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Adeus C3? Dona da Citroën pede que donos parem de usar carros da marca francesa por risco fatal

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 21/06/2025 às 15:32
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Montadora emite alerta inédito e manda parar uso de milhares de carros Citroën por falha.

A montadora Stellantis emitiu um alerta inédito e urgente para proprietários de veículos Citroën C3 e DS3 fabricados entre 2014 e 2019, pedindo que cessem imediatamente o uso dos automóveis por conta de airbags defeituosos.

A medida foi anunciada após um caso fatal ocorrido na França, no qual uma mulher de 37 anos morreu devido à falha de um airbag Takata.

O equipamento rompeu-se durante uma colisão de baixa intensidade, lançando fragmentos metálicos que provocaram ferimentos fatais na motorista e feriram o passageiro, um adolescente.

Recall emergencial e abrangência inédita

A decisão da Stellantis, dona das marcas Citroën, Peugeot, Fiat, Jeep e outras, reflete a gravidade do problema que envolve os infladores da empresa japonesa Takata, já envolvidos em diversos acidentes ao redor do mundo.

Diferente dos recalls tradicionais, esse chamado exige que os motoristas deixem de dirigir os veículos imediatamente, mesmo antes do conserto ser realizado.

Segundo reportagem publicada pelo Notícias Automotivas, o chamado “stop-drive” agora se estende a veículos que, até então, não estavam incluídos nas ações mais severas de segurança, como os modelos mais recentes do Citroën C3 e DS3.

Até então, apenas unidades produzidas entre 2008 e 2013 estavam sob a recomendação de paralisação, com foco especial em países de clima tropical.

Risco fatal no Citroën C3 mesmo em climas amenos

O novo posicionamento da Stellantis veio após pressão de órgãos reguladores franceses e europeus.

A morte recente reforçou que o risco persiste mesmo em regiões de clima mais ameno, onde antes se acreditava que os airbags Takata teriam menor propensão à falha.

A falha está relacionada à degradação do componente químico usado no insuflador dos airbags.

Com o tempo, sob influência de calor e umidade, o composto se torna instável, o que pode levar à ruptura do airbag com força excessiva — projetando estilhaços metálicos no interior do carro, como uma espécie de bomba.

Substituição gratuita, mas com desafio logístico

A substituição dos airbags defeituosos será feita gratuitamente nas concessionárias da Citroën e da DS Automobiles.

No entanto, o maior desafio, segundo especialistas do setor, está em localizar todos os proprietários dos veículos afetados e convencê-los da urgência em interromper imediatamente o uso.

Ainda há centenas de milhares de unidades com airbags Takata circulando nas ruas da Europa e de outras regiões, inclusive no Brasil.

De acordo com apuração do Notícias Automotivas, a Stellantis tem sido alvo de críticas por não ter estendido antes a gravidade do problema aos modelos mais recentes.

A montadora agora corre contra o tempo para recuperar a confiança do consumidor e evitar novas tragédias envolvendo o Citroën C3 e o DS3.

Escândalo dos airbags Takata ainda afeta o mundo

O escândalo dos airbags Takata, considerado um dos maiores da história da indústria automotiva, já resultou em dezenas de mortes e levou à falência da empresa japonesa em 2017.

Desde então, milhões de veículos de diversas marcas — entre elas Honda, Toyota, BMW, Volkswagen e Ford — foram incluídos em campanhas de recall ao redor do mundo.

Impacto no Brasil e recomendação urgente

No Brasil, o Ministério da Justiça e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) acompanham os desdobramentos da nova fase de recalls.

Embora o alerta atual da Stellantis tenha como foco o mercado europeu, especialistas alertam que os riscos para motoristas brasileiros não podem ser descartados, especialmente em regiões de alta umidade e calor, como Norte e Nordeste.

A recomendação aos proprietários é clara:

Verifique o número do chassi no site da montadora ou nos canais oficiais de atendimento e, se o veículo estiver entre os afetados, suspenda o uso imediatamente.

Mesmo que o carro pareça estar em boas condições, o risco de uma explosão do airbag é considerado inaceitável pelas autoridades de segurança veicular.

Medidas da Stellantis e cenário preocupante

Com a expansão do recall, espera-se que mais de 500 mil unidades entrem na lista de inspeção e substituição.

A mobilização também envolve concessionárias autorizadas, que devem priorizar o agendamento dos reparos e garantir a reposição rápida das peças.

Até o momento, não há registro de novas vítimas desde o alerta mais recente, mas especialistas consideram o cenário preocupante.

A Stellantis afirma estar comprometida com a segurança dos clientes e promete transparência nas ações de correção.

No entanto, o caso reforça a importância de não subestimar avisos técnicos e campanhas de recall — especialmente quando envolvem dispositivos de segurança vital como os airbags.

O site Notícias Automotivas também apontou que esse tipo de falha pode continuar ocorrendo por anos, caso os proprietários não sejam alcançados ou não compreendam a gravidade do risco.

O histórico do caso Takata mostra que atrasos em recalls podem custar vidas, mesmo após os veículos deixarem as linhas de montagem.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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