Operação aérea durante cúpula internacional no Rio envolve interceptação de aeronaves não autorizadas, monitoramento intensivo e resposta rápida da Força Aérea Brasileira para proteção de autoridades e garantia de segurança do evento.
A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou uma operação sem precedentes no Rio de Janeiro, durante o fim de semana de 5 e 6 de julho de 2025, interceptando duas aeronaves e um helicóptero que entraram em área restrita enquanto a cidade sediava a cúpula dos Brics, evento que reúne líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
As ações ocorreram sob um esquema de segurança reforçado, motivado pela presença de chefes de Estado e por medidas especiais definidas em decreto federal.
Detalhes das interceptações da FAB
Segundo informações oficiais da FAB, os aviões foram detectados e abordados por caças A-29 Super Tucano, modelos conhecidos por sua atuação em missões de vigilância, defesa e interdição aérea no Brasil.
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A operação teve início quando os radares identificaram a entrada não autorizada das aeronaves na zona delimitada pelo decreto nº 12.542, de 1º de julho de 2025, que regulamentou o controle e monitoramento do espaço aéreo no Rio de Janeiro entre os dias 4 e 8 de julho, justamente para garantir a “soberania do espaço aéreo brasileiro e a proteção das autoridades participantes do Brics”.
Após o contato visual, as equipes de controle de tráfego aéreo orientaram as aeronaves para alteração de rota, procedimento padrão em situações de violação de áreas restritas durante grandes eventos internacionais.
A presença dos caças foi mantida até a completa retirada dos aviões da área de risco, garantindo a observação e o cumprimento das determinações de segurança.
A FAB ressaltou que as ações seguem protocolos rigorosos para proteger tanto os participantes da cúpula quanto a população carioca.
Helicóptero faz pouso misterioso após abordagem
Já o helicóptero, classificado como voo irregular pela FAB, apresentou comportamento atípico.
Conforme o comunicado oficial, ao ser interceptado pelo caça A-29 Super Tucano, a aeronave abandonou a área restrita e realizou um pouso em local isolado, atitude que chamou atenção das autoridades pela falta de comunicação prévia e fuga diante da abordagem militar.
A FAB não detalhou o motivo do sobrevoo ou o destino dos ocupantes, mantendo a apuração dos fatos sob sigilo até a conclusão das investigações.
Vigilância eletrônica e atuação integrada
Durante toda a operação, uma aeronave E-99, equipada com tecnologia avançada de vigilância eletrônica, manteve-se em voo, apoiando o monitoramento em tempo real e reforçando o controle do espaço aéreo.
O E-99 é conhecido por suas capacidades de detecção de movimentos suspeitos e pela função de centro de comando voador, fundamental em situações de alta complexidade como a cúpula dos Brics.
Medidas de segurança em terra e no ar
O plano de segurança aérea durante o evento segue padrões internacionais adotados em encontros multilaterais, incluindo restrição de voos civis, sobrevoo de drones e reforço na fiscalização de aeroportos regionais.
Além das ações no espaço aéreo, o governo federal mobilizou centenas de agentes das Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e de corporações estaduais, implantando bloqueios viários, revistas em áreas de acesso ao evento e até a presença de atiradores de elite posicionados em pontos estratégicos da capital fluminense.
Áreas restritas e procedimentos para aviação civil
Segundo fontes da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Rio de Janeiro, as restrições impostas ao espaço aéreo carioca abrangem diferentes zonas, divididas em faixas conforme o grau de restrição: as áreas mais críticas são totalmente proibidas ao tráfego não autorizado, enquanto as áreas periféricas permitem apenas voos previamente comunicados e autorizados pelo Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA).
O objetivo é garantir resposta imediata diante de qualquer ameaça ou movimentação suspeita.
Capacidade operacional da defesa aeroespacial
De acordo com dados da FAB, incidentes de interceptação aérea são raros em grandes cidades brasileiras e normalmente ocorrem em áreas de fronteira, combate ao tráfico ou fiscalização de atividades ilícitas.
O episódio do Rio de Janeiro, portanto, representa uma demonstração da capacidade operacional da Defesa Aeroespacial Brasileira em contextos urbanos e durante eventos de visibilidade internacional.
Estratégias integradas para proteção dos Brics
O evento dos Brics, que reúne líderes de algumas das principais economias emergentes do mundo, reforça a preocupação do governo com possíveis riscos de atentados, manifestações e outros incidentes que possam ameaçar a ordem pública.
Em função disso, todas as operações são coordenadas a partir de um centro integrado, que inclui a atuação de órgãos de inteligência nacionais e estrangeiros, além de vigilância permanente em pontos de interesse, hotéis, centros de convenções e áreas próximas ao Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão).
Situação do helicóptero segue sob investigação
Embora o pouso do helicóptero em local desconhecido continue sob investigação, a FAB afirma que a resposta rápida e o uso de tecnologia de ponta permitiram controlar a situação sem registros de acidentes ou danos.
Não foram divulgados detalhes sobre a origem das aeronaves interceptadas nem sobre a identidade dos ocupantes, com as informações permanecendo sob sigilo oficial enquanto prosseguem as apurações.