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5 carros que nasceram em uma marca, mas foram vendidos por outra no Brasil — e quase ninguém percebeu

Publicado em 11/10/2025 às 20:13
Carros, Marcas, rebadge
Daewoo Lacetti originou o Chevrolet Cruze no Brasil — Foto: Divulgação
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De compactos a picapes médias, o Brasil acumula exemplos de carros idênticos com logotipos diferentes — uma prática conhecida como rebadge, que envolve montadoras como Chevrolet, Fiat, Renault e Peugeot em curiosas parcerias globais

Adotada recentemente pela Chevrolet com o Spark EUV, a estratégia de lançar com marca própria carros desenvolvidos por outras fabricantes não é novidade no Brasil. Ao longo dos últimos anos, essa tática foi amplamente usada por montadoras e gerou casos curiosos — alguns bem-sucedidos, outros esquecidos rapidamente. O método, chamado de rebadge, já apareceu em praticamente todas as categorias: de compactos urbanos até SUVs e picapes médias. As informações deste artigo são do Auto Esporte.

A prática é simples e vantajosa. Dentro do rebadge, a montadora economiza custos e tempo de desenvolvimento porque não precisa criar um veículo do zero.

Assim, reduz o investimento em engenharia e acelera a chegada de novos modelos às concessionárias. Além disso, a estratégia permite atender nichos específicos ou testar segmentos sem comprometer o caixa da empresa.

Foi o caso do Chevrolet Spark, que entrou no mercado de elétricos compactos aproveitando um projeto já consolidado.

Autoesporte reuniu cinco exemplos emblemáticos que mostram como o rebadge moldou parte da história automotiva recente do país — envolvendo Chevrolet, Fiat, Renault e até Peugeot.

Daewoo Lacetti / Chevrolet Cruze

O primeiro Chevrolet Cruze chegou ao Brasil em 2011 para substituir Vectra e Astra, mas sua história começou bem antes.

O modelo foi originalmente desenvolvido pela extinta Daewoo, subsidiária da General Motors na Coreia do Sul, e lançado em 2008 como Lacetti Premiere.

Com o projeto pronto e testado, a Chevrolet apenas aplicou sua tradicional gravata dourada e deu ao carro projeção global, vendendo-o também nos Estados Unidos e em vários mercados europeus.

As diferenças eram mínimas, limitando-se principalmente ao desenho da grade dianteira.

A base técnica era a plataforma Delta II, criada pela Opel, que serviu de alicerce para diversos outros veículos da GM.

Esse compartilhamento de engenharia tornou o Cruze um caso clássico de sucesso de rebadge, mostrando que eficiência e padronização podem caminhar juntas.

Dodge Journey / Fiat Freemont

Antes mesmo da fusão que daria origem à Stellantis, a Fiat apostou no rebadge para marcar presença no segmento de SUVs médios.

Assim nasceu o Fiat Freemont, gêmeo do Dodge Journey, lançado em 2011 e produzido no México. As diferenças entre eles eram quase imperceptíveis: grade, logotipos e pequenos ajustes estéticos.

Apesar da semelhança, cada um mirava um público distinto. O Freemont tinha proposta mais acessível, com interior simples e motor 2.4 de 172 cv acoplado a um câmbio automático de quatro marchas.

Já o Journey, vendido até 2020, oferecia acabamento superior e motor V6 3.6 de 280 cv, com transmissão de seis marchas.

Ambos acomodavam até sete pessoas, o que reforçava seu apelo familiar. No entanto, o Freemont foi descontinuado em 2016, enquanto o Journey manteve boa presença até o fim da década, destacando-se pelo conforto e robustez.

Chevrolet Tracker / Suzuki Vitara

Muito antes do atual SUV nacional, a Chevrolet já usava o nome Tracker em um projeto de origem oriental.

No fim da década de 1980, a marca fechou parceria com a Suzuki para lançar nos Estados Unidos o modelo derivado do Grand Vitara.

O veículo só desembarcou no Brasil em 2001, já em sua segunda geração, fabricado na Argentina até 2006.

Visualmente, as diferenças em relação ao Suzuki eram discretas — basicamente os logotipos e a grade.

O modelo chegou a oferecer motor 2.0 turbodiesel, depois substituído por um 2.0 a gasolina, mantendo sempre a tração 4×4 como destaque.

A proposta era clara: entregar robustez e desempenho fora de estrada em um pacote mais acessível.

Renault Logan, Sandero e Duster / Dacia

A Renault também adotou o rebadge como pilar de expansão no Brasil. O primeiro exemplo veio com o Logan, lançado aqui em 2007 mas já vendido na Europa desde 2004.

Criado pela romena Dacia, o modelo conquistou o público europeu com espaço generoso e preço competitivo — fórmula que se repetiu por aqui com enorme sucesso.

Na mesma época, chegou o Sandero, também desenvolvido pela Dacia, que logo se tornou um dos carros mais vendidos da Renault no país.

O modelo foi tão popular que acabou substituindo o Clio e marcou uma fase de forte crescimento da marca francesa.

O sucesso de Logan e Sandero abriu caminho para o Duster, lançado em 2011 no Brasil, dois anos após estrear na Europa.

O SUV, igualmente projetado pela Dacia, conquistou espaço com bom custo-benefício e mecânica simples.

Hoje, está na segunda geração nacional e na terceira versão europeia, ainda sem data confirmada para chegar ao Brasil.

Fiat Titano / Peugeot Landtrek / Changan Hunter

Mais recentemente, a Fiat repetiu a fórmula com a picape Titano, lançada em 2024. O modelo é baseado no projeto da chinesa Changan, que criou em 2019 a Kaicene F70 (ou Hunter). No ano seguinte, a então PSA apresentou sua própria variação: a Peugeot Landtrek.

Com a criação da Stellantis, a Fiat herdou o projeto e adaptou-o à sua identidade visual. A Titano manteve a estrutura da Landtrek, alterando apenas grade, logotipos e rodas.

Sob o capô, recebeu motor 2.2 turbodiesel de 200 cv e câmbio automático de oito marchas, mirando diretamente o segmento dominado por Hilux, Ranger e S10.

Lá fora, o projeto original da Changan continua em evolução, com versões de caçamba alongada, opções a gasolina e até uma variante elétrica de autonomia estendida capaz de superar 1.000 km.

Uma estratégia que veio para ficar

O rebadge segue sendo uma ferramenta poderosa para marcas que buscam ampliar presença com rapidez e menor investimento.

Seja para testar novos segmentos, aproveitar parcerias globais ou reduzir custos, a prática mostrou que a identidade de um carro vai muito além do logotipo na grade.

Da Coreia à Romênia, da China ao Brasil, esses exemplos revelam que o mundo automotivo é cada vez mais interconectado — e que, por trás de um emblema familiar, pode existir uma longa história compartilhada de engenharia e estratégia.

Com informações de Auto Esporte.

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