Tecnologia promete revolucionar o mundo, podendo até mesmo substituindo os smartphones. Será o início do fim dos celulares?
Será que os smartphones estão com os dias contados?
Em uma surpreendente reviravolta no mercado de tecnologia, uma parceria entre a EssilorLuxottica e a Meta promete transformar o mundo dos dispositivos vestíveis e, quem sabe, destronar os celulares de uma vez por todas.
Com óculos de alta tecnologia que vão além das tradicionais armações da Ray-Ban, a empresa revela seu mais novo produto com inteligência artificial integrada, apostando em uma experiência de conectividade quase invisível.
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Mas o que realmente está por trás dessa inovação e como ela pode ameaçar os gigantes da tecnologia, como Apple e Samsung?
No segundo semestre de 2024, a EssilorLuxottica alcançou um impressionante valor de mercado de € 100 bilhões, um feito que coroa a visão do fundador Leonardo Del Vecchio, falecido em 2022.
A companhia, detentora de marcas icônicas como Ray-Ban e Oakley, traz agora óculos equipados com IA e câmeras, fruto de uma colaboração ambiciosa com a Meta, a empresa de Mark Zuckerberg.
Conforme Francesco Milleri, CEO da EssilorLuxottica, os óculos inteligentes possuem potencial para substituir smartphones, assim como o streaming substituiu os CDs e os motores elétricos desafiam os motores de combustão.
Ray-Ban com câmera: o futuro dos dispositivos vestíveis?
Com funções que vão desde tirar fotos e gravar vídeos até realizar transmissões ao vivo no Facebook e Instagram, os óculos Ray-Ban Meta prometem revolucionar a forma como interagimos com a tecnologia.
Nos Estados Unidos, esses dispositivos avançados ainda contam com o assistente de inteligência artificial da Meta, permitindo interações e comandos por voz em tempo real.
De acordo com Milleri, esse desenvolvimento inovador visa posicionar a empresa como líder na computação vestível, transformando os óculos em um acessório indispensável e altamente interativo.
Ele destaca que “óculos como estes poderão substituir a maioria dos outros dispositivos tecnológicos”, apontando para um futuro em que os celulares podem ser coisa do passado.
A parceria com a Meta representa um esforço de longo prazo, com planos de criar múltiplas gerações de óculos inteligentes cada vez mais sofisticados.
Zuckerberg, inclusive, comparou a Meta e a EssilorLuxottica à Samsung europeia, vislumbrando uma nova era tecnológica.
Nos próximos anos, a Meta também planeja adquirir uma participação de 5% na EssilorLuxottica, fortalecendo essa aliança estratégica.
EssilorLuxottica e Meta: uma relação que gera bilhões
A parceria entre a EssilorLuxottica e a Meta não se limita à fabricação de óculos, mas busca o desenvolvimento de uma nova categoria de produtos vestíveis com aplicações práticas e cotidianas.
No terceiro trimestre de 2024, a venda de óculos Ray-Ban Meta e lentes fotocromáticas que reagem à luz solar elevou a receita global em 2,3%, totalizando € 6,4 bilhões.
O segmento de venda direta ao consumidor registrou um crescimento de 3,2%, refletindo a forte demanda por esses novos dispositivos.
Para a EssilorLuxottica, os óculos inteligentes representam uma aposta segura, considerando que bilhões de pessoas no mundo já utilizam óculos, seja de sol ou de prescrição.
Milleri afirma que “esses óculos serão tão comuns quanto os smartphones são hoje”, destacando o potencial massivo de mercado e escalabilidade.
Expansão e desafios: além dos óculos inteligentes
Além do desenvolvimento de óculos com IA, a EssilorLuxottica também está diversificando seus investimentos em outras áreas tecnológicas.
Em 2024, adquiriu 80% da Heidelberg Engineering, uma empresa de diagnóstico oftalmológico, fortalecendo seu portfólio de tecnologias para a saúde.
Outras aquisições incluem a marca de streetwear Supreme, por € 1,5 bilhão, visando atrair um público jovem que valoriza tanto moda quanto inovação tecnológica.
A EssilorLuxottica possui licenças para diversas marcas de luxo, o que amplia as possibilidades de colaboração com a Meta para criar óculos que integrem tecnologia de ponta sem comprometer o design.
No entanto, o crescimento rápido dessa tecnologia pode enfrentar barreiras regulatórias em mercados rigorosos quanto à privacidade, como a União Europeia e a China.
O CEO acredita que, no futuro, os óculos inteligentes serão cada vez mais discretos, incorporando inteligência artificial de forma quase imperceptível, sem interferir na estética.
Ele resume o objetivo da companhia: “Criar uma experiência digital completa, diretamente no acessório que você já usa diariamente.”
Uma nova era sem smartphones?
Enquanto a Meta investe em realidade aumentada e dispositivos vestíveis, essa parceria com a EssilorLuxottica é vista como um passo importante para consolidar o conceito de “computação invisível”.
A aposta é que os óculos inteligentes evoluam para um ponto em que possam substituir completamente os smartphones, permitindo que as pessoas estejam conectadas e informadas sem precisar de um dispositivo na mão.
Milleri confia que “os óculos com IA têm potencial para tornar o uso do smartphone obsoleto,” pois eles já integram a vida das pessoas, sendo fáceis de adotar e utilizar em qualquer situação.
Assim, o que começa como uma inovação de luxo pode muito bem se tornar a norma na próxima década.
Com tantos avanços à vista, você estaria pronto para abandonar seu smartphone por um par de óculos inteligentes?