Petroleiras e prestadoras de serviços offshore em Macaé e outras cidades produtoras do Brasil reclamam da falta de infraestrutura do Aeroporto
RIO — O Aeroporto de Macaé deveria ser um dos símbolos de prosperidade na cadeia de óleo e gás, marcando a retomada cidade e nos municípios do entorno do Rio de Janeiro, mas o efeito está sendo justamente ao contrário e literalmente ela esta perdendo oportunidades de fazer negócios. Acontece que desde de 2015, a cidade está sem vôos comerciais por causa da falta de condições da pista de pouso e decolagens, obrigando muita petroleiras e prestadoras de serviços a transportar sua mão de obra executiva e técnica em longas jornadas por vias terrestres, o que demanda tempo e desgaste físico.
O Espirito Santo quer embargar o crescimento de Macaé
Apesar de todos os problemas citados acima, uma licitação prevista este ano para ajustar a pista foi homologada para resolver o problema( leiam esta matéria aqui), mas o governo do Espirito Santo não gostou muito do ritmo que Macaé vem se recuperando e temendo perder terreno, fluxo de passageiros e vôos para o seu aeroporto em Vitória, declarou que entrará na justiça contra esta licitação, bem no momento em que a cidade precisa atender a logística de operadoras de petróleo multinacionais que estão alocadas na cidade.
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Apesar do forte golpe econômico que ele sofreu nos últimos anos, Macaé ainda é considerada a capital nacional de exploração de petróleo. Ela concentra bases das maiores petroleiras do planeta atualmente e apesar da Bacia de Campos sofrer com o declínio natural de produtividade dos campos maduros, os últimos leilões recentes fizeram estas jazidas receberem investimentos milionários para revitalizações, exploração de novos ativos e novas plataformas de perfurações que devem chegar nos próximos meses/anos.
A Azul quer voltar para Macaé
A Azul Linhas Aéreas Brasileiras é quem operava no Aeroporto de Macaé antes do fim das atividades em 2015 e se viu obrigada a interromper os serviços na cidade porque ela renovou a sua frota de aviões de baixa capacidade de transporte para aeronaves que comportam mais de 70 passageiros, simplesmente a pista não é compatível para aviões deste tipo. Mas a própria azul declarou que deseja voltar a afretar na cidade e aguarda ansiosamente por estas obras. Ela executava vôos regulares para Macaé ligando a cidade a Rio, Campos, Vitória e Campinas, as únicas atividade hoje no aeroporto de Macaé são de helicópteros para atender as plataformas offshore.
“O empresário Aroldo Alves Siqueira Júnior, dono da fabricante de equipamentos para plataformas Tech Ocean, sediada em Macaé, era um passageiro assíduo. A viagem levava apenas 40 minutos até a capital capixaba e, de lá ele seguia de carro até Aracruz, onde fica a segunda unidade da empresa. Desde que os voos foram suspensos, ele faz o trajeto de carro a cada dez dias e leva até nove horas. Mais oito executivos da empresa precisam se deslocar entre as duas fábricas de tempos em tempos. O trajeto é feito em ônibus fretado, que não sai por menos de R$ 2.500.”, disse em entrevista ao GLOBO.
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