Governo inicia obra de duplicação na PR-412, no Litoral do Paraná, com pavimento rígido de concreto e investimento milionário, transformando a ligação entre Matinhos e Praia de Leste em um corredor moderno e seguro.
O Governo do Paraná iniciou neste sábado (9 de agosto) a duplicação da PR-412 entre Matinhos e o balneário de Praia de Leste, em Pontal do Paraná, no Litoral do Estado.
O trecho de 14,28 quilômetros receberá pavimento rígido de concreto, solução que pode durar até três vezes mais que o asfalto tradicional, segundo normas e práticas de engenharia rodoviária.
O investimento previsto é de R$ 274 milhões para transformar a principal ligação entre as duas cidades.
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Com essa aposta, o Estado sinaliza uma transição para um modelo de rodovia de concreto no Litoral do Paraná, alinhado a padrões comuns em rodovias de grande tráfego.
O que muda na PR-412
Conhecida como Rodovia Máximo Jamur, a PR-412 terá uma nova pista central de concreto e vias marginais para organizar os acessos locais.
A obra foi lançada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior.
“Estamos iniciando mais uma das grandes obras do Litoral, que é a duplicação da rodovia entre Matinhos e Praia de Leste, que será uma grande avenida com pistas de concreto, ciclovia, pistas de caminhada e iluminação de LED”, afirmou.
O chefe do Executivo disse que a duplicação da PR-412 integra um pacote mais amplo de melhorias nas cidades litorâneas.
O usuário passará a contar com pista central de alto desempenho e marginais de sentido único.
Essas marginais terão vagas de estacionamento, calçadas para pedestres e ciclovias bidirecionais, com barreiras de concreto dividindo os fluxos.
A expectativa é reduzir conflitos entre tráfego de longa distância e deslocamentos locais, ampliando a segurança no trecho urbano.
Obras e cronograma
Os serviços começaram pela implantação das marginais, por onde o trânsito será desviado para liberar a frente de trabalho no eixo principal.
A execução está a cargo de empresa contratada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), responsável também pela fiscalização técnica do contrato.
Segundo o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, o cronograma já está em contagem.
“Já estamos com máquinas na pista e iniciamos a contagem do cronograma, pois a obra tem duração de 36 meses”, disse.
“Vamos organizar o trânsito durante a alta temporada, para que haja mobilidade, acelerando para entregá-la antes do prazo.”
Por que concreto e não asfalto
O projeto define pavimento rígido de 21 centímetros de espessura na pista central.
Esse tipo de estrutura distribui melhor as cargas dos veículos, tolera variações de temperatura e tem vida útil mais longa em ambientes úmidos, como o do Litoral.
Em geral, exige menos intervenções de manutenção ao longo dos anos, o que reduz interrupções no tráfego e custos recorrentes.
Essa escolha reforça a diretriz de transformar a ligação em uma rodovia de concreto no Litoral do Paraná, alinhada à prática de países que priorizam durabilidade em corredores com alto volume de veículos.
Segurança e mobilidade
A faixa atual será alargada para ambos os lados e separada por barreiras de concreto no canteiro central.
As ciclovias bidirecionais terão fluxo nos dois sentidos, com desenho voltado à proteção de ciclistas.
A combinação de marginais de sentido único, acessos controlados e iluminação reforçada tende a reduzir colisões frontais e transversais, comuns em trechos urbanos de rodovias.
Pontes, viaduto e drenagem
O projeto prevê que a drenagem das águas pluviais seja executada sob as marginais.
Essa opção evita o remanejamento de redes subterrâneas já instaladas e acelera as frentes de serviço.
Ao mitigar pontos de alagamento, a intervenção busca preservar o pavimento e garantir regularidade ao tráfego em períodos de chuva intensa, condição recorrente na faixa litorânea.
Estão previstas duas pontes — uma sobre o Canal de Matinhos e outra sobre o Rio Balneário — e um viaduto no entroncamento da PR-412 com a Avenida Curitiba.
As obras de arte especiais eliminam cruzamentos em nível, tornam os deslocamentos mais previsíveis e dão fluidez a quem usa a rota entre Matinhos e Praia de Leste.
A instalação de iluminação pública em LED abrangerá pista central, marginais, pontes, viaduto e áreas de passeio e ciclovia, com ganho de visibilidade noturna e menor consumo de energia.
Impacto para moradores e turistas
O prefeito de Pontal do Paraná, Rudão Gimenez, afirmou que a intervenção soma mobilidade e segurança.
“A obra vai melhorar a mobilidade nas praias de Pontal e Matinhos, vai trazer segurança no trânsito para pedestres e ciclistas, além da redução nos alagamentos com obras de drenagem”, disse.
“Vai ser um ganho para toda a região, melhorando tanto para os turistas, como para os moradores.”
Na avaliação do prefeito de Matinhos, Eduardo Dalmora, a iniciativa resolve gargalos antigos.
“Esta obra contempla o motorista, o veranista, o pedestre, o ciclista e vai interligar Matinhos a Pontal com mais segurança e mobilidade”, afirmou.
Integração com outras obras no Litoral
O governador citou a Ponte de Guaratuba, obra aguardada há décadas, e a requalificação das orlas de Matinhos e Pontal do Paraná.
Segundo Ratinho Junior, a ponte está 70% concluída, enquanto a orla de Pontal iniciou obras recentemente e novas etapas estão previstas para Guaratuba.
No mesmo contexto, o DER/PR conduz licitação para duplicar outro trecho da PR-412, entre Guaratuba e a divisa com Santa Catarina, e o Estado firmou parceria com o governo catarinense para viabilizar a continuidade da duplicação no lado de Garuva até a fronteira.
A meta é prover um corredor contínuo com padrão de rodovia de concreto no Litoral do Paraná, diminuindo gargalos interestaduais na alta temporada.
Foto: Jonathan Campos/AEN
Custo-benefício e manutenção
Embora o investimento inicial do concreto seja mais elevado, a durabilidade e a menor necessidade de reparos pesados diluem esses custos no ciclo de vida da via.
Para o usuário, menos manutenção significa menos bloqueios e mais confiabilidade.
Para o poder público, há previsibilidade orçamentária para manter o nível de serviço.
No turismo de verão, esse fator pesa, porque interrupções em plena temporada afetam comércio, hospedagem e logística.
A duplicação da PR-412 muda a rotina de quem mora e trabalha no eixo Matinhos–Praia de Leste.
Com marginais, ciclovias, pontes e viaduto, a intervenção reorganiza fluxos e reduz conflitos entre tráfego local e passagem.
A escolha técnica pelo concreto ancora a estratégia de consolidar uma rodovia de concreto no Litoral do Paraná com foco em durabilidade, segurança e manutenção previsível.
A execução, segundo o governo, seguirá monitoramento do DER/PR e planejamento especial para a alta temporada, inclusive com desvios pelas novas marginais para manter a fluidez.
Como você avalia a duplicação da PR-412 em concreto: prioridade acertada para um corredor turístico ou investimento que deveria ser distribuído em outras frentes urbanas no Litoral?