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A startup brasileira que desenvolveu um robô terrestre que planta mais de 14 mil árvores por dia

Escrito por Carla Teles
Publicado em 21/06/2025 às 01:27
A startup brasileira que desenvolveu um robô terrestre que planta mais de 14 mil árvores por dia
Conheça a startup brasileira que revoluciona o reflorestamento não com drones, mas com um robô terrestre capaz de plantar milhares de árvores por dia.
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Enquanto drones estrangeiros semeiam os céus do país, uma inovação 100% nacional aposta em um robô terrestre para restaurar ecossistemas em tempo recorde, transformando o cenário da recuperação ambiental.

O Brasil enfrenta o imenso desafio de restaurar 12 milhões de hectares de terras até 2030. Diante da lentidão do plantio manual, a tecnologia surge como protagonista. Neste cenário, duas abordagens se destacam: a dispersão de sementes por drones, liderada pela empresa francesa Morfo, e uma revolução terrestre conduzida por uma startup brasileira, a AutoAgroMachines, com seu robô capaz de plantar mudas com uma eficiência sem precedentes.

A corrida tecnológica da startup brasileira para restaurar as florestas do Brasil

O reflorestamento tradicional é um processo lento, caro e muitas vezes impraticável em terrenos acidentados. A necessidade de acelerar a recuperação de áreas degradadas no Brasil abriu um novo mercado para soluções tecnológicas. A imagem de drones plantando 10 mil árvores por dia captura a atenção, mas a realidade revela uma competição entre duas filosofias distintas: a semeadura aérea e o plantio terrestre automatizado.

A estratégia aérea de sementes

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A vanguarda do reflorestamento aéreo no Brasil é representada pela francesa Morfo. A empresa utiliza drones para executar um método integrado em quatro etapas: diagnóstico da área com imagens de alta resolução, seleção de sementes nativas, dispersão aérea e monitoramento contínuo com inteligência artificial.

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O diferencial não é apenas o drone, mas a tecnologia que ele carrega. As sementes são envoltas em cápsulas biodegradáveis que as protegem e nutrem, eliminando a necessidade de viveiros. Um único drone pode dispersar 180 cápsulas por minuto, cobrindo até 50 hectares por dia, uma velocidade de 50 a 100 vezes superior ao método manual.

O robô da startup brasileira AutoAgroMachines

Em contrapartida à solução aérea, uma startup brasileira desenvolveu uma resposta 100% nacional. A AutoAgroMachines, fundada por Marcello Guimarães, criou o Forest.bot, um robô terrestre elétrico projetado para plantar mudas, não sementes.

Essa máquina de nove toneladas representa um salto de engenharia. Seu sistema de plantio patenteado insere as mudas no solo com perfeição, sem danos por arrasto. Utilizando inteligência artificial, o robô verifica a qualidade de cada plantio em tempo real. Sua capacidade é impressionante: pode plantar até 1.800 mudas por hora, com potencial para alcançar a marca de 86.000 árvores em 24 horas de operação contínua. Cada muda plantada tem sua espécie e posição GPS registradas, criando um mapa detalhado para futuras ações automatizadas.

Comparando as tecnologias de reflorestamento

A escolha entre as duas tecnologias depende do objetivo e das condições do local.

  • Drones (Aéreo): Possuem velocidade e acesso inigualáveis. São ideais para cobrir grandes áreas de difícil acesso, como encostas íngremes. O custo pode ser até cinco vezes menor que o plantio tradicional. O desafio é garantir a taxa de sobrevivência das sementes em campo.
  • Robô (Terrestre): Oferece altíssima precisão e controle de qualidade, plantando mudas já estabelecidas, o que geralmente resulta em maiores taxas de sobrevivência. É perfeito para a silvicultura comercial e áreas de restauração em terrenos transitáveis.

O futuro do reflorestamento: desafios e oportunidades

A velocidade de plantio dessas novas tecnologias expõe um novo gargalo: a cadeia de suprimentos de sementes e mudas nativas de alta qualidade. A capacidade de plantar milhões de árvores por dia depende da disponibilidade de material biológico diverso e geneticamente adequado.

O futuro do reflorestamento no Brasil não será uma disputa de um único vencedor, mas sim uma integração inteligente das soluções. Drones poderão ser usados para cobrir rapidamente vastas áreas com espécies pioneiras, enquanto robôs como o da startup brasileira AutoAgroMachines poderão realizar o plantio de enriquecimento com precisão cirúrgica. Juntas, essas tecnologias formam a mais poderosa aliança para que o Brasil cumpra suas metas ambientais e reconstrua seus ecossistemas.

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Luciano
Luciano
24/06/2025 20:57

Sensacional magnífico é Divino.

Carla Teles

Produzo conteúdos diários sobre tecnologia, inovação, construção e setor de petróleo e gás, com foco no que realmente importa para o mercado brasileiro. Aqui, você encontra oportunidades de trabalho atualizadas e as principais movimentações da indústria. Tem uma sugestão de pauta ou quer divulgar sua vaga? Fale comigo: carlatdl016@gmail.com

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