Novo forno de R$ 500 milhões amplia produção de cimento da Itambé em Balsa Nova, permitindo crescimento anual de 600 mil toneladas e introduzindo tecnologias sustentáveis com uso de combustíveis alternativos em até 50%.
O novo forno da fábrica de cimento da Itambé, inaugurado nesta quarta-feira (20) em Balsa Nova (Região Metropolitana de Curitiba), amplia a capacidade de produção da unidade e incorpora padrões ambientais mais modernos.
Com R$ 500 milhões investidos, o equipamento permite elevar em 600 mil toneladas por ano o volume de cimento, levando a produção anual a 3 milhões de toneladas.
Capacidade e investimento industrial
A expansão concentra-se no clínquer, insumo básico para o cimento. O forno recém-ativado foi projetado para aumentar a disponibilidade desse material, sustentando o salto de produção previsto.
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Segundo a empresa, o incremento seria suficiente para erguer 350 quilômetros de estradas de concreto ou construir 120 mil casas populares.
O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior, participou da inauguração e afirmou que a ampliação consolida o processo de modernização da companhia.
Sustentabilidade e combustíveis alternativos
Além do ganho de escala, o projeto foi desenhado com metas ambientais.
O novo conjunto térmico pode operar com até 50% de substituição de combustíveis fósseis por alternativas como biomassa e resíduos industriais.
A Itambé informou que a diretriz busca reduzir a pegada de carbono do processo e alinhar a produção a práticas de economia circular.
“Este equipamento reforça nosso compromisso com o abastecimento regional, inovação industrial e sustentabilidade”, disse o diretor-superintendente, Alexander Capela Andras.
Emprego e impacto regional
A planta emprega atualmente 1,2 mil colaboradores diretos, grande parte residente em Balsa Nova, Campo Largo e Curitiba.
A construção do forno mobilizou cerca de 5 mil trabalhadores entre vagas diretas e indiretas ao longo de dois anos.
Para o prefeito de Balsa Nova, Clever Poletto, a presença da indústria impacta positivamente a economia local.
Ambiente de negócios no Paraná
O governo estadual relaciona investimentos como o da Itambé a um ambiente regulatório considerado estável para a indústria.
De acordo com Ratinho Junior, a simplificação de processos e a previsibilidade para o investidor têm sido determinantes para atrair capital privado.
Desde 2019, empresas aportaram mais de R$ 330 bilhões em projetos industriais no Paraná, segundo dados oficiais.
Produção e abastecimento
Com a nova capacidade instalada, a companhia projeta ampliar o abastecimento de cimento no mercado regional, reduzindo a necessidade de transporte de longa distância.
A prioridade, segundo a direção, é manter regularidade no fornecimento para obras públicas e privadas, de infraestrutura e habitação.
Tecnologia do forno e operação
O equipamento incorpora sistemas de queima e controle projetados para maior eficiência térmica, condição necessária para viabilizar a substituição parcial de combustíveis.
A operação foi dimensionada para atender ao aumento de demanda sem comprometer a qualidade do produto final.
Integração com obras de infraestrutura
Os investimentos privados vêm acompanhados de obras públicas na região metropolitana. Neste mês, foi iniciada a duplicação da PR-423, eixo que liga Araucária a Campo Largo e atravessa Balsa Nova.
O prefeito de Campo Largo, Maurício Rivabem, citou que o município tinha mais de 250 quilômetros de vias sem asfalto e afirmou que, com aportes do governo estadual, a meta é pavimentar 100% do território nos próximos anos.
Declarações de autoridades
Durante a cerimônia, Ratinho Junior destacou a origem paranaense da empresa e os investimentos recentes em tecnologia.
“A Itambé é uma empresa paranaense, que vem investindo muito forte nos últimos anos para ter uma produção maior e mais tecnológica.
Como resultado, temos maior geração de empregos, maior renda e mais desenvolvimento para a região”, disse.
O diretor-superintendente da empresa afirmou que a indústria seguirá inovando com critérios ambientais. A Prefeitura de Balsa Nova também ressaltou o impacto dos empregos e da arrecadação na cidade.
Com a inauguração do novo forno, a produção de cimento ganha escala, enquanto governos e municípios destacam a convergência entre expansão industrial e obras de infraestrutura. Qual será o próximo passo para fortalecer ainda mais o setor cimenteiro no Paraná?