Zelensky acusa Rússia na ONU, alerta sobre drones e agradece Trump. Discurso reforça apoio dos EUA e cobra reação internacional.
O que aconteceu na ONU ontem deixou o mundo em alerta. O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou diretamente a Rússia de rejeitar qualquer cessar-fogo. O discurso ocorreu nesta quarta-feira (24), em Nova York, durante a Assembleia Geral da ONU, onde ele também agradeceu o apoio de Trump e cobrou ação firme dos EUA e de outros países.
Com fala dura, Zelensky explicou como os ataques russos continuam semanalmente, custando vidas inocentes. E deixou claro por que o conflito está longe de terminar: “A guerra da Rússia contra o nosso país continua enquanto pessoas seguem morrendo todas as semanas. Não há cessar-fogo porque a Rússia se recusa”.
Rússia rejeita cessar-fogo e pressiona a ONU
Logo no início de sua fala, Zelensky disparou contra Moscou. Ele destacou que, mesmo após múltiplas tentativas, a Rússia não aceita interromper os ataques. Para ele, essa postura mostra não apenas agressividade, mas também desprezo total pela lei internacional.
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A crítica teve impacto imediato na Assembleia, pois expôs o impasse que trava negociações há meses. Assim, o presidente ucraniano cobrou ação mais dura das instituições multilaterais, acusando-as de fraqueza: “Essa loucura continua porque as instituições internacionais são muito fracas”.
Armamento: “Se quer paz, precisa de armas”
Em outro momento polêmico, Zelensky defendeu que a paz só é possível com armas. Segundo ele, o século XXI mudou as regras do jogo: “Se uma nação quer paz, ela ainda precisa ter armas. É doentio, mas é a realidade”.
Esse trecho provocou reações fortes entre diplomatas, pois reforçou a ideia de que a sobrevivência de países menores depende do apoio militar de potências como os EUA.
O alerta sobre os drones
Zelensky também chamou atenção para um fenômeno que preocupa especialistas em segurança: o avanço dos drones. Antes restritos a países ricos, agora eles estão nas mãos de nações com menos recursos, aumentando o risco global.
“É só uma questão de tempo antes de drones estarem lutando contra drones de forma autônoma, sem humanos envolvidos”, alertou. Ele ainda lembrou que a própria Ucrânia precisou fabricar drones para resistir à Rússia, pois ataques desse tipo já fazem parte da rotina da guerra.
Trump e os EUA entram no discurso
Em um gesto inesperado, Zelensky agradeceu o apoio de Trump, reforçando a importância da ajuda dos EUA no conflito. Ele citou inclusive a tentativa de assassinato contra o ex-presidente como exemplo de como as ameaças globais estão cada vez mais agressivas.
“As armas estão avançando mais rápido do que a nossa capacidade de se defender”, afirmou. Para ele, a parceria com líderes internacionais é imperdível para manter a resistência ucraniana.
ONU pressionada e apelo final de Zelensky
O presidente encerrou seu discurso conclamando a união dos países-membros da ONU. Ele pediu que as nações não fiquem em silêncio diante da agressão russa e que reforcem a defesa da vida e da lei internacional.
“Não fiquem em silêncio enquanto a Rússia continua esta guerra. Por favor, condenem-na. Una-se a nós na defesa da vida e da lei internacional”, declarou.
Impacto global do discurso de Zelensky
O discurso de Zelensky na ONU não foi apenas uma denúncia, mas também um pedido desesperado de reforço militar e diplomático. A presença de palavras fortes, o agradecimento a Trump e o apelo aos EUA mostraram que a guerra deixou de ser um conflito regional para se tornar uma questão global.
Além disso, o alerta sobre os drones revelou uma nova realidade: a tecnologia está mudando a forma de lutar e pode transformar qualquer nação em potência militar de ataque.