Conheça a ficha técnica, o desempenho e os motivos que transformaram a Yamaha XT 660 R em um ícone no Brasil, mesmo após sair de linha em 2018.
A Yamaha XT 660 R, carinhosamente apelidada de “meiota”, é uma das motocicletas mais lendárias do mercado brasileiro. Mesmo tendo sua produção encerrada em 2018, ela continua a ser um objeto de desejo para muitos motociclistas, graças à sua versatilidade, robustez e ao torque forte de seu motor monocilíndrico.
A história da linha XT é longa e de muito sucesso, e a 660R foi a evolução natural que conquistou o país. A seguir, detalhamos a ficha técnica, as diferentes versões e as características que fazem da “meiota” uma moto tão icônica e, ao mesmo tempo, tão controversa.
A história da família XT, de 1975 aos dias de hoje
A linhagem da Yamaha XT 660 R tem raízes profundas. A família XT nasceu em 1975 com o lançamento da Yamaha XT 500, um modelo que se estendeu até 1989 e deu origem a uma série de sucessos. A XT 660R, por sua vez, foi lançada mundialmente em 2005 para substituir a lendária XT 600.
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No Brasil, sua comercialização começou em 2005 e foi até 2018, ano em que saiu de linha, deixando uma legião de fãs. Lá fora, a Yamaha lançou a Ténéré 700 para ocupar esse espaço, um modelo que também está previsto para chegar ao mercado brasileiro.
Ficha técnica da Yamaha XT 660 R
O coração da “meiota” é seu motor de um cilindro, com refrigeração líquida e injeção eletrônica. Ele é conhecido pela entrega de força bruta em baixas rotações.
- Motor: monocilíndrico, 4 tempos, SOHC, 4 válvulas.
- Cilindrada: 659,7 cm³.
- Potência: 48 cavalos.
- Torque: 5,95 kgf.m.
- Câmbio: 5 marchas.
- Tanque: 15 litros (sendo 5 litros de reserva).
- Peso: 185 kg (em ordem de marcha).
- Freios: disco de 298 mm na dianteira e 245 mm na traseira, com pinças Brembo.
- Suspensão: dianteira telescópica com 225 mm de curso e traseira monoamortecida com 200 mm de curso, ambas da marca Showa.
As versões da XT 660: R, X e a Ténéré Z
A plataforma da Yamaha XT 660 R deu origem a diferentes versões, com propostas distintas.
XT 660R: a versão padrão, uma trail versátil para uso misto (on/off-road).
XT 660Z Ténéré: uma versão mais aventureira, com tanque maior de 23 litros, mais carenagens e um peso de 212 kg, focada em longas viagens.
XT 660X: uma versão supermotard, com rodas e pneus para o asfalto, que não foi comercializada no Brasil.
Pontos positivos e negativos: por que a meiota é tão amada e visada?
A fama da Yamaha XT 660 R vem de suas qualidades, mas também de seus pontos fracos.
Pontos Positivos:
Torque: o motor entrega muita força em baixas rotações, sendo ótimo para retomadas.
Versatilidade: é uma moto que encara bem tanto o asfalto da cidade quanto estradas de terra.
Suspensões: o longo curso das suspensões absorve bem as irregularidades do piso.
Leveza: com 185 kg, é considerada leve para sua categoria, o que facilita a pilotagem.
Pontos Negativos:
Visada para roubo: é um dos modelos mais roubados do Brasil, o que exige atenção redobrada com segurança.
Vibração: por ter um motor de um cilindro, a vibração em altas rotações é um ponto de reclamação.
Aquecimento: o motor esquenta bastante, o que pode ser desconfortável no trânsito urbano.
Falta de itens: o painel não possui marcador de combustível e a moto não vem com tomada 12V de fábrica.
Câmbio de 5 marchas: a ausência de uma sexta marcha é sentida em viagens longas na estrada.
Desempenho e pilotagem, como ela se comporta na prática?
A Yamaha XT 660 R é uma moto que impressiona pela força. Seu torque faz com que ela responda rapidamente ao acelerador, sendo muito divertida de pilotar. A posição de pilotagem é confortável, com o piloto ficando ereto e com bom encaixe das pernas no tanque.
Na estrada, a moto atinge uma velocidade final de aproximadamente 180 km/h. O consumo de combustível varia bastante com o estilo de pilotagem: andando de forma mais tranquila, pode fazer entre 18 e 20 km/l. Em uma tocada mais agressiva, o consumo cai para cerca de 16 a 17 km/l. Apesar de ser uma moto alta, seu guidão esterça bastante, o que ajuda em manobras em baixa velocidade.
Muito boa moto, confiável e resistente. Fiz uma viagem até San Pedro de Atacama no Chile com uma XT660R em 2015 sem problemas
Tive Ténéré 600 achava manca e bebe igual opala
Já vi várias com a biela quebrada ao meio dizem que foi na reduzida de marcha….as tenere600 de 88 a 90 aguentava e tinha muita taxa de compressao mas não quebravam chegava ser um absurdo dar partida nó pedal..a biela da 660 devia ser forjada ao meu ver foi um erro de projeto