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Abertura do mercado de gás poderá gerar 7,5 mil empregos no Pará até 2022

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 24/07/2020 às 17:12
Empregos gerados com gás natural
Gás natural em foco! 7,5 mil empregos serão gerados no Pará até 2022

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento, Mineração e Energia, a expectativa é de que o novo fornecimento de gás natural encanado, atraiam investimentos para o Estado

O estado do Pará planeja ingressar no grupo do estados do Brasil que canaliza gás natural até 2022. A expectativa da Secretaria de Desenvolvimento, Mineração e Energia é que as opções de energia alternativa atraiam empresas da região porque o uso de combustível é mais competitivo do que a eletricidade. De acordo com governo do estado, a abertura do mercado de gás natural pode gerar R$ 4 bilhões em investimentos e aproximadamente 7.500 empregos diretos e indiretos.

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Primeiro, o uso do gás natural será usado diretamente na montagem e fornecimento da indústria do alumínio e da usina termelétrica no município de Barcarena. O projeto espera que a expansão da rede de gasodutos seja realizada pela Companhia de Gás do Pará, com o objetivo de adaptar a oferta de produtos à demanda final, reacendendo a atividade econômica assim que terminar a pandemia da Covid-19.

Bernardo Sicsú, diretor de eletricidade e gás da Abraceel e coordenador-adjunto do Fórum do Gás informou que “O segmento do gás tem um papel relevante na matriz energética mundial. O preço do gás se alastra por vários produtos, logo o custo é multiplicado por toda a cadeia econômica. A redução de seu preço vai gerar benefícios para toda a economia em um efeito cascata”.

Para ter a garantia de preços competitivos nos mercados, especialistas, agentes de mercado e departamentos de produção exigem maior concorrência no setor de gás natural, um dos principais sinais da proposta, denominada “Nova Lei do Gás Natural” (PL 6.407 / 2013). O texto, que será votado na Câmara dos Deputados nas próximas semanas, propõe reduzir a burocracia da construção de gasodutos de gás natural e promover o acesso dos investidores a toda a cadeia de gás natural.

O principal obstáculo é o monopólio da Petrobras, que atualmente comanda por cerca de 100% do processamento de gás natural brasileiro e 80% da comercialização de gás natural. “A falta de concorrência engessa os preços e prejudica o avanço da indústria, principal consumidora do combustível no país”, disse o deputado Paulo Bengtson.

“Toda a indústria nacional vai ser beneficiada pela expansão do mercado do gás. Quando você consegue trazer mais perto essa energia, a indústria gasta menos. Assim, o preço final de diversos produtos vai cair bastante. Estou bem otimista quanto à aprovação dessa matéria e também quanto aos benefícios que ela pode gerar”, completou o deputado.

O deputado Laércio Oliveira que é o relator na Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços, explicou que em muitos estados a construção de infraestrutura envolve a construção de gasodutos, tubulações semelhantes a encanamentos domésticos que são utilizadas para transportar gás natural. Para expandir e internalizar a rede em todo território nacional, o PL 6.407 / 13 sugere que as empresas só precisam obter autorização da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e não por meio de licitações públicas para a construção dessas estruturas como acontecem hoje em dia.

Laércio espera que ainda em julho a Nova Lei do Gás seja votada e disse que a expressão clara do tema a ser discutido na reunião plenária depende da aprovação da solicitação de emergência feita pelo vice-presidente de Paulo Ganime e de aceitação dos líderes e do presidente da câmara dos deputados, Rodrigo Maia.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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