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A Ferrovia Chinesa que atravessa o mundo: trem parte da China e chega à Londres em 18 dias

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 09/11/2023 às 17:53
A Ferrovia Chinesa que atravessa o mundo: trem parte da China e chega à Londres em 18 dias
Ferrovia da China que vai até ocidente europeu (Imagem / Reprodução)

Era uma vez a Rota da Seda, onde o Oriente se encontrava com o Ocidente em uma troca de riquezas que marcava a história. Agora, esse caminho ganha novos trilhos, e a China, com olhar de águia para o futuro, lança uma ferrovia que promete ser o novo eldorado do comércio internacional.

De Yiwu, essa metrópole da China, que não dorme no ponto quando o assunto é produção a baixo custo, partiu o trem que fez história.

Carregado até os dentes com mercadorias que vão de roupas a gadgets cobiçados, o trem zarpou rumo a Londres, cortando distâncias em 18 dias – um pulo, se comparado aos longos dias em alto-mar.

Não foi moleza, não. Com um cheque de 279 bilhões, a China teve que alinhar bitolas, aplainar montanhas e construir uma espinha dorsal de aço para aguentar o tranco dos trens modernos.

A obra, que é um verdadeiro quebra-cabeça internacional, contou com a força da Aliança Ferroviária Euro-Asiática, que botou a mão na massa em vários trechos.

Mas nem tudo são flores nessa nova Rota da Seda

China – Londres: A Ferrovia Chinesa que atravessa o mundo (Vídeo / Reprodução: Construction Time)

Os ambientalistas estão de cabelo em pé com os estragos ecológicos e a fumaça preta que sobe. E tem gente que enxerga nessa ferrovia um xadrez econômico da China, que quer mais é expandir seu domínio pelo globo.

Até o presidente chinês teve que dar o braço a torcer e repensar as fábricas de carvão, virando o olho para o verde mais sustentável.

No meio do povo, o trem divide opiniões tanto na China quanto no resto do mundo

Tem empresário que já está com o sorriso de orelha a orelha, vendo a ferrovia como passaporte para um futuro de bolso cheio.

Mas tem quem torça o nariz, achando que essa história não vai mudar o dia a dia da galera. Em Chiam, por exemplo, o povo já sente no bolso o aumento dos aluguéis, reflexo dessa ferrovia que ainda está para mostrar a que veio.

A ferrovia China-Londres não é só um caminho de ferro; é um traço de união entre dois mundos. Enquanto os trens vão e vêm, carregando esperanças e controvérsias, o planeta fica de olho para ver como essa nova Rota da Seda vai desenhar os mapas do comércio e da diplomacia mundial.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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