Greve dos petroleiros chega ao fim. O acordo entre a Petrobras e funcionários prevê que metade dos dias parados será descontada e a outra metade, compensada
Greve dos petroleiros chega ao fim. A Petrobras e os trabalhadores da empresa fecharam um acordo, nesta sexta-feira, põe fim à greve que durou 20 dias. O acordo foi anunciado e mediado pelo ministro do Tribunal Superior do Trabalho Ives Gandra Martins Filho, após reunião medida por ele, em Brasília. A francesa Total licenciou cinco poços de petróleo na Bacia de Campos
Leia também
- Petroserv anuncia vaga de emprego em Macaé para atividades offshore em escala 14 x 14
- Para contratos offshore em Flotel em águas internacionais, há vagas de emprego para brasileiros hoje na multinacional OSM
- Contratos offshore e onshore da multinacional Aker Sotutions demanda vagas de emprego para soldadores e inspetores hoje, 21 de fevereiro
Na última segunda, Ives Gandra atendeu a um pedido da Petrobras e considerou a greve abusiva e ilegal. Um dia depois, o ministro informou que aceitaria mediar as negociações, desde que os trabalhadores suspendessem a greve. A categoria, então, decidiu suspender temporariamente a paralisação.
- Capacitação Gratuita! Sanepar oferece curso gratuito de encanador para profissionais que desejam aprimorar suas técnicas
- Governo Lula quer emitir dívida na China: plano inédito com impacto no futuro econômico do Brasil
- Lucro da Petrobras! Empresa entra no top 5 das petroleiras mais lucrativas do trimestre com resultados espetaculares; atrás de Aramco, ExxonMobil e Shell
- Poluição mais perigosa dos carros realmente vem do cano de escapamento? Nova pesquisa revela fonte surpreendente e negligenciada de poluição dos carros
O acordo prevê que metade dos dias parados será descontada e a outra metade, compensada. A Petrobras aceitou rever a tabela de turnos, uma reivindicação da categoria, para atender “à vontade dos trabalhadores”.
A estatal também vai reter R$ 2,4 milhões das mensalidades dos sindicatos, como forma de multa. A multa original somava R$ 58,5 milhões.
Na próxima quinta-feira haverá uma reunião para discutir as demissões na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen), subsidiária da Petrobras, um dos motivos da greve.
De acordo com a estatal, a fábrica tem apresentado recorrentes prejuízos desde que foi adquirida. A paralisação da categoria começou em 1º de fevereiro.
Para o ministro, o fechamento da fábrica dificilmente será revertido
— A expectativa é nós conseguirmos dar um encaminhamento que satisfaça trabalhadores, que resolva o problema da empresa, mas agora, dificilmente poderemos reverter a questão da empresa voltar a funcionar porque ela está realmente desativada — disse Ives Gandra.
Danos causados pela greve
A greve se arrastou desde o início do mês e atingiu 16 unidades da estatal em dez estados. O movimento veio em resposta à decisão da Petrobras de fechar a fábrica no Paraná e demitir os 396 trabalhadores da unidade — chegando a quase mil, contando com os terceirizados.
A Petrobras diz que a greve não prejudicou a produção de petróleo e de combustíveis e afastou risco de desabastecimento. Para garantir a produção de petróleo e o refino sem interrupções, a empresa mobilizou equipes de contingência, com funcionários capazes de substituir os grevistas
Segundo a Petrobras, os danos provocados pela greve, referentes às horas extras pagas às equipes de contingência e aos salários de temporários foi estimada em R$ 55,9 milhões.