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A China desenvolve microdrone do tamanho de um mosquito que pode voar em silêncio, espiar alvos e até capturar PIN do seu cartão sem ser detectado

Escrito por Felipe Alves da Silva
Publicado em 12/07/2025 às 15:28
Microdrone minúsculo com asas de inseto pousado na ponta de um dedo humano, em fundo cinza neutro
Microdrone chinês do tamanho de um mosquito é exibido sobre a ponta de um dedo humano
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Pesquisadores da Universidade Nacional de Tecnologia da Defesa da China apresentaram em julho de 2025 um microdrone com apenas 2 centímetros, projetado para voar como um mosquito, sem emitir ruído nem calor, com potencial de uso em operações militares, vigilância e até ciberataques.

A tecnologia foi demonstrada como parte de um projeto de robótica avançada, cujo objetivo oficial é auxiliar em missões de busca e resgate, especialmente em ambientes inóspitos ou colapsados, como áreas de terremoto e escombros. O diferencial do equipamento está em sua capacidade de camuflagem total, já que não deixa assinatura térmica nem sonora, o que o torna praticamente indetectável.

Segundo os pesquisadores, o microdrone pode pousar com precisão em superfícies delicadas e operar por longos períodos com baixo consumo energético. Com apenas 0,3 gramas de peso e três patas flexíveisimita com fidelidade os movimentos de um mosquito real.

Tecnologia desperta reações na comunidade internacional

Apesar das possíveis aplicações civis, a novidade acendeu um sinal de alerta em forças armadas e especialistas em segurança cibernética. A possibilidade de que o drone seja usado como ferramenta de espionagem ou invasão de dados gerou preocupações sobre o uso militar não declarado.

Especialistas alertam que, acoplado a sensores avançados e microcâmeras, o microdrone pode ser utilizado para capturar senhas, imagens privadas ou dados sensíveis, até mesmo em ambientes protegidos. Como o aparelho não depende de GPS ou rede externa, sua rastreabilidade é extremamente difícil.

Em paralelo, países como Estados Unidos, Israel, França e membros da OTAN já estudam estratégias de contrainteligência para detectar e neutralizar esse tipo de ameaça, além de desenvolverem projetos próprios de microdrones para fins semelhantes.

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Fronteira entre inovação e distopia tecnológica

O avanço da miniaturização em robótica levanta dilemas éticos importantes. Em um cenário global onde drones maiores já são capazes de liberar enxames automatizados, a introdução de robôs do tamanho de insetos aumenta a complexidade de vigilância e defesa.

Além disso, tecnologias similares já foram citadas em projetos de “enxames autônomos” utilizados em campo de batalha, com potencial para sabotar sistemas eletrônicos ou executar ações coordenadas sem comando humano direto.

ausência de regulamentações internacionais sobre esse tipo de equipamento levanta preocupações entre especialistas, que veem a invenção como um divisor de águas na forma como conflitos e missões secretas podem ser conduzidos nos próximos anos.

A informação foi divulgada pelo portal Xataka, com base em comunicado oficial da Universidade Nacional de Tecnologia da Defesa da China, que apresentou o dispositivo como parte de um simpósio sobre robótica e segurança. O conteúdo repercutiu amplamente na mídia internacional, sendo destaque em canais especializados como Interesting EngineeringGizmodo e South China Morning Post.

Ainda é cedo para dizer se esses microdrones serão usados em larga escala, mas sua existência já muda o jogo na segurança digital e na espionagem global. Você deixaria uma janela aberta com um mosquito desses à espreita?

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Felipe Alves da Silva

Profissional com formação militar pelo Exército Brasileiro e experiência em gestão administrativa e logística no setor industrial. Escreve sobre defesa, segurança, geopolítica, indústria automotiva, ciência e tecnologia. Sugestões de pauta: fa06279@gmail.com

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