Washington está em alerta máximo após a China cortar exportações de minério vital para mísseis e caças. A decisão pode paralisar as forças armadas do Ocidente e representar um pesadelo logístico para os EUA.
A tensão entre Washington e Pequim subiu mais um degrau nesta semana. Um novo relatório publicado por fontes militares americanas e divulgado pela CNN aponta que a China está restringindo drasticamente a exportação de um minério vital para a produção de mísseis e caças, como parte de sua estratégia de influência e retaliação geopolítica.
De acordo com analistas de defesa e inteligência dos Estados Unidos, a decisão chinesa pode comprometer a segurança nacional de países da OTAN, gerar interrupções críticas nas cadeias de suprimento de armamentos e forçar a paralisação de atividades estratégicas das forças armadas ocidentais nos próximos meses.
Qual é o minério vital que está sendo cortado pela China?
Embora o nome do material não tenha sido oficialmente divulgado pelas autoridades americanas, fontes ligadas ao Pentágono e à indústria de defesa indicam que o elemento em questão pertence ao grupo dos metais de terras raras – mais especificamente, o gálio ou o gerânio, ambos utilizados na fabricação de:
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- Mísseis guiados por radar
- Caças de quinta geração
- Satélites de comunicação militar
- Equipamentos de guerra eletrônica
- Sistemas de mísseis hipersônicos
Esses metais são essenciais para a construção de componentes semicondutores e sensores ópticos que garantem a eficácia e a precisão dos sistemas de armamentos modernos. Segundo especialistas, “sem esses minerais, uma aeronave como o F-35 simplesmente não funcionaria”.
O monopólio chinês nas terras raras: uma arma geopolítica
A China controla mais de 85% do refino global de terras raras, e essa vantagem estratégica tem sido usada como instrumento de pressão nos últimos anos. O atual corte nas exportações ocorre após os Estados Unidos reforçarem alianças no Indo-Pacífico e aumentarem sanções tecnológicas contra empresas chinesas.
Não é a primeira vez que Pequim utiliza o domínio sobre recursos estratégicos como ferramenta geopolítica. Em 2010, por exemplo, o Japão foi alvo de uma ação semelhante após uma disputa territorial. Agora, o impacto é global — e militar.
Washington em estado de alerta: risco de paralisação militar real
O Departamento de Defesa dos EUA classificou o cenário como “alarmante”. O general Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA, afirmou em pronunciamento fechado que o corte pode afetar diretamente a capacidade de produção de equipamentos estratégicos nos próximos seis meses, caso o estoque atual de materiais se esgote.
A Força Aérea norte-americana já iniciou uma auditoria urgente em seus contratos de fornecimento e busca alternativas de origem em países aliados, como Austrália e Canadá. No entanto, esses países não possuem capacidade instalada suficiente para suprir a demanda no curto prazo.
O alerta de Washington se estende a aliados europeus. Segundo a Sociedade Militar, oficiais da OTAN já estão em tratativas emergenciais com fornecedores alternativos. A dependência da China por parte de países como Alemanha, Reino Unido e França pode prejudicar o fornecimento de:
- Peças para mísseis Patriot
- Sensores térmicos de tanques Leopard
- Tecnologia stealth de aeronaves Rafale e Typhoon
Essa vulnerabilidade levanta questionamentos sobre autonomia militar do Ocidente e a urgência de estabelecer cadeias de suprimento seguras e independentes da influência de regimes autoritários.
A corrida pela autossuficiência: projetos em andamento
Diversos países já vinham trabalhando em planos para reduzir a dependência dos minerais processados pela China, mas o progresso tem sido lento.
Nos Estados Unidos, o Defense Production Act foi acionado para acelerar o investimento em minas e usinas de refino nacionais, mas ainda é incipiente. A Lynas Rare Earths, na Austrália, é uma das poucas empresas fora da China com capacidade significativa de produção, mas enfrenta gargalos logísticos.
A União Europeia também lançou o European Raw Materials Alliance, com foco em terras raras e metais estratégicos. No entanto, o bloco ainda importa mais de 95% desses minerais da Ásia, o que compromete sua autonomia.
A estratégia da China: contenção tecnológica e militar
Segundo analistas em Washington, o objetivo de Pequim é claro: forçar os adversários a retrocederem nas sanções e nas alianças estratégicas no Indo-Pacífico, especialmente no estreito de Taiwan e nas rotas do Mar do Sul da China.
Ao cortar o fornecimento de minério vital para caças e mísseis, a China pretende desestabilizar o equilíbrio militar atual sem disparar um tiro. Trata-se de uma guerra assimétrica, onde recursos naturais se tornam armas silenciosas.
Especialistas alertam para cenário de vulnerabilidade crescente
O especialista em geopolítica militar Michael Pillsbury, conselheiro do Departamento de Estado, declarou à imprensa americana:
“Não estamos falando apenas de economia ou diplomacia. Estamos diante de uma nova forma de guerra: o controle de recursos críticos que sustentam a superioridade tecnológica das nossas forças armadas.”
O general aposentado Mark Hertling complementou:
“Se os estoques não forem realocados em tempo hábil, o Ocidente pode enfrentar um apagão militar parcial, especialmente em sistemas de vigilância e defesa antiaérea.”
O que pode acontecer se o corte chinês continuar?
Especialistas trabalham com três cenários possíveis:
Reversão do corte por pressão diplomática
Caso a China sofra sanções comerciais ou retaliações da OMC, pode ceder parcialmente no bloqueio do minério estratégico.
Estabilização parcial por novos fornecedores
Austrália, Vietnã e Brasil podem aumentar produção, mas não em ritmo suficiente para suprir todas as forças armadas da OTAN.
Crise de defesa global prolongada
Interrupções na produção de caças, satélites e mísseis nos EUA e Europa, forçando revisões estratégicas, atrasos em contratos militares e aumento de vulnerabilidades diante de ameaças como Rússia e Irã.
China vs. Washington: uma guerra fria tecnológica e estratégica
O episódio do corte de minerais é mais um capítulo da nova Guerra Fria entre China e Estados Unidos, onde domínio tecnológico, recursos estratégicos e dependência industrial se tornaram armas.
Washington acredita que, ao restringir o minério vital para a produção de mísseis e caças, a China está explorando a fragilidade de uma economia globalizada demais, e um sistema de defesa excessivamente dependente de um único fornecedor.
Brasil pode ser peça-chave nesse tabuleiro?
Com grandes reservas minerais e projetos de terras raras no Pará, Minas Gerais e Bahia, o Brasil surge como um potencial parceiro estratégico para os EUA e Europa. No entanto, ainda falta estrutura de refino e segurança jurídica para atrair investimentos de peso no setor.
Analistas sugerem que políticas públicas voltadas para mineração estratégica e acordos bilaterais de cooperação poderiam transformar o Brasil em fornecedor confiável de materiais críticos, abrindo caminho para participação mais ativa em alianças de defesa global.
O alerta emitido por Washington não é apenas uma reação momentânea, mas um reflexo da nova realidade das guerras do século XXI. O controle de minérios vitais para produção de mísseis e caças tornou-se uma arma silenciosa, com potencial para desativar forças armadas inteiras sem a necessidade de confrontos diretos.
Enquanto os Estados Unidos e seus aliados buscam alternativas, a China mostra que, no xadrez geopolítico atual, quem controla os recursos, controla o poder.