Em várias partes do mundo, refrigerantes locais superam a Coca-Cola nas vendas, preservando tradições e conquistando consumidores pelo sabor e vínculo cultural
Por décadas, a Coca-Cola foi sinônimo de refrigerante no mundo. Presente em mais de 200 países, construiu uma imagem ligada ao consumo e ao estilo de vida ocidental. Porém, existem lugares onde a força da marca não é suficiente para conquistar o primeiro lugar nas vendas. Nessas regiões, bebidas locais com identidade própria mantêm a preferência popular.
Peru – Inka Kola
A Inka Kola é o orgulho nacional do Peru. Criada em 1935 por um imigrante britânico, a bebida tem sabor doce, com notas de chiclete e ervas, além de uma cor amarela-dourada marcante.
A marca cresceu tanto que, nos anos 90, obrigou a Coca-Cola a firmar um acordo. Hoje, a multinacional detém parte da empresa, mas pedir uma Coca no Peru pode soar estranho.
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Escócia – Irn-Bru
Na Escócia, a irreverente Irn-Bru, fundada em 1901, ocupa o topo das vendas. O sabor é doce e cítrico, com leve toque medicinal.
Sua comunicação ousada ajudou a torná-la um símbolo cultural, resistindo até mesmo à pressão da União Europeia para alterar a fórmula original.
Índia – Thums Up
O Thums Up surgiu em 1977, quando a Coca-Cola deixou a Índia. Com sabor de cola mais intenso e leve toque picante, conquistou rapidamente o público.
Mesmo após a volta da gigante americana e a compra da marca nos anos 90, a preferência permaneceu. O slogan “Taste the Thunder” resume bem seu impacto.
Islândia – Appelsín e Malt
Na Islândia, a tradição supera o apelo global da Coca-Cola. O refrigerante de laranja Appelsín e o maltado sem álcool Egils Malt dividem a liderança.
O hábito de misturar as duas bebidas no Natal reforça a ligação cultural. O frescor cítrico do Appelsín e o sabor encorpado do Malt conquistam consumidores durante todo o ano.
Japão – variedade de bebidas
O Japão é um universo à parte. A Coca-Cola está presente, mas enfrenta rivais fortes como o chá verde enlatado da Ito En, o isotônico Pocari Sweat e a bebida láctea Calpis.
A variedade de opções nas máquinas automáticas e a tradição milenar de chás e bebidas fermentadas mantêm o consumo diversificado.
África do Sul – Stoney
O Stoney Ginger Beer, popular em áreas rurais e comunidades tradicionais da África Austral, traz um sabor marcante de gengibre com leve ardência.
A marca é tão relevante que a própria Coca-Cola manteve sua produção, mesmo sendo concorrente direta de sua bebida principal.
O poder do sabor local
Esses casos mostram que o consumo de refrigerantes não depende apenas de marketing ou distribuição global.
O apego cultural, a tradição e o paladar regional continuam influenciando escolhas. Em muitos lugares, o refrigerante mais vendido não vem de Atlanta, mas sim de uma receita criada para agradar ao gosto local.
Enquanto a Coca-Cola segue presente em quase todos os cantos do planeta, a liderança absoluta é rara. Em certos países, a garrafa com sotaque local é quem realmente domina a geladeira.
Com informações de Diário do Litoral.