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A lá EUA: estado anuncia duplicação de rodovia com concreto, material que dura até 3 vezes mais que o tradicional asfalto

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 10/08/2025 às 12:32
Paraná inicia duplicação da PR-412 com pavimento de concreto, investimento de R$ 274 milhões e melhorias para mobilidade no Litoral.
Paraná inicia duplicação da PR-412 com pavimento de concreto, investimento de R$ 274 milhões e melhorias para mobilidade no Litoral.
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Governo inicia obra de duplicação na PR-412, no Litoral do Paraná, com pavimento rígido de concreto e investimento milionário, transformando a ligação entre Matinhos e Praia de Leste em um corredor moderno e seguro.

O Governo do Paraná iniciou neste sábado (9 de agosto) a duplicação da PR-412 entre Matinhos e o balneário de Praia de Leste, em Pontal do Paraná, no Litoral do Estado.

O trecho de 14,28 quilômetros receberá pavimento rígido de concreto, solução que pode durar até três vezes mais que o asfalto tradicional, segundo normas e práticas de engenharia rodoviária.

O investimento previsto é de R$ 274 milhões para transformar a principal ligação entre as duas cidades.

Com essa aposta, o Estado sinaliza uma transição para um modelo de rodovia de concreto no Litoral do Paraná, alinhado a padrões comuns em rodovias de grande tráfego.

O que muda na PR-412

Conhecida como Rodovia Máximo Jamur, a PR-412 terá uma nova pista central de concreto e vias marginais para organizar os acessos locais.

Paraná inicia duplicação da PR-412 com pavimento de concreto, investimento de R$ 274 milhões e melhorias para mobilidade no Litoral.
Paraná inicia duplicação da PR-412 com pavimento de concreto, investimento de R$ 274 milhões e melhorias para mobilidade no Litoral.

A obra foi lançada pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior.

“Estamos iniciando mais uma das grandes obras do Litoral, que é a duplicação da rodovia entre Matinhos e Praia de Leste, que será uma grande avenida com pistas de concreto, ciclovia, pistas de caminhada e iluminação de LED”, afirmou.

O chefe do Executivo disse que a duplicação da PR-412 integra um pacote mais amplo de melhorias nas cidades litorâneas.

O usuário passará a contar com pista central de alto desempenho e marginais de sentido único.

Essas marginais terão vagas de estacionamento, calçadas para pedestres e ciclovias bidirecionais, com barreiras de concreto dividindo os fluxos.

A expectativa é reduzir conflitos entre tráfego de longa distância e deslocamentos locais, ampliando a segurança no trecho urbano.

Obras e cronograma

Os serviços começaram pela implantação das marginais, por onde o trânsito será desviado para liberar a frente de trabalho no eixo principal.

A execução está a cargo de empresa contratada pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR), responsável também pela fiscalização técnica do contrato.

Segundo o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, o cronograma já está em contagem.

“Já estamos com máquinas na pista e iniciamos a contagem do cronograma, pois a obra tem duração de 36 meses”, disse.

“Vamos organizar o trânsito durante a alta temporada, para que haja mobilidade, acelerando para entregá-la antes do prazo.”

Por que concreto e não asfalto

O projeto define pavimento rígido de 21 centímetros de espessura na pista central.

Esse tipo de estrutura distribui melhor as cargas dos veículos, tolera variações de temperatura e tem vida útil mais longa em ambientes úmidos, como o do Litoral.

Em geral, exige menos intervenções de manutenção ao longo dos anos, o que reduz interrupções no tráfego e custos recorrentes.

Essa escolha reforça a diretriz de transformar a ligação em uma rodovia de concreto no Litoral do Paraná, alinhada à prática de países que priorizam durabilidade em corredores com alto volume de veículos.

Paraná inicia duplicação da PR-412 com pavimento de concreto, investimento de R$ 274 milhões e melhorias para mobilidade no Litoral.
Paraná inicia duplicação da PR-412 com pavimento de concreto, investimento de R$ 274 milhões e melhorias para mobilidade no Litoral.

Segurança e mobilidade

A faixa atual será alargada para ambos os lados e separada por barreiras de concreto no canteiro central.

As ciclovias bidirecionais terão fluxo nos dois sentidos, com desenho voltado à proteção de ciclistas.

