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5 vacilos pequenos que motoristas cometem, que enchem o bolso dos mecânicos e como cortar o risco hoje

Escrito por Geovane Souza
Publicado em 08/09/2025 às 20:17
5 vacilos pequenos que motoristas cometem e que enchem o bolso dos mecânicos
Manter o carro apenas “rodando” não significa mantê-lo saudável.
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Pequenos “atalhos” na manutenção, atrasar óleo, ignorar manual ou abastecer em posto duvidoso, aceleram desgaste e viram prejuízo. Veja os 5 erros mais comuns.

Manter o carro apenas “rodando” não significa mantê-lo saudável. Há descuidos que parecem inofensivos e, somados, viram uma conta alta no mecânico. Pior, muitos desses vacilos são repetidos por anos por falta de informação ou por falsas economias.

A boa notícia é que quase todo esse prejuízo pode ser evitado com leitura do manual, cumprimento de prazos e escolhas simples no dia a dia. A manutenção preventiva custa menos que um reparo emergencial e preserva desempenho, consumo e valor de revenda.

A seguir, destrinchamos 5 vacilos que mecânicos veem com frequência. Reunimos orientações de manuais de montadoras, recomendações técnicas e regras de fiscalização para você aplicar hoje mesmo.

1) Câmbio automático e fluido: “lifetime” não é para sempre

O fluido da transmissão automática é parte ativa do sistema. Ele lubrifica, refrigera e garante o atrito certo entre embreagens internas. Com o tempo e com temperatura alta, o óleo degrada e perde propriedades, o que pode causar trancos, patinação e desgaste acelerado.

Mesmo quando o fabricante do veículo não determina trocas periódicas em condições normais, fornecedores de caixas automáticas indicam substituição por tempo e quilometragem em cenários de maior exigência. Em uso severo ou histórico desconhecido, antecipar a troca é prudente. Sinal de alerta é vazamento ou nível baixo, que eleva atrito e temperatura.

O passo prático é seguir o manual do seu carro e, na dúvida, consultar a rede técnica da marca. Em veículos com caixa de origem ZF, por exemplo, recomenda-se verificar e substituir o fluido dentro de intervalos seguros quando há trabalho pesado, reboque frequente, condução esportiva ou temperaturas elevadas. Use fluido homologado e procedimento correto de nivelamento.

2) Trocar óleo do motor só por quilometragem: ignorar o prazo de tempo sai caro

Muita gente espera chegar ao km da etiqueta para trocar o óleo e esquece do prazo de validade. Regra de ouro: a troca ocorre por quilometragem ou tempo, o que vier primeiro. O óleo envelhece, oxida e perde aditivos mesmo com o carro rodando pouco.

Em uso severo a troca antecipa. O que é uso severo na prática? Percursos curtos, trânsito intenso com anda e para, poeira, muito tempo parado ou serviço pesado. Nessas condições, o motor trabalha longe da temperatura ideal e há maior contaminação do lubrificante. O resultado aparece em ruído, consumo maior e risco de borra.

Aplique hoje: confira no manual o intervalo por tempo e marque no calendário. Respeite a especificação do óleo recomendada. E lembre que filtro entra na mesma janela de troca. Não é só km.

3) Combustível de procedência duvidosa: como evitar e o que fazer

Preço muito abaixo da média não é sinônimo automático de fraude, mas merece desconfiança. Gasolina adulterada com solventes e etanol com água fora do padrão podem causar perda de potência, engasgos, consumo elevado e danos a vedações, bombas e bicos injetores. Além disso, a adulteração acelera a contaminação do óleo e pode danificar catalisador e sonda.

Como se proteger: priorize postos confiáveis, peça nota fiscal e observe o comportamento do carro após abastecer. Suspeitou de irregularidade? O consumidor pode consultar dados de fiscalização e registrar denúncia nos canais oficiais. Tenha em mãos nota fiscal, CNPJ do posto e data do abastecimento.

Sinais de alerta incluem luz de injeção acesa após o abastecimento, falhas e consumo fora do padrão. Se acontecer, evite rodar por longas distâncias, registre a ocorrência e procure oficina para diagnóstico.

4) Ignorar o amaciamento do motor: limites nos primeiros quilômetros protegem o conjunto

Ainda que a tecnologia tenha avançado, a maioria dos manuais traz limites de rotação e velocidade nos primeiros 1.000 km. Nessa fase, superfícies internas passam por assentamento e trabalhar “no vermelho” antecipa desgaste. A recomendação típica é evitar rotações altas e variações extremas até o motor atingir seu comportamento ideal.

Na prática, você ganha em consumo e durabilidade quando respeita o amaciamento. E a regra vale também para outros componentes do trem de força, como engrenagens e mancais, que se ajustam com a quilometragem inicial.

Aplicação hoje: se o veículo é novo ou recém-reparado, dirija com suavidade nas primeiras centenas de quilômetros, evite carga plena prolongada e mantenha a manutenção em dia.

5) Rodar sempre com o motor frio: trajetos curtos classificam “uso severo”

Percursos muito curtos não deixam o motor atingir temperatura ideal. Isso aumenta condensação, dilui o óleo com combustível, eleva o desgaste e piora o consumo. Manuais classificam essa rotina como uso severo, o que antecipa prazos de manutenção.

Se sua rotina é de trajetos abaixo de 6 km, adote estratégias para reduzir o efeito: concentre tarefas em um percurso único, faça trajetos um pouco mais longos de tempos em tempos para evaporar umidade e mantenha o sistema de ignição em ordem. Em regiões frias e carros abastecidos com etanol, partidas repetidas a frio exigem atenção redobrada.

Aplicação hoje: revise velas, cabos e filtros, monitore o nível e a cor do óleo entre as trocas e considere o plano de manutenção de uso severo do seu manual.

E você, já caiu em algum desses vacilos ou tem um “pulo do gato” que economizou no mecânico? Conte nos comentários se você segue o manual à risca, se já denunciou posto suspeito ou se aprendeu do jeito mais caro. Sua experiência pode salvar o bolso de muita gente.

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Geovane Souza

Especialista em criação de conteúdo para internet, SEO e marketing digital, com atuação focada em crescimento orgânico, performance editorial e estratégias de distribuição. No CPG, cobre temas como empregos, economia, vagas home office, cursos e qualificação profissional, tecnologia, entre outros, sempre com linguagem clara e orientação prática para o leitor. Universitário de Sistemas de Informação no IFBA – Campus Vitória da Conquista. Se você tiver alguma dúvida, quiser corrigir uma informação ou sugerir pauta relacionada aos temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: gspublikar@gmail.com. Importante: não recebemos currículos.

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