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A primeira KAWASAKI NINJA movida a hidrogênio do mundo chega ao mercado e promete revolução

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 23/12/2023 às 18:50
Atualizado em 29/12/2023 às 10:01
A primeira KAWASAKI NINJA movida a hidrogênio do mundo chega ao mercado e promete revolução
Foto: Divulgação

A Kawasaki Ninja movida a hidrogênio, com seu design futurista e avançadas tecnologias, está prevista para entrar em fase de testes em 2024, prometendo revolucionar o setor de motocicletas.

A Kawasaki está se empenhando em transformar o mercado de motocicletas com uma abordagem focada na descarbonização. A mais recente inovação da marca japonesa é a Kawasaki Ninja H2 SX, uma motocicleta esportiva movida a hidrogênio, que se destaca por suas emissões zero. Este novo tipo de motocicleta a hidrogênio promete ser um marco no futuro da mobilidade, oferecendo várias vantagens em comparação aos modelos elétricos.

Testes da Kawasaki Ninja a hidrogênio começarão em 2024

Entre as vantagens dessa moto movida a hidrogênio quando comparada com uma moto elétrica comum estão a sua capacidade de andar mais sem ter que parar para recarregar as baterias, além de abastecer muito mais rápido.

Embora ainda existam poucos postos, o Japão conta com uma das maiores concentrações de postos de combustíveis de hidrogênio do mundo. O protótipo da moto movida a hidrogênio, chamada de Ninja H2 HySE, tem previsão de começar os seus testes em 2024, marcando um passo significativo na visão futurista da montadora.

Com base na estrutura da consagrada Kawasaki Ninja H2, o modelo chama atenção, além da tecnologia, pelo seu visual. A Kawasaki Ninja a hidrogênio conta com dois compartimentos gigantes do combustível na parte traseira, o que parece até mesmo ser uma espécie de bagageiro.

Segundo Hiroshi Ito, presidente da Kawasaki Motors, os testes começarão em 2024, apesar dos detalhes técnicos da moto movida a hidrogênio não terem sido divulgados. O modelo só está previsto para chegar ao mercado de veículos no começo da próxima década, em 2030.

Desafios a serem enfrentados pela Kawasaki

A sigla HySe, visível nas laterais da moto movida a hidrogênio, representa a Hydrogen Small Mobility & Engine Technology, uma parceria entre as gigantes japonesas Kawasaki, Honda, Yamaha e Suzuki no desenvolvimento de motores a hidrogênio para veículos de pequeno porte.

Além do segmento de motocicletas, a marca japonesa anunciou um ambicioso plano global para implementar essa tecnologia em vários segmentos, incluindo aviões. A Kawasaki Ninja representa um marco na busca por meios sustentáveis de mobilidade, sendo movida por um motor H2 Supercharged, um quatro cilindros em linha com compressor centrífugo.

O desafio agora reside na adaptação do motor para usar hidrogênio, exigindo um sistema de injeção específico para o combustível, cujo ponto de combustão é menor que o da gasolina. Apesar dos desafios relacionados ao armazenamento de hidrogênio, a marca japonesa destaca o benefício ambiental da tecnologia, evidenciado pela emissão de gases poluentes.

A moto a hidrogênio promete ser uma revolução no cenário automotivo, liberando apenas vapor de água e uma quantidade mínima de NOx pelo escapamento.

Vantagens do uso de hidrogênio como combustível

O hidrogênio é um combustível perfeitamente limpo, visto que o único resíduo que produz é vapor de água. Em seu estado livre, consiste em dois átomos que, quando combinados com oxigênio durante seu uso, geram água.

Essas condições, segundo cientistas, são suficientes para atender a emergência ambiental, algo que não se pode mais adiar. O motor a gasolina usa apenas entre 20% e 25% da energia introduzida e, consequentemente, 75% a 80% do combustível é perdido, gerando calor.

Já no motor a hidrogênio, o combustível não é imediata e diretamente explorado dentro de um motor de carro, visto que ele deve ser convertido em energia elétrica para alimentar o motor. Essa passagem consome 50% da energia e assim esses 80% são reduzidos pela metade, reduzindo a quantidade de energia usada para 40% , sendo o dobro de um motor a gasolina.

Com os estudos e experimentos já em andamento, a expectativa é que esse percentual possa ser significativamente aumentado, enquanto o motor a gasolina ou diesel não pode ser mais otimizado

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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