Detroit: onde nasceu a indústria automotiva com Ford, GM e Chrysler. A Motor City revolucionou os carros e agora se reinventa com elétricos e sustentabilidade
No início do século XX, Detroit já pulsava como um centro industrial, com fábricas de madeira, navios e trens. Mas foi em 1903 que a cidade ganhou um novo rumo com a fundação da Ford Motor Company por Henry Ford, um engenheiro visionário. Em 1908, ele lançou o Model T, o primeiro carro acessível para as massas. “Quero construir um carro para o grande público”, disse Ford, segundo a Ford Heritage Vault. E ele cumpriu: a introdução da linha de montagem em 1913 cortou custos e acelerou a produção, mudando para sempre como os carros eram feitos.
Detroit e as Big Three moldam a indústria automotiva dos EUA com Ford, GM e Chrysler
A inovação da Ford abriu as portas para outras montadoras. A General Motors, ou GM, fundada por William Durant em 1908, trouxe marcas icônicas como Chevrolet, Cadillac e Buick. A Chrysler, completando o trio das “Big Three”, consolidou Detroit como o epicentro global da produção automotiva. Juntas, essas empresas empregavam centenas de milhares de trabalhadores, atraindo imigrantes, especialmente afro-americanos do sul dos EUA, em busca de oportunidades. “Detroit foi o motor econômico dos EUA por décadas, empregando gerações e moldando a classe média”, destaca o historiador automotivo Mark Phelan, do Detroit Free Press.
Da crise do petróleo à Liderança em Veículos Elétricos
A crise do petróleo de 1973 revelou a ineficiência dos carros americanos, que consumiam muito combustível. Modelos compactos e econômicos do Japão, como os da Toyota e Honda, começaram a ganhar espaço. A automação e a globalização também reduziram empregos na indústria local, desafiando a prosperidade de Detroit. Segundo a Brookings Institution, a cidade perdeu cerca de 150 mil empregos na indústria entre 1970 e 1990, forçando uma reinvenção.
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As montadoras estão investindo pesado em veículos elétricos e autônomos. A GM anunciou em 2025 um investimento de US$ 35 bilhões em eletrificação até 2030, enquanto a Ford planeja lançar novos modelos elétricos, como o F-150 Lightning. O Detroit Auto Show, que voltou em 2025 ao seu formato tradicional em janeiro, é a vitrine dessas inovações, com lançamentos que ecoam globalmente. “Estamos construindo o futuro da mobilidade aqui”, disse Mary Barra, CEO da GM, em entrevista à CNBC.
Startups e o Futuro Conectado
Além das gigantes, Detroit brilha com startups de tecnologia. Empresas como Rivian e Waymo estão transformando a cidade em um hub de mobilidade inteligente. A Michigan Economic Development Corporation estima que mais de 500 startups automotivas operam na região em 2025, focando em conectividade e sustentabilidade. Essa nova onda está atraindo jovens talentos e investimentos, com a cidade se reinventando como um centro de inovação. “Detroit não é só nostalgia; é onde o futuro dos carros está sendo desenhado”, afirma a analista automotiva Jessica Caldwell, da Edmunds.
Detroit: a cidade que moldou a indústria automotiva
Detroit não é apenas uma cidade, é um símbolo da revolução industrial, da cultura dos carros e da resiliência. Cada veículo nas estradas do mundo carrega um pedaço dessa história. Com sua nova aposta em mobilidade sustentável e conectada, a Motor City prova que ainda tem muito combustível para queimar.
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