Estudo científico analisa 50 canções e revela, por critérios técnicos e emocionais, qual obra musical é considerada a mais triste do mundo, destacando detalhes inéditos sobre o impacto e a influência dessa escolha.
Um estudo científico internacional identificou, de maneira técnica e objetiva, qual é a música mais triste já composta até hoje.
A análise inovadora, que descartou completamente a percepção subjetiva do público, revelou que a canção “Something in the Way”, do Nirvana, lidera a lista como a obra mais melancólica da história, conforme critérios rigorosos de especialistas em música e dados emocionais.
O levantamento foi realizado pela empresa de análise de sentimentos HappyOrNot em parceria com Analiese Micallef Grimaud, pesquisadora da Universidade de Durham, no Reino Unido.
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O estudo se baseou em uma seleção de 50 músicas reconhecidas mundialmente por suas temáticas tristes, adotando como foco a busca pela música mais triste já criada, usando ferramentas da musicologia e neurociência.
Metodologia científica para definir a música mais triste
Ao contrário de outras listas que consultam opiniões populares, a pesquisa utilizou métricas técnicas detalhadas.
Foram avaliados elementos como tom, andamento, arranjos harmônicos, uso de instrumentos, escolha das notas e construção melódica, além de aspectos como progressão de acordes e intensidade vocal.
Segundo os pesquisadores, o objetivo era identificar padrões que, em termos musicais, provocam sentimentos de tristeza e melancolia na maioria dos ouvintes.
“Something in the Way”, faixa do icônico álbum “Nevermind”, lançado pelo Nirvana em 1991, se destacou entre todas as canções selecionadas.
A letra escrita por Kurt Cobain, vocalista e guitarrista da banda, foi inspirada em experiências pessoais marcadas pelo isolamento social e dificuldades financeiras.
No início da década de 1990, Cobain chegou a relatar que viveu por um período sob uma ponte na cidade de Aberdeen, nos Estados Unidos, fato que influenciou diretamente a atmosfera densa e introspectiva da canção.
O que faz de “Something in the Way” a mais melancólica do mundo
A composição utiliza acordes menores, ritmo lento e vocal introspectivo para transmitir uma sensação de desamparo e solidão.
Detalhes técnicos como a ausência de variações bruscas, o uso sutil de instrumentos e a voz quase sussurrada de Cobain potencializam o sentimento de desolação.
Especialistas afirmam que esses fatores são determinantes para despertar reações emocionais profundas, independentemente da cultura ou do idioma do ouvinte.
Além disso, a pesquisa da HappyOrNot considerou a influência dos arranjos e da letra.
O trecho “And I’m living off of grass and the drippings from the ceiling” (“E estou vivendo de grama, e das goteiras do meu teto”) foi citado como exemplo do tom sombrio e sincero presente na obra.
O estudo também destacou que a simplicidade dos versos contribui para o efeito universal de tristeza, permitindo que pessoas de diferentes origens se identifiquem com o sentimento retratado.
Impacto cultural e legado da música mais triste já criada
“Something in the Way” se tornou um símbolo não apenas do rock alternativo dos anos 1990, mas também da capacidade da música de expressar emoções profundas.
Desde o lançamento de “Nevermind”, o álbum vendeu mais de 30 milhões de cópias e marcou uma geração.
A faixa, por sua vez, ganhou notoriedade renovada em 2022, após ser incluída na trilha sonora do filme “The Batman”, reacendendo debates sobre seu significado e a trajetória de Kurt Cobain.
O estudo que determinou a música mais triste já criada reforça a importância da pesquisa científica sobre os efeitos emocionais da arte.
Segundo a Universidade de Durham, compreender como certas composições afetam o cérebro humano pode auxiliar no desenvolvimento de terapias musicais e contribuir para estudos sobre saúde mental.
Músicas tristes, ciência e reações do público
Apesar da abordagem técnica, a pesquisa gerou discussões entre fãs e especialistas, especialmente pela exclusão da opinião popular.
Outros clássicos frequentemente lembrados em listas de canções tristes, como “Tears in Heaven” de Eric Clapton e “Hurt” do Nine Inch Nails, também estiveram presentes na pré-seleção, mas não alcançaram o mesmo nível de melancolia identificado em “Something in the Way”.
Para além dos estudos, cada pessoa pode reagir de maneira distinta ao ouvir músicas tristes, pois fatores pessoais e experiências de vida influenciam a percepção individual.
A busca pela música mais triste do mundo reacende a curiosidade sobre o papel da arte em canalizar emoções e memórias.
Você já sentiu que uma canção conseguiu traduzir exatamente um sentimento seu, mesmo que fosse de tristeza profunda?
Compartilhe sua experiência: qual música, para você, merece o título de mais triste do mundo?