Mineradora Samarco deve retomar as operações no final deste ano. A empresa recebeu o aval para voltar a operar no ano passado
A mineradora Samarco deve retornar as operações no fim deste ano, após quase cinco anos do rompimento da barragem de Fundão, em Bento Rodrigues em novembro de 2015. O ocorrido, considerado o maior desastre ambiental do Brasil, liberou uma avalanche de lama e resíduos de mineração, que matou 19 pessoas, destruiu casas e poluiu centenas de quilômetros de rios até o litoral. Com os reparos e indenização ainda em andamento, o empreendimento conjunto da BHP e Vale, estão se preparando para retomar as operações no final deste ano.
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A previsão das operações permanecerá até o final deste ano, e será realizada após a implantação do sistema de filtragem de rejeitos e a conclusão das atividades de preparação do negócio.
A empresa destacou em nota que a restauração será feita primeiro na planta integrada no Complexo de Germano, em Mariana, região centro de Minas Gerais, e na planta de pelotização em Ubu, no Espírito Santo, e será feita de forma gradativa.
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“Para a retomada das operações, a Samarco está implementando o sistema de filtragem de rejeitos, que possibilitará o empilhamento a seco de 80% do rejeito a ser gerado no processo produtivo. Os 20% restantes serão dispostos na Cava Alegria Sul, uma estrutura de formação natural rochosa e confinada que permite a contenção natural do rejeito de forma mais segura. Toda a água extraída com a filtragem será reciculada no processo produtivo tornando-o mais sustentável, apoiado em boas práticas de sustentabilidade”.
A mineradora teve suas operações paralisadas na época do rompimento e no ano seguinte do desastre, o Tribunal de Justiça do Estado de Minas Gerais (TJMG) suspendeu todas as licenças de funcionamento. Em seguida, a Secretaria Nacional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) determinou as licenças corretivas de funcionamento de todas as edificações do complexo.
Ano passado, a Samarco recebeu um aval para voltar a operar. Na ocasião, a mineradora informou que passava a contar não apenas com todas as licenças ambientais para o reinício das operações, mas que também esperava retomar as atividades usando tecnologias novas para o empilhamento de rejeitos