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A forte dependência dos EUA, que compram 78% da nossa celulose, forçou a Casa Branca a retirar a tarifa de 10% sobre o produto brasileiro

Escrito por Carla Teles
Publicado em 10/09/2025 às 20:44
A forte dependência dos EUA, que compram 78% da nossa celulose, forçou a Casa Branca a retirar a tarifa de 10% sobre o produto brasileiro
A Casa Branca zerou a tarifa de 10% da celulose brasileira. Entenda por que a dependência dos EUA motivou a decisão e qual o impacto real para o mercado.
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Medida reflete a forte dependência dos EUA pelo produto brasileiro e beneficia clientes, mas CFO da gigante Suzano vê efeito limitado para a companhia.

A Casa Branca decidiu retirar a tarifa de importação de 10% sobre a celulose brasileira. A medida, que entrou em vigor na última segunda-feira (8), inclui o produto na lista de isenções, aliviando custos para clientes no mercado americano. Apesar da boa notícia, o impacto para gigantes do setor, como a Suzano, pode ser limitado.

A decisão da Casa Branca e o fim da tarifa

O governo dos Estados Unidos atualizou sua política de “tarifas recíprocas” na última sexta-feira (5). Com a mudança, a celulose foi adicionada ao Anexo II da ordem, o que elimina o adicional de 10% que era aplicado desde abril. Vale lembrar que o produto já havia sido poupado de tarifas adicionais de 40% que entraram em vigor em agosto contra outros itens brasileiros.

O peso do Brasil no mercado americano de celulose

A decisão da Casa Branca está ligada à dependência do mercado americano pelo insumo brasileiro. Em 2024, o Brasil exportou 2,8 milhões de toneladas de celulose de fibra curta para os Estados Unidos. Esse volume representa impressionantes 78% de todo o consumo americano do produto, segundo dados do Goldman Sachs. Com a nova atualização, as categorias de produtos isentas correspondem a 90% do total que o Brasil vendeu aos EUA no ano passado.

Impacto da medida para a gigante Suzano

Apesar de o mercado americano representar cerca de 15% dos negócios da Suzano, o efeito da isenção é visto como limitado pela empresa. “Nós já havíamos falado para o mercado que estávamos negociando com nossos clientes para repassar esse custo a mais para eles”, afirmou Marcos Assumpção, CFO da Suzano. “Então muda muito pouco, mas para os nossos clientes poderá ter alguma vantagem“, completou.

Cenário de preços e outras tarifas mantidas

Enquanto a celulose foi isenta, outros produtos seguem taxados. Papéis em geral e painéis de madeira continuam com tarifas de 50% e 40%, respectivamente. A Suzano já havia anunciado reajustes de preços após a aplicação da tarifa original de 10%. O aumento mais recente, de US$ 80 por tonelada, entrou em vigor neste mês nos Estados Unidos e na Europa, elevando o preço na América do Norte para cerca de US$ 1.320 por tonelada.

Reação do mercado às ações da Suzano

Na semana da decisão, a ação da Suzano registrou queda de pouco mais de 2%, sendo cotada a R$ 50,80. Atualmente, o valor de mercado da companhia é de R$ 64,22 bilhões.

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Carla Teles

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