Investimento de R$ 56 bilhões em projetos de construção civil em rodovias, ferrovias e gasodutos vão gerar 11,5 mil vagas de emprego no Espírito Santo e de Minas Gerais
Projetos e obras de construção civil em rodovias, ferrovias e gasodutos vão gerar 11,5 mil vagas em Minas Gerais e Espírito Santo. O investimento de cerca de R$ 56 bilhões fazem parte do plano estratégico visando o desenvolvimento econômico dos dois estados. Muitas vagas de emprego para atender projetos na construção civil e outros setores hoje pela multinacional Babcock
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As vagas serão criadas no médio prazo, na medida em que os projetos saírem do papel. Isso porque muitos deles carecem de aprovação do governo federal, a exemplo do marco regulatório ferroviário.
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As informações foram divulgadas no dia 17 de fevereiro, em Belo Horizonte (MG). O documento, elaborado pelas Federações das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e de Minas Gerais (Fiemg), tem como foco ações nas áreas de construção civil em infraestrutura, negócios, desenvolvimento regional e segurança jurídica.
“É o primeiro passo de um trabalho que começou faz tempo. Temos uma pauta a seguir e, pela primeira vez, os dois Estados trabalham em conjunto”, destacou o governador Renato Casagrande.
Privatização e duplicação de BRs – R$ 9,1 bilhões de investimentos (pauta prioritária, leilão de concessão será realizado até o final deste ano.)
Proposta: o governo federal deve assumir o compromisso de construir pontes e viadutos para retificar trechos e elevar a velocidade diretriz para 80 km/h no Espírito Santo, garantindo que o processo de concessão se complete. Além de finalizar as intervenções necessárias e já contratadas de duplicação e ampliação da capacidade em Minas Gerais e dos sete quilômetros interrompidos no Espírito Santo.
A previsão é de que o leilão de concessão ocorra ainda este ano. O prazo de concessão é de 30 anos. Os trechos leiloados serão a BR-262/MG-ES que ficam entre João Monlevade (MG) e Viana (ES) e também a BR-381/MG: entre Belo Horizonte e Governador Valadares.
Todo este investimento em obras no Espírito Santo e em Minas Gerais vão criar mais de 2 mil contratações diretas ainda este ano. Haverá vagas em obras básicas, como tapa buracos e sinalização, e na construção das praças de pedágio. As contratações devem ocorrer logo após a assinatura da concessão.
A operação das praças de pedágio também vai ofertar vagas. Serão quatro praças no Estado e sete em Minas. Também vão ser criadas oportunidades em atendimento ao usuário, serviços de ambulância, entre outros.
Já a duplicação da BR-262 vai proporcionar chances para profissionais diversos. Ainda vão surgir vagas de emprego indiretos em outros segmentos, como alimentação, hospedagem, uniformes e outros.
Para a realização das obras haverá vagas para os seguintes profissionais da construção civil: engenheiro civil, engenheiro de planejamento, engenheiro de segurança do trabalho, técnico de medição, técnico de planejamento, técnico de meio ambiente, técnico de qualidade, encarregado geral, motorista de caminhão, mecânico lubrificador, mecânico de manutenção de equipamentos, ajudante de mecânico, pedreiro, servente, ajudante de obra, operador de caminhão de asfalto, eletricista, encarregado em terraplanagem e pavimentação, operador de máquinas pesadas, rasteleiro de asfalto, suporte ao usuário, entre outros.
Ferrovias R$ 8,8 bilhões em investimentos
Proposta: os estados querem garantir os créditos da renovação de outorga investidos no Espírito Santo e em Minas Gerais, proporcionalmente à malha ferroviária de cada um.
Os governos capixaba e mineiro pedem ainda a execução do trecho de Viana a Anchieta pela Vale e negociações para a ampliação do transporte de carga para terceiros não ligados à mineração de, no mínimo, 10% do total, a partir do quinto ano da renovação do contrato.
Outro ponto é a inserção da ferrovia no Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), para sua concessão, e execução do trecho de Anchieta ao Rio de Janeiro (EF 118).
EF 118, a ferrovia será fruto da contrapartida pela antecipação da renovação – por mais 30 anos – da concessão da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM), operada pela Vale, que acabaria em 2027.
A ferrovia seria uma continuação da Vitória a Minas, partindo de Cariacica e chegando a Ubu, em Anchieta, próximo à Samarco. Na primeira fase das obras, pelo menos 1.000 empregos devem ser criados no Estado.
Para suprir demanda para a realização das obras haverá vagas para engenheiro ferroviário, mestre de linha, feitor, trabalhador de via permanente, soldador nível 1, soldador nível 2, servente, operador de máquina pesada, motorista, topógrafo, zelador e ajudante.
Codesa R$ 1 bilhão de investimentos (A oferta na Bolsa está prevista para o primeiro trimestre de 2021)
O Ministério da Infraestrutura ainda não definiu qual será o regime de privatização da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), se o porto será vendido ou concedido para exploração. A assessoria do órgão informou que a definição sairá em março.
Estima-se que os portos de Vitória e da Barra do Riacho, em Aracruz, sob administração da Codesa, têm potencial para expandir sua movimentação anual dos atuais 7 milhões para 12 milhões de toneladas por ano.
Gasoduto R$ 8,9 bilhões em investimentos – expansão do setor de óleo e gás Rota 6.
Proposta: a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estuda a implantação de novo duto de transporte de gás pela Rota 6, com capacidade para 15 milhões de m por dia.
Os dois estados querem lançar um novo duto de escoamento do gás pela Rota 6, além de oferecer incentivo aos produtores de gás para implantação de nova Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) no Espírito Santo, para processar gás do campo Pão de Açúcar, no Rio de Janeiro.
Há ainda a previsão de construção de novo duto de transporte de gás natural do Espírito Santo para Minas Gerais (do Sul do Estado a Belo Horizonte, com 480 quilômetros de extensão). O gasoduto depende da aprovação do Projeto de Lei 6407, estabelecendo o chamado Mercado Livre de Gás.
Ainda não há definição sobre vagas para suprir toda demanda das obras, mas as oportunidades serão abertas em três frentes: na fabricação da tubulação para o gasoduto, nas obras de instalação e na unidade de operação, onde serão necessários os seguintes profissionais: operador de máquinas, soldador, topógrafo, eletricista, mecânico instalador, entre outros.