Por que o governo vai abater 300 cavalos de helicóptero?
Nos últimos dias, a notícia de que o governo iria abater centenas de cavalos a tiros, usando homens armados em helicópteros, chocou muita gente. A notícia é tão inusitada que muitos acharam até que era fake news. Mas, para surpresa de muitos, isso é verdade e já aconteceu antes.
Por que o governo está abatendo cavalos de helicóptero? A justificativa é impressionante. Abater animais a tiros a partir de um helicóptero parece cena de filme, mas é uma realidade que já aconteceu antes. No ano passado, 150 cabeças de gado selvagem foram abatidas na floresta nacional do estado do Novo México. A justificativa? Os animais representavam uma ameaça.
Governo da Austrália vai abater de centenas de cavalos
Segundo as autoridades, o gado selvagem no Novo México tem sido agressivo com os visitantes, pastando o ano todo, pisoteando as margens e nascentes, causando erosão e sedimentação. Agora, a notícia do abate de centenas de cavalos chamou ainda mais atenção, com um motivo semelhante ao do gado, mas desta vez na Austrália.
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O abate aéreo de cavalos selvagens envolve o uso de helicópteros para localizar e abater os animais. Esse método foi escolhido por ser considerado mais eficiente e menos traumático do que alternativas como captura e realocação. Durante um teste inicial de dois dias, 270 cavalos foram abatidos, com veterinários monitorando o processo para garantir a conformidade com os padrões de bem-estar animal. Não foram relatados eventos adversos significativos durante o teste.
Parque Nacional Kosciuszko
Os cavalos selvagens têm um impacto devastador sobre o meio ambiente alpino do Parque Nacional Kosciuszko. Estudos conduzidos pelo comitê científico de espécies ameaçadas do governo federal revelam que esses animais estão ameaçando diretamente a sobrevivência de várias espécies endêmicas. Eles contribuem para a destruição de habitats, causam erosão significativa do solo e danificam cursos d’água, levando à degradação das margens dos rios e à perda de vegetação nativa.
A proliferação desses animais, associada a condições climáticas favoráveis, tem sido exponencial. Estimativas recentes indicam uma população de mais de 18.000 cavalos no parque em 2022, um aumento significativo em relação aos 14.123 registrados em 2020 e aos cerca de 6.000 em 2016.
Abate aéreo foi tomada após um extenso processo de consulta pública
A decisão de implementar o abate aéreo foi tomada após um extenso processo de consulta pública. A ministra do Meio Ambiente, Penny Sharp, afirmou que a medida era necessária para proteger as espécies ameaçadas e os ecossistemas do parque. Dos 11.000 participantes da consulta, 82% apoiaram a medida, reconhecendo a urgência de ações efetivas para controlar a população de cavalos selvagens. A ministra enfatizou que, como responsável pelos parques nacionais, não podia ignorar os danos causados pelos cavalos às espécies nativas e ao patrimônio cultural indígena.
A abordagem de abate aéreo é vista como uma medida mais humana e prática para reduzir a população de cavalos, comparada com métodos como captura e transporte, que frequentemente resultam em altos níveis de estresse e ‘mortalidade’ para os animais. Alguns especialistas destacam que, sem o controle populacional, os cavalos enfrentariam condições de fome massiva durante períodos de seca, resultando em sofrimento prolongado.
No entanto, a medida de abate aéreo enfrenta resistência de segmentos da população preocupados com o bem-estar dos cavalos. Grupos de defesa dos animais e indivíduos que se opõem ao abate aéreo argumentam que a medida é cruel e desnecessária. Porém, essa oposição provavelmente não impedirá que mais cavalos sejam abatidos.