Descubra 5 carros usados com câmbio manual que surpreenderam o mercado brasileiro. Modelos raros como SUV, picape e sedã que desafiaram a preferência pelo automático.
Mesmo com a ascensão dos modelos automáticos, cinco carros usados com câmbio manual chamaram atenção no mercado brasileiro por desafiar expectativas. Fabricantes como Honda, Hyundai, Fiat, Toyota e Volkswagen apostaram em versões manuais de modelos que, à primeira vista, não combinavam com esse tipo de transmissão.
Essas raridades circularam entre 2015 e 2023, em diferentes regiões do país, e ainda despertam curiosidade entre entusiastas e colecionadores.
A escolha pelo câmbio manual, apesar de menos prática no trânsito urbano, continua atraindo motoristas que valorizam o controle total do veículo e a economia na manutenção.
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Por isso, mesmo em meio à popularização dos automáticos, alguns modelos improváveis com câmbio manual deixaram sua marca — e merecem ser lembrados.
Por que os carros usados com câmbio manual ainda tem fãs?
Embora os carros automáticos ofereçam mais conforto, especialmente em grandes cidades, o câmbio manual ainda é valorizado por muitos brasileiros.
Além de proporcionar uma condução mais envolvente, ele costuma ter manutenção mais barata e menos complexa.
Muitos motoristas afirmam que se sentem mais conectados ao carro quando operam os três pedais. Essa preferência, aliada ao custo-benefício, mantém viva a demanda por modelos manuais — mesmo que em menor escala.
Honda HR-V LX 1.8 MT: o SUV compacto que virou raridade
Lançado em 2015, o Honda HR-V LX 1.8 MT é um verdadeiro “achado” para quem gosta de carros com câmbio manual.
Equipado com motor 1.8 i-VTEC flex de até 140 cv e torque de 17,4 kgfm, o SUV vinha com transmissão manual de seis marchas — o mesmo conjunto mecânico do Civic da época.
Além da mecânica confiável, o modelo se destacava por suas rodas de ferro com calotas de 17 polegadas e pneus 215/55, o que o tornava visualmente distinto das versões mais completas.
O HR-V LX manual oferecia bom espaço interno, porta-malas de 437 litros e uma suspensão bem ajustada para o uso urbano.
Hoje, encontrar essa versão nas ruas é quase como achar uma agulha no palheiro.
Hyundai HB20 1.0 Turbo MT: desempenho com três pedais
O Hyundai HB20 1.0 turbo com câmbio manual de seis marchas foi uma aposta ousada da marca sul-coreana.
Com motor 1.0 TGDI de três cilindros, injeção direta e até 120 cv de potência, o hatch oferecia torque de 17,5 kgfm já em baixas rotações, o que garantia agilidade no trânsito.
A versão manual era oferecida nas configurações Evolution e Diamond, com bom pacote de equipamentos, incluindo central multimídia, controles de estabilidade e tração, além de assistente de partida em rampa.
Apesar disso, a preferência pelo automático fez com que essa configuração fosse descontinuada no início de 2023.
Ainda assim, é um modelo que chama atenção no mercado de usados, especialmente entre os que buscam carros com câmbio manual e motor turbo.
Fiat Toro 2.0 Diesel MT: força e versatilidade com câmbio manual
Entre 2016 e 2019, a Fiat Toro ofereceu uma versão 2.0 turbodiesel com câmbio manual de seis marchas.
O motor Multijet II entregava 170 cv e torque de 35,7 kgfm, com opção de tração dianteira ou integral (4×4), o que tornava a picape versátil tanto para o trabalho quanto para o lazer.
Essa configuração era voltada principalmente para frotistas e empresas, mas também atraiu consumidores que buscavam uma picape robusta e econômica.
A Toro manual oferecia capacidade de carga de até 1 tonelada, caçamba com abertura dupla e bom nível de equipamentos, como ar-condicionado, direção elétrica e sistema de som com Bluetooth.
Hoje, todas as versões diesel da Toro são automáticas, tornando a variante manual uma peça de coleção.
Toyota Corolla GLI 1.8 MT: o sedã médio que fugiu do padrão
O Toyota Corolla sempre foi sinônimo de carro automático, mas a versão GLI 1.8 MT fugiu à regra.
Com motor 1.8 Dual VVT-i flex de até 144 cv e torque de 18,4 kgfm, o sedã oferecia câmbio manual de seis velocidades e desempenho honesto para o dia a dia.
Essa versão era voltada para o público que buscava um Corolla mais acessível, mas com a confiabilidade mecânica que tornou o modelo um dos mais vendidos do mundo.
O GLI manual vinha com itens como ar-condicionado, direção elétrica, vidros e travas elétricas, além de bom espaço interno e acabamento refinado.
Apesar de ser mais barato, essa configuração durou pouco tempo no mercado, já que muitos consumidores preferiam investir um pouco mais para adquirir versões automáticas.
VW Amarok 2.0 MT: a picape diesel com pedal de embreagem
Antes da chegada da Amarok V6, a Volkswagen ofereceu a versão 2.0 turbodiesel com câmbio manual.
Com apenas uma turbina, o motor entregava 122 cv e torque de 34,7 kgfm nas versões básicas com cabine simples ou dupla.
Essa configuração era voltada para o trabalho pesado, com foco em durabilidade e economia.
A Amarok 2.0 MT oferecia tração traseira ou integral, suspensão reforçada e caçamba com capacidade para mais de 1 tonelada.
Mesmo envolvida no escândalo do dieselgate, essa configuração ainda é mais fácil de encontrar do que alguns dos outros modelos manuais citados.
Para quem busca uma picape com câmbio manual, a Amarok 2.0 MT pode ser uma opção interessante no mercado de usados, especialmente em regiões rurais ou de difícil acesso.
O futuro dos carros usados com câmbio manual no Brasil
A tendência do mercado aponta para a predominância dos carros automáticos, especialmente com o avanço dos veículos híbridos e elétricos.
No entanto, os modelos com câmbio manual ainda têm espaço — principalmente entre os hatches compactos e veículos voltados para trabalho.
Enquanto isso, os cinco modelos citados seguem como exemplos de que o câmbio manual pode surpreender, mesmo em segmentos onde ele parecia ter desaparecido.
Seja por nostalgia, controle ou economia, os três pedais ainda têm seu lugar garantido no coração de muitos motoristas brasileiros.