No sul de Minas Gerais, uma cidade de apenas 21 mil habitantes se destaca internacionalmente pela concentração de fontes de água carbogasosa natural, atraindo turistas, pesquisadores e movimentando toda a economia local com sua tradição centenária.
Localizada ao sul de Minas Gerais, Caxambu se destaca internacionalmente por abrigar a maior fonte natural de água carbogasosa do planeta.
O município, com pouco mais de 21 mil habitantes segundo estimativas de 2025, consolidou sua identidade e sua economia em torno das 12 fontes de água mineral distribuídas em seu território, reconhecidas por propriedades digestivas e desintoxicantes.
A fama de Caxambu como capital das águas carbogasosas naturais se deve à impressionante concentração e diversidade de nascentes, que atraem visitantes de diferentes regiões do Brasil e do exterior.
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No Parque das Águas de Caxambu, considerado o principal cartão-postal da cidade, é possível encontrar diferentes tipos de água mineral, cada uma com composição e sabor próprios.
As águas que brotam do solo, naturalmente gaseificadas, apresentam altos índices de bicarbonato, cálcio, magnésio e outros minerais.
Tais características garantem efeitos benéficos à digestão e contribuem para processos de desintoxicação do organismo, conforme apontam estudos hidrológicos publicados por instituições como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Origem do nome e tradição milenar
O nome “Caxambu” tem origem na língua tupi e significa literalmente “água que borbulha”.
Essa denominação traduz a relação profunda da cidade com suas fontes naturais, que há séculos são procuradas tanto por turistas quanto por moradores em busca de saúde e bem-estar.
Segundo registros históricos do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG), as águas da região já eram utilizadas por povos indígenas antes da chegada dos colonizadores portugueses.
Além disso, a cultura local reforça essa identidade: o brasão de armas do município exibe três torneiras jorrando água, símbolo que homenageia o potencial hídrico e remete ao Parque das Águas.
O parque, inaugurado oficialmente em 1872, segue sendo referência nacional e internacional quando o assunto é turismo de bem-estar, sendo reconhecido também pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).
Parque das Águas de Caxambu: patrimônio e inovação
O Parque das Águas de Caxambu ocupa uma área de 210 mil metros quadrados e reúne 12 fontes de águas minerais, cada uma com características químicas e terapêuticas distintas.
Entre elas, destacam-se a fonte Dona Isabel, de onde sai a água com maior concentração de gás carbônico natural do mundo, e a fonte Leopoldina, tradicionalmente associada ao auxílio em questões digestivas.
No local, há ainda balneários para banhos de imersão, inalação e duchas, atividades muito procuradas por turistas em busca de relaxamento e tratamentos naturais.
Estudos da Associação Brasileira da Indústria de Águas Minerais (ABINAM) reforçam que a região sul de Minas Gerais apresenta condições geológicas únicas, que favorecem a formação de águas naturalmente gaseificadas, também conhecidas como águas carbogasosas.
Segundo a ABINAM, cerca de 60% da produção nacional de água mineral se concentra em cidades mineiras e do interior paulista, mas Caxambu se destaca pela diversidade e pureza das águas.
Impacto econômico e social da água mineral em Caxambu
A economia de Caxambu está profundamente conectada à exploração sustentável das fontes de água mineral.
Empresas locais e regionais atuam na captação, envase e distribuição da água carbogasosa, abastecendo tanto o mercado nacional quanto internacional.
O turismo, especialmente o de saúde, é o principal motor econômico da cidade, movimentando hotéis, restaurantes, comércio e serviços relacionados.
O município também investe em políticas públicas para preservação ambiental, monitorando constantemente a qualidade das águas e buscando proteger o lençol freático.
O Parque das Águas, além de espaço turístico, é considerado área de proteção ambiental pelo governo estadual desde 1989.
Dados oficiais da Prefeitura de Caxambu apontam que, em 2024, cerca de 250 mil turistas visitaram o parque, número expressivo para uma cidade de pequeno porte.
Curiosidades sobre Caxambu e as águas carbogasosas
Muitos visitantes relatam a sensação de leveza e bem-estar após consumir a água diretamente das fontes.
O processo de gaseificação, totalmente natural, diferencia Caxambu de outras cidades produtoras de água mineral, onde o gás é adicionado artificialmente durante o envase.
Além disso, o município promove anualmente festivais e feiras temáticas sobre água mineral e bem-estar, incentivando a educação ambiental e a valorização dos recursos hídricos.
No contexto brasileiro, a cidade de Águas de Lindóia, em São Paulo, também é referência na produção de água mineral, respondendo por aproximadamente 60% do volume distribuído no país.
Entretanto, Caxambu se destaca por ser reconhecida mundialmente como o maior polo de água carbogasosa em estado natural, o que potencializa o turismo e a exportação do produto.
Propriedades da água de Caxambu e saúde
A água mineral de Caxambu é especialmente procurada por suas propriedades digestivas e potencial desintoxicante.
Pesquisas indicam que o consumo regular dessas águas pode auxiliar no funcionamento intestinal e colaborar para a eliminação de toxinas do corpo.
No entanto, médicos e especialistas recomendam sempre acompanhamento profissional para uso terapêutico, já que cada tipo de água possui uma composição diferente.
Por que tantos turistas e pesquisadores continuam interessados nas fontes naturais de Caxambu, mesmo após séculos de história e uso contínuo dessas águas carbogasosas?