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Campo offshore de Peregrino, operado pela Equinor no Brasil, retoma a sua produção após suspensão de mais de dois anos

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 20/07/2022 às 13:16
Equinor, emprego, petróleo
Foto: reprodução Linkedin Equinor

O campo offshore de Peregrino, maior campo operado pela Equinor fora da Noruega, reiniciou a sua produção visando à diminuição da intensidade das emissões de carbono

A Equinor – empresa de energia norueguesa – decidiu, após mais de dois anos, retomar a produção no campo offshore de Peregrino, no Brasil, antes que a Fase II tivesse início – o que é esperado para ainda este ano.

Na terça-feira (19), a Equinor anunciou que a produção no campo de Peregrino foi reiniciada no dia 16 de julho de 2022, com o objetivo de ampliar a produção total da empresa e diminuir a intensidade das emissões.

Sob esse viés, Verônica Coelho, country manager da Equinor no Brasil, afirmou que a prioridade máxima da companhia é a segurança de seus trabalhadores e de suas operações. Segundo ela, os investimentos em tecnologia, novos equipamentos e na manutenção permitiram à empresa retomar com segurança a produção em Peregrino, além de preparar o arranque do novo projeto: Peregrino Fase II.

A produção no campo offshore havia sido interrompida em abril de 2020, devido à detecção de uma ruptura no riser de injeção de água durante um teste de fuga. Desde então, a companhia norueguesa realizou um grande programa de manutenção, atualizações e reparações no navio FPSO responsável por operar no campo, além de haver instalado uma nova plataforma, a Peregrino C.

Conforme explicou a empresa, estes investimentos possibilitaram o reinício da produção em segurança, o aumento da capacidade global do campo e a melhoria da intensidade das emissões de carbono.

Nesse sentido, Coelho acrescentou que está orgulhosa de como as equipes trabalharam arduamente durante toda a pandemia da Covid-19, a fim de modernizar as instalações e permitir que o campo offshore de Peregrino voltasse a funcionar. Ela declarou, ainda, que mais de 1.200 pessoas têm trabalhado em conjunto nos últimos meses para o cumprimento desta função.

De acordo com a Equinor, Peregrino é o maior campo offshore operado pela empresa fora da Noruega, além de ser o primeiro de uma série de grandes desenvolvimentos de campo no Brasil. A companhia revelou também que as reservas remanescentes do Peregrino Fase I estão estimadas em 180 milhões de barris.

Nova plataforma de cabeça de poço foi instalada no campo offshore de Peregrino como parte do projeto Peregrino Fase II

Em paralelo à manutenção e aos melhoramentos no FPSO, foi instalada, ainda, uma terceira plataforma de cabeça de poço, a Peregrino C, que está progredindo em direção ao início da produção, enquanto o primeiro petróleo é previsto para o terceiro trimestre deste ano.

Esta nova plataforma faz parte do projeto Peregrino Fase II, o qual pretende prolongar a vida útil e o valor do campo, além de acrescentar de 250 a 300 milhões de barris. O Peregrino Fase I diz respeito a uma unidade FPSO, apoiada por duas plataformas de cabeça de poço – Peregrino A e Peregrino B. O Peregrino II, por sua vez, consiste numa nova plataforma de cabeça de poço – Peregrino C – e em instalações relacionadas.

Equinor quer reduzir as emissões de carbono no campo de Peregrino em 100.000 toneladas de CO2 por ano

Além do mais, a Equinor ressaltou que grandes investimentos foram realizados para que as emissões de CO2 do campo offshore de Peregrino fossem reduzidas, conforme a estratégia de baixo carbono da empresa. Prevê-se que, quando em operação, a Fase II irá diminuir as emissões absolutas no campo de Peregrino em 100.000 toneladas de CO2 por ano.

A empresa energética norueguesa pretende cumprir tal objetivo mediante a implementação de soluções digitais para otimizar o consumo de energia, em adição a turbinas de gás que reduzam e substituam drasticamente o consumo de gasóleo.

O campo petrolífero de Peregrino, que está localizado na Bacia de Campos, iniciou a sua produção em 2011. A Equinor é o operador do campo, tendo participação de 60%, enquanto o seu parceiro, a Sinochem, possui os restantes 40% de interesse.

Com relação aos negócios mais recentes tratados pela Equinor no Brasil, é válido notar que a empresa norueguesa estendeu o contrato para a Floatel Victory no último mês. Nos termos deste acordo, a unidade da Floatel International prestará serviços de Manutenção e Segurança (MSU) no FPSO Peregrino até o final deste ano.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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