O FPSO Guanabara é, segundo a Petrobras, efeito de anos de experiência no pré-sal e a mais complexa unidade de produção de petróleo no país
Há poucos dias, a Petrobras deu início à produção de petróleo e gás natural mediante o FPSO Guanabara, que consiste no primeiro sistema de produção definitivo situado no campo de Mero, no pré-sal da Bacia de Santos.
Esta plataforma, do tipo FPSO, unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência de petróleo e gás, possui potencial de processamento de até 180 mil barris de petróleo por dia e 12 milhões de metros cúbicos de gás. Tal quantidade diz respeito a 6% da produção administrada pela Petrobras, de modo a auxiliar no aumento da produção previsto pela companhia. O campo de Mero corresponde ao terceiro maior campo de petróleo do pré-sal, estando atrás somente de Búzios e Tupi.
Conforme divulgou a Petrobras, a plataforma chegou ao pré-sal da Bacia de Santos no fim de janeiro deste ano. Desde então, foram realizadas operações para conectá-la a poços e equipamentos submarinos, além de alguns testes finais antes de dar início à produção. Inicialmente, o FPSO será associado a seis poços produtores e sete injetores. A expectativa é de que a plataforma alcance, até o final do ano, o seu maior índice de produção.
Em nota, o diretor de Desenvolvimento da Produção da Petrobras, João Henrique Rittershaussen, afirmou que o FPSO Guanabara é a unidade de produção de petróleo mais complexa em operação no Brasil, tendo sido concebido a fim de aliar a capacidade produtiva, eficácia e diminuição da emissão de gases de efeito estufa. Segundo ele, a instalação de um projeto com essa tecnologia é consequência de mais de dez anos de aprendizado no pré-sal e do trabalho integrado entre a Petrobras, parceiros e fornecedores.
Nova plataforma produz energia suficiente para abastecer cidade de 330 mil habitantes
O peso da nova plataforma é de 102.443 toneladas, o que, para fins comparativos, equivale a 258 Boeings 747. Sua altura é de 172 metros, equivalente a 4,6 estátuas do Cristo Redentor, e seu comprimento de 332 metros, o que daria três campos de futebol. Além do mais, ela possui capacidade de geração de energia de 100 megawatts, o bastante para abastecer uma cidade de 330 mil habitantes.
A unidade, construída e operada pela Modec, está situada a mais de 150 quilômetros da costa do estado do Rio de Janeiro, em profundidade d’água que chega a 1.930 metros. Em adição a ela, é esperado que mais três plataformas definitivas entrem em operação no campo de Mero no horizonte do Plano Estratégico 2022-2026 da Petrobras.
De acordo com a companhia, o FPSO Guanabara, localizado no pré-sal da Bacia de Santos, apresenta sistemas de reinjeção do gás, em que a produção de gás com teor de 45% de dióxido de carbono (CO2), após consumo próprio no FPSO, será completamente reinjetada na jazida, com o objetivo de manter a pressão e aprimorar a recuperação de petróleo, além de diminuir a liberação de CO2 na atmosfera. Tal processo será realizado de maneira alternada com a injeção de água (Water Alternating Gas – WAG).
FPSO Carioca se torna a plataforma de maior produção da Petrobras: unidade afretada junto à Modec, no pré-sal da Bacia de Santos, alcança 175 mil barris de petróleo por dia
A Plataforma FPSO Carioca, do gigante brasileiro Petrobras, alcança 175 mil barris de petróleo por dia (bpd), aproximando-se de sua capacidade total de produção.
A Petrobras informou que entrou em operação o quarto poço produtor interligado ao FPSO Carioca, no campo de Sépia, no pré-sal da Bacia de Santos. A abertura do último poço produtor acrescentou 41 mil barris de petróleo por dia (bpd) à unidade – que já produzia 134 mil bpd. Com isso, tornou-se a plataforma de maior produção da petroleira brasileira, no momento, com 175 mil bpd.
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