portuário, a expectativa é de a empresa seja colocada no posto de maior porto do Hemisfério Sul, o que atrairá cerca de R$ 16 bilhões de investimentos.

“Vamos publicar o edital da Codesa no dia 14, a nossa primeira desestatização, estamos empolgados em avançar com esse projeto. Achamos que vai ter tanto player nacional como player estrangeiro para a Codesa, estamos conversando com bastante gente”, declarou a secretária de Planejamento, Desenvolvimento e Parcerias do Ministério da Infraestrutura, Natália Marcassa.

Investimentos no Porto de Santos

O Ministério da Infraestrutura almeja, no médio prazo, aprofundar o canal para 17 metros, iniciativa que irá tornar possível que navios de 400 metros entrem em Santos. De acordo com o secretário nacional de Portos e Transportes Aquaviários do Ministério da Infraestrutura, Diogo Piloni, essa obra unida aos demais projetos, como remodelar as linhas ferroviárias no porto e investir em contratos de arrendamento, possibilitará que Santos movimente mais de 240 milhões de toneladas de carga em 2040 – foram movimentadas 146,6 milhões de toneladas em 2020 (os dados de 2021 ainda não foram divulgados).

O plano de privatização do Porto de Santos poderá ser avaliado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) apenas depois de ocorrer o processo de consulta pública e o fechamento da modelagem. No que diz respeito à Codesa, a Corte já aprovou o leilão, fato que permite publicar o edital no dia 14 de janeiro.

A diversidade de operadores e de cargas movimentadas no Porto de Santos faz com que seja necessário um modelo para reduzir riscos de divergências de interesse entre as empresas que comandam terminais dentro do porto e os novos administradores do complexo. Com isso, para privatizar o Porto de Santos, o Governo decretou regras – e estuda mais opções – com o objetivo de evitar o abuso de poder econômico da futura administradora.

Por isso, em relação ao que foi estabelecido para a privatização da Codesa, o Governo aumentou o número de empresas que possuirão limitações na disputa. Nela, a regra é que operadores do porto ou do Estado do Espírito Santo não poderão fazer parte da próxima concessionária com mais de 15% individualmente ou de 40% em conjunto. Já para o Porto de Santos, além da contenção relativa aos operadores, a restrição também afetará armadores e concessionárias de ferrovias que trabalham dentro do porto. Os percentuais, entretanto, continuam os mesmos.

O Governo também analisa outra forma de evitar concentração de atividades no Porto de Santos com a privatização, porém ainda não possui uma conclusão a cerca da ferramenta. O que está sendo avaliado é limitar a concentração de mercado para companhias que operam no complexo. A regra precisa levar em conta as peculiaridades de setores específicos, principalmente levando em consideração que o Porto de Santos é multicargas.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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