A combinação de marginais de sentido único, acessos controlados e iluminação reforçada tende a reduzir colisões frontais e transversais, comuns em trechos urbanos de rodovias.

Pontes, viaduto e drenagem

O projeto prevê que a drenagem das águas pluviais seja executada sob as marginais.

Essa opção evita o remanejamento de redes subterrâneas já instaladas e acelera as frentes de serviço.

Ao mitigar pontos de alagamento, a intervenção busca preservar o pavimento e garantir regularidade ao tráfego em períodos de chuva intensa, condição recorrente na faixa litorânea.

Estão previstas duas pontes — uma sobre o Canal de Matinhos e outra sobre o Rio Balneário — e um viaduto no entroncamento da PR-412 com a Avenida Curitiba.

As obras de arte especiais eliminam cruzamentos em nível, tornam os deslocamentos mais previsíveis e dão fluidez a quem usa a rota entre Matinhos e Praia de Leste.

A instalação de iluminação pública em LED abrangerá pista central, marginais, pontes, viaduto e áreas de passeio e ciclovia, com ganho de visibilidade noturna e menor consumo de energia.

Impacto para moradores e turistas

O prefeito de Pontal do Paraná, Rudão Gimenez, afirmou que a intervenção soma mobilidade e segurança.

“A obra vai melhorar a mobilidade nas praias de Pontal e Matinhos, vai trazer segurança no trânsito para pedestres e ciclistas, além da redução nos alagamentos com obras de drenagem”, disse.

“Vai ser um ganho para toda a região, melhorando tanto para os turistas, como para os moradores.”

Na avaliação do prefeito de Matinhos, Eduardo Dalmora, a iniciativa resolve gargalos antigos.

“Esta obra contempla o motorista, o veranista, o pedestre, o ciclista e vai interligar Matinhos a Pontal com mais segurança e mobilidade”, afirmou.

Integração com outras obras no Litoral

O governador citou a Ponte de Guaratuba, obra aguardada há décadas, e a requalificação das orlas de Matinhos e Pontal do Paraná.

Segundo Ratinho Junior, a ponte está 70% concluída, enquanto a orla de Pontal iniciou obras recentemente e novas etapas estão previstas para Guaratuba.

No mesmo contexto, o DER/PR conduz licitação para duplicar outro trecho da PR-412, entre Guaratuba e a divisa com Santa Catarina, e o Estado firmou parceria com o governo catarinense para viabilizar a continuidade da duplicação no lado de Garuva até a fronteira.

A meta é prover um corredor contínuo com padrão de rodovia de concreto no Litoral do Paraná, diminuindo gargalos interestaduais na alta temporada.

Governador dá início à duplicação em concreto da PR-412 entre Matinhos e Pontal do Paraná
Foto: Jonathan Campos/AEN
Governador dá início à duplicação em concreto da PR-412 entre Matinhos e Pontal do Paraná
Foto: Jonathan Campos/AEN

Custo-benefício e manutenção

Embora o investimento inicial do concreto seja mais elevado, a durabilidade e a menor necessidade de reparos pesados diluem esses custos no ciclo de vida da via.

Para o usuário, menos manutenção significa menos bloqueios e mais confiabilidade.

Para o poder público, há previsibilidade orçamentária para manter o nível de serviço.

No turismo de verão, esse fator pesa, porque interrupções em plena temporada afetam comércio, hospedagem e logística.

A duplicação da PR-412 muda a rotina de quem mora e trabalha no eixo Matinhos–Praia de Leste.

Com marginais, ciclovias, pontes e viaduto, a intervenção reorganiza fluxos e reduz conflitos entre tráfego local e passagem.

A escolha técnica pelo concreto ancora a estratégia de consolidar uma rodovia de concreto no Litoral do Paraná com foco em durabilidade, segurança e manutenção previsível.

A execução, segundo o governo, seguirá monitoramento do DER/PR e planejamento especial para a alta temporada, inclusive com desvios pelas novas marginais para manter a fluidez.

Como você avalia a duplicação da PR-412 em concreto: prioridade acertada para um corredor turístico ou investimento que deveria ser distribuído em outras frentes urbanas no Litoral?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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