Brasil e Arábia Saudita fecham acordo que promete mudar o rumo da energia renovável nos dois países. No total, o Brasil receberá investimentos de US$ 10 bilhões.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, assinou recentemente um memorando de entendimento com o Ministério de Energia da Arábia Saudita. Os países atuarão em conjunto com foco na exploração de petróleo e gás e também no desenvolvimento de energia renovável.
Acordo com Arábia Saudita incentiva estudos conjuntos
Segundo Silveira, investimentos serão atraídos para o país, promovendo o desenvolvimento econômico e social no Brasil, gerando emprego, renda e combatendo as desigualdades. O documento abrange áreas como petróleo, gás, energia renovável, eletricidade, eficiência energética, petroquímicos, hidrogênio verde, além da Economia Circular de Carbono.
O acordo incentiva estudos conjuntos em universidades e centros de pesquisa no campo energético e parcerias com empresas especializadas para localizar materiais, produtos e serviços. Vale destacar que, no primeiro dia de visita a países do Oriente Médio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o Príncipe Herdeiro e o Primeiro Ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman. Os dois discutiram a consolidação das relações bilaterais, investimentos nas duas direções para empresas brasileiras e da Arábia Saudita.
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Um dos pontos da conversa foi o investimento de US$ 10 bilhões que o Fundo Soberano Saudita planeja aplicar no Brasil. Desse total, US$ 9 bilhões estão previstos para os próximos sete anos. No leque de possibilidades estão projetos no setor de energia renovável, hidrogênio verde, ciência e tecnologia, agropecuária, defesa e aportes em infraestrutura conectados ao Novo PAC.
No encontro em Riad, capital saudita, o presidente Lula mencionou a aproximação do Brasil com os países da Arábia e destacou o potencial do Brasil para a transição energética e ações de combate à crise climática. Ele antecipou ao príncipe que o país apresentará na COP-28, em Dubai, avanços no controle do desmatamento e ações conectadas à preservação e proteção das florestas tropicais.
Brasil e Arábia Saudita são líderes de suas regiões
A Arábia Saudita tem metas de sustentabilidade que envolvem a produção de 90 GW de energia limpa, até 2030, tanto dentro quanto fora do país. O Brasil é um dos países com maior potencial para receber investimentos com esse fim, em energias renováveis como o hidrogênio verde.
Mohammed Bin Salman destacou a posição do Brasil e Arábia Saudita como líderes econômicos das regiões em que se situam e sinalizou que esse é um indicativo de que uma parceria mais forte e estratégica em energia renovável entre os dois países será interessante para todos os lados.
Os dois líderes projetam que as transações comerciais entre os dois países, que já somam 50 anos, possam saltar dos atuais US$ 8 bilhões para US$ 20 bilhões até 2030.
Príncipe da Arábia Saudita também demonstra interesse em visitar o Brasil
Eles falam sobre o protagonismo da Presidência internacional do Brasil. O príncipe herdeiro mencionou a importância estratégica da Presidência brasileira do G-20, que se iniciou em dezembro.
Mohammed bin Salman também destacou a entrada da Arábia Saudita no BRICS, e afirmou que o país tem interesse em ter uma participação ativa no banco do bloco, o NDB. Convidado pelo presidente Lula, o líder saudita também demonstrou interesse em visitar o Brasil e conhecer, especialmente, a Amazônia.
Ele fez referência ao fato de o Brasil ser um país pacífico e com manifestações culturais muito apreciadas, além do futebol. Os dois líderes e suas respectivas comitivas também manifestaram interesse no desenvolvimento de um Conselho bilateral, em nível ministerial, que se reúna periodicamente para promover o aprofundamento das relações econômicas e políticas entre os dois países, tema comentado igualmente pelo ministro Rui Costa, em contato com a imprensa brasileira presente no país árabe na manhã da última terça.