A multinacional ABB acaba de assinar um novo contrato com o Ceará para o desenvolvimento de uma usina de hidrogênio verde no Porto do Pecém.
O Nordeste larga na frente na corrida para a produção de hidrogênio verde no país. O Governo do Ceará e a multinacional ABB assinaram nesta semana um memorando de entendimento para a construção de um hub para a produção de hidrogênio verde no estado. Segundo a empresa, o objetivo é que a ABB seja uma das principais parceiras tecnológicas de instituições e empresas envolvidas no avanço deste projeto, que inclui o Porto do Pecém.
Saiba como a ABB atuará no Porto do Pecém, no Ceará
A participação da ABB no hub de Hidrogênio Verde começará com estudos de viabilidade técnica para o desenvolvimento de uma usina de produção. Sendo uma grande referência em equipamentos tanto para geração de energia elétrica quanto para otimização do consumo de energia, a empresa também entrará com ativos e tecnologia para ajudar na produção de hidrogênio verde, que demanda grandes quantidades de energia, a custos mais competitivos.
Segundo o Gerente da Divisão de Energia da ABB Brasil, Renato Martins, neste ponto a companhia pode agregar muito ao projeto no Ceará com as suas soluções digitais de gerenciamento de energia, seja ela uma fonte renovável solar, biomassa, eólica ou hídrica, além de equipamentos elétricos e retificadores.
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Uma solução em vista para o novo hub no Porto de Pecém é o uso de sistemas conectados ao Centro de Controle Remoto, instalado na sede da empresa em São Paulo, para gerar relatórios e diagnósticos técnicos periódicos. O uso dessas tecnologias e procedimentos é um passo necessário para que as operações da unidade de produção de hidrogênio verde sejam otimizadas, reduzindo o custo de produção de H2 por kg produzido.
Parceria entre ABB e Ceará visa colocar Brasil em destaque
O objetivo dos parceiros do Hub de Hidrogênio Verde no Porto do Pecém é posicionar o Brasil como um produtor, distribuidor e exportador em escala global. O país conta com condições para ser protagonista no mercado global, e o assunto ganhou tração com o anúncio do plano trienal do Programa Nacional de Hidrogênio (PNH2) pelo Ministério de Minas e Energia, em dezembro.
Embora seja abundante na natureza, o hidrogênio é raramente encontrado em sua forma elementar. Desta forma, a extração precisa ser feita a partir de matérias-primas como gás natural, carvão ou petróleo. Já o hidrogênio verde é extraído a partir de um processo de eletrólise da água que utiliza fontes de energia elétrica renováveis.
O Brasil é um dos países que mais geram energia renovável no mundo e, segundo dados da Bloomberg NEF, é um dos poucos que pode oferecer hidrogênio verde com o menor custo do globo, a US$ 0,55 por kg até 2050.
Ceará se tornará uma potência do combustível no país
No estado do Ceará, as condições para produção e exportação são igualmente favoráveis, contando com uma alta capacidade para a geração de energia solar e eólica, disponibilidade de área para construção de hub, localização estratégica do Complexo do Pecém, disponibilização de água por meio de dessalinização, e muitos outros.
Martins ressalta que o estado do Ceará está realizando um ótimo trabalho apresentando ao mundo os benefícios de instalar projetos no Porto do Pecém e atraindo os interessados em aportar novos investimentos. Isso gera chances para novas oportunidades, nas quais as empresas privadas podem estar envolvidas, e obter ótimos resultados dessa sinergia. Ele afirma, no entanto, que o país deve impulsionar a implementação de regulamentos e normas caso queira se tornar um forte exportador de H2V e seus derivados.