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A jornada do Minas Gerais, o primeiro porta-aviões da Marinha do Brasil, desde sua construção na Grã-Bretanha, passagem pela Austrália, até se tornar um ícone naval brasileiro

Escrito por Rafaela Fabris
Publicado em 17/03/2024 às 16:33
A jornada do Minas Gerais, o primeiro porta-aviões da Marinha do Brasil, desde sua construção na Grã-Bretanha, passagem pela Austrália, até se tornar um ícone naval brasileiro
Foto: Divulgação/Porta-aviões Minas Gerais

De guerreiro da Segunda Guerra à capitânia brasileira, a história do Minas Gerais reflete a evolução naval, marcando sua transição de um porta-aviões britânico a um símbolo de soberania e capacidade marítima do Brasil.

O Minas Gerais, o primeiro porta-aviões da Marinha do Brasil, possui uma história repleta de transformações e serviços globais. Originalmente construído em 1942 durante a Segunda Guerra Mundial, ele foi parte da classe Colossos da Marinha Real Britânica, sendo posteriormente adquirido pela Marinha do Brasil em 1956.

Iniciado no auge da Segunda Guerra Mundial, o Minas Gerais, então conhecido como HMS Vengeance, foi parte de um esforço britânico para expandir rapidamente sua frota de porta-aviões. Após o fim do conflito, serviu brevemente na Marinha Real antes de ser transferido para a Marinha Real Australiana, e finalmente, para o Brasil.

Modernização e serviço brasileiro no Minas Gerais, o primeiro porta-aviões da Marinha do Brasil

Após sua aquisição pelo Brasil, o navio passou por extensas modernizações, incluindo a adição de um convés de voo angulado e sistemas de radar avançados. Renomeado como Minas Gerais, ele chegou ao Brasil em 1961, marcando o início de seu legado na Marinha do Brasil.

Durante seu serviço, o Minas Gerais enfrentou desafios, como o conflito de interesses com a Força Aérea Brasileira sobre a operação de aeronaves de asa fixa. Ainda assim, ele se tornou um componente vital da capacidade naval brasileira, participando de exercícios militares e atuando como capitânia.

Descomissionamento e destino final

Após mais de 50 anos de serviço, o Minas Gerais foi descomissionado em 2001, sendo substituído pelo porta-aviões São Paulo. Seus anos de serviço superaram as expectativas de vida útil de sua classe, refletindo a durabilidade e importância dos porta-aviões leves da classe Colossos.

O Minas Gerais não foi apenas o primeiro porta-aviões da Marinha do Brasil, mas também um testemunho da evolução da engenharia naval e da importância estratégica do Brasil no cenário marítimo global. Seu legado permanece como um marco significativo na história naval brasileira.

O Minas Gerais, após uma carreira distinta marcada por reformas e atualizações tecnológicas, foi desativado em 2001. Suas tentativas de preservação como museu não prosperaram, resultando na venda do navio para desmantelamento na Índia. Este destino selou o fim da jornada do primeiro porta-aviões brasileiro, fechando um capítulo importante na história naval do Brasil.

Comparativo: Porta-aviões Minas Gerais e Porta-aviões São Paulo

Comparativo: Porta-aviões Minas Gerais e Porta-aviões São Paulo
Porta-aviões São Paulo

Em termos de comparação, o Minas Gerais, um porta-aviões da classe Colossus, era menor e projetado para operações mais limitadas, com capacidade para 16 aeronaves. Em contraste, o porta-aviões São Paulo, ex-Foch francês, era um navio maior e mais avançado, com capacidade para cerca de 40 aeronaves, incluindo operações com catapultas para lançamento de aeronaves de asa fixa, refletindo um passo significativo na capacidade operacional da Marinha do Brasil.

A trajetória do Minas Gerais e São Paulo ilustra a evolução da Marinha do Brasil, desde a adaptação de navios de guerra da era da Segunda Guerra Mundial até a busca por uma capacidade naval mais contemporânea e global. Enquanto o Minas Gerais simboliza os primórdios da aviação naval brasileira, o São Paulo destaca-se pela tentativa de modernização e ampliação das capacidades marítimas do país.

O Brasil teve em sua história naval dois porta-aviões: o Minas Gerais e o São Paulo. O Minas Gerais, que serviu de 1960 a 2001, foi pioneiro na aviação naval brasileira, enquanto o São Paulo, adquirido em 2000, representou uma modernização da frota, apesar dos desafios técnicos enfrentados. E, agora a Marinha do Brasil pondera comprar um novo porta-aviões (Leia a matéria completa).

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Rafaela Fabris

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