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A construção da Transamazônica: O sonho que virou cicatriz na Amazônia

Escrito por Carla Teles
Publicado em 13/06/2025 às 22:27
A construção da Transamazônica: O sonho que virou cicatriz na Amazônia
Explore a história da construção da Rodovia Transamazônica. Descubra como o sonho de integrar o Brasil virou um desastre ambiental e humano na Amazônia.
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Com mais de 4.000 km, a estrada que rasga a Amazônia enfrenta uma natureza implacável e deixa um legado de desafios sociais e ambientais.

Iniciada no governo Médici como parte do Plano de Integração Nacional (PIN), sua construção foi justificada pelo lema “Integrar para não Entregar”. Uma forte propaganda, com o slogan “Homens sem terra para uma terra sem homens”, ignorou os povos que já viviam na região. Na prática, o objetivo era abrir a floresta para a exploração de recursos por grandes empresas.

Uma construção perpétua: Os desafios de engenharia na selva

A engenharia da Transamazônica enfrenta uma batalha contínua. A maior parte dos seus 4.223 km abertos não tem pavimentação e vira um atoleiro intransitável no período de chuvas. O solo instável e os rios exigem obras de contenção constantes pelo DNIT. A rodovia não é uma obra pronta, mas um ciclo interminável de construção, colapso e reconstrução.

Desmatamento e o padrão espinha de peixe

A rodovia criou o padrão de desmatamento “espinha de peixe”. Estradas vicinais ilegais partem do eixo principal, abrindo caminho para a exploração de madeira, garimpos e pastagens. Dados de satélite do INPE confirmam que a maior parte da devastação amazônica se concentra ao longo das estradas, tornando o projeto um reconhecido desastre ambiental.

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A construção do drama humano

A construção da estrada foi uma catástrofe para os povos indígenas, como os Tenharim, que sofreram com doenças, violência e invasão de terras, levando a um colapso populacional. Para os colonos, a promessa de “terra” se revelou uma ilusão, resultando no fracasso da colonização, pobreza e intensos conflitos fundiários que beneficiaram grandes fazendeiros.

Entre o asfalto e os erros do passado

Hoje, a BR-230 é uma estrada de contrastes, com trechos modernos e outros abandonados. Novos investimentos do governo para a construção e pavimentação reascendem um velho debate: de um lado, o agronegócio defende a obra como corredor de exportação; de outro, ambientalistas alertam para o risco de repetir os mesmos erros, ampliando o desmatamento e os conflitos.

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Carla Teles

Produzo conteúdos diários sobre tecnologia, inovação, construção e setor de petróleo e gás, com foco no que realmente importa para o mercado brasileiro. Aqui, você encontra oportunidades de trabalho atualizadas e as principais movimentações da indústria. Tem uma sugestão de pauta ou quer divulgar sua vaga? Fale comigo: carlatdl016@gmail.com

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