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A maior lagoa salgada da Europa virou um reservatório de metais tóxicos após um século de extração de sal e traz sérias ameaças

Publicado em 16/10/2025 às 18:38
Lagoa Menor, Mineração, Extração de sal, metais tóxicos
Imagem: Ilustração artística feita por IA
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Resíduos de antigas minas de sal na Espanha continuam contaminando o Mar Menor, a maior lagoa salgada da Europa. Mesmo após o fim da mineração nos anos 1990, metais tóxicos como chumbo, arsênio e mercúrio ainda ameaçam o ecossistema local

Uma antiga indústria de mineração que atuou entre o final do século 19 e o século 20, nos arredores da cordilheira Cartagena-La Unión, na Espanha, deixou um legado preocupante. A exploração das reservas de sal da região contaminou o Mar Menor, a maior lagoa de água salgada da Europa, localizada em Múrcia. O local se transformou em um reservatório de metais tóxicos.

Um estudo recente publicado na revista Marine Pollution Bulletin investigou o excesso de metais pesados acumulados na lagoa.

Embora a indústria tenha encerrado suas atividades na década de 1990, as chuvas continuaram transportando os resíduos das minas, mantendo a contaminação ativa.

Altas concentrações de metais

Atualmente, o Mar Menor apresenta níveis elevados de chumbo, arsênio, zinco, mercúrio, cobre e prata, ultrapassando os limites recomendados.

As maiores concentrações estão na parte sul da lagoa, região mais próxima dos antigos canais de mineração.

Dados históricos mostram que os índices mais altos de poluentes ocorreram por volta da metade do século 20.

Apesar da proibição das descargas de mineração em corpos d’água desde 1955, fontes urbanas e tintas de embarcações continuaram liberando metais na lagoa, agravando o problema ambiental.

Impactos e riscos ambientais

Hoje, a concentração de metais nos sedimentos é menor do que no passado, mas o acúmulo ainda chega a toneladas.

Esses elementos permanecem depositados no fundo da lagoa, podendo representar uma ameaça futura.

Segundo a pesquisadora Irene Alorda, da Universidade Autônoma de Barcelona (ICTA-UAB), o impacto atual não afeta diretamente os organismos vivos, mas pode aumentar com o tempo.

Isso porque a combinação entre pressões humanas e mudanças ambientais tende a agravar o cenário.

Ameaça crescente

O estudo alerta que as mudanças climáticas, a eutrofização e a suspensão de sedimentos podem liberar novamente os metais no ecossistema.

Essa reativação colocaria em risco a fauna marinha e ampliaria os efeitos da contaminação.

A pesquisa conclui que os poluentes históricos, somados às atuais transformações ambientais, podem intensificar a degradação da lagoa.

Portanto, os autores defendem novas estratégias de conservação e monitoramento para proteger o Mar Menor e evitar danos irreversíveis ao ecossistema europeu.

Com informações de Revista Galileu.

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Romário Pereira de Carvalho

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