Entenda os sinais de desgaste, o momento ideal para a revisão e como cuidar do sistema que garante seu conforto e estabilidade ao dirigir.
A suspensão é um dos sistemas mais exigidos no dia a dia do carro, especialmente no Brasil. Buracos e lombadas fazem parte da rotina e testam os limites dos componentes. Muitas vezes, só lembramos dela quando os ruídos ou a instabilidade aparecem. Ignorar os sinais, porém, compromete a dirigibilidade e coloca a segurança em risco. O sistema, composto por amortecedores, molas, buchas e outros itens, absorve irregularidades do solo e mantém a estabilidade do veículo.
Quando devo fazer a manutenção da suspensão?
Não existe um prazo de validade ou uma quilometragem fixa para a manutenção da suspensão. O desgaste depende diretamente do uso do veículo. Para carros com uso urbano intenso, os primeiros sinais de problemas costumam surgir entre 70 mil e 80 mil quilômetros.
Segundo o especialista Clayton Zabeu, “um carro que roda frequentemente em cidades grandes, enfrenta trânsito constante, lombadas, valetas e carga elevada tende a exigir mais da suspensão“.
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Apesar da ausência de um prazo fixo, os fabricantes recomendam que a suspensão seja inspecionada a cada 10 mil quilômetros. Essa verificação preventiva inclui a análise de buchas, amortecedores, batentes e outros componentes, além de um teste de estabilidade.
Como saber se está na hora da manutenção da suspensão?
A suspensão apresenta sinais claros de desgaste antes de uma falha completa. O motorista deve ficar atento a diferentes mudanças no veículo. Preste atenção em ruídos incomuns, como estalos ou barulhos metálicos ao passar por lombadas, que são um dos primeiros sintomas.
Rangidos durante as curvas também são um alerta e podem indicar desgaste nas buchas da barra estabilizadora. Outro sinal importante é a instabilidade na direção; se o carro oscila demais ou parece “pular” nas curvas, os amortecedores podem estar comprometidos.
Por fim, observe o desgaste irregular dos pneus. Se eles apresentam deformações ou desgaste acentuado em algumas áreas, é um indicativo clássico de que algo está errado, sintoma que também pode ser agravado por problemas de alinhamento e balanceamento.
Quais componentes da suspensão desgastam e precisam ser trocados?
A suspensão é um conjunto de peças, e não apenas os amortecedores se desgastam com o tempo. Os amortecedores absorvem os movimentos das molas e, quando vazam ou perdem pressão, comprometem a estabilidade e devem ser substituídos.
As molas, que sustentam o peso do veículo, raramente quebram, mas podem sofrer fadiga com sobrecarga constante. As buchas, feitas de borracha, conectam peças e filtram vibrações, mas com o tempo ressecam e rasgam, gerando ruídos e folgas. Ligando a suspensão à carroceria, os coxins, quando danificados, intensificam as vibrações e estalos, devendo ser trocados junto com os amortecedores.
Além deles, as bandejas e pivôs mantêm o alinhamento, e seu desgaste provoca ruídos e desvio de direção. Por último, as bieletas e a barra estabilizadora controlam a inclinação da carroceria, e a folga em suas articulações gera ruídos e reduz a estabilidade.
Trocar peças em pares ou apenas o componente danificado?
A recomendação dos especialistas é clara: substitua os componentes em pares. Isso vale principalmente para amortecedores, molas, buchas e pivôs. Como o desgaste ocorre de forma simétrica, a troca de apenas um lado pode gerar desequilíbrio e afetar a dirigibilidade.
Além disso, a falha em uma peça pode indicar que outras do mesmo conjunto estão próximas do fim da vida útil. Por isso, a troca do kit completo, com amortecedor, coxim, batente e coifa, é uma prática recomendada.
O alinhamento e o balanceamento também são fundamentais. Um carro desalinhado força os componentes da suspensão. Pneus desbalanceados causam vibrações que desgastam buchas e terminais. Sempre verifique o sistema após batidas em buracos.
Cuidados simples que prolongam a vida útil da suspensão
É possível estender a durabilidade da suspensão com hábitos simples. A principal dica é reduzir a velocidade ao passar por lombadas e buracos. Evitar o excesso de carga e dirigir de forma defensiva, sem acelerações e frenagens bruscas, também ajuda.
Respeite os prazos de revisão, mantenha os pneus calibrados e não faça modificações fora das especificações, como o rebaixamento com molas cortadas. Por fim, evite peças recondicionadas. “Itens de suspensão são críticos para a segurança do veículo”, afirma Zabeu, ressaltando que a economia pode custar caro em uma emergência. Uma suspensão bem cuidada é sinônimo de um carro seguro e confortável.