A China Eastern Airlines vai lançar uma rota inédita que cruzará oceanos, terá escala técnica e marcará um divisor de águas para a aviação global
A China Eastern Airlines anunciou em 22 de setembro de 2025 que lançará, em 4 de dezembro do mesmo ano, o voo mais longo do planeta. A nova rota ligará Buenos Aires, na Argentina, a Xangai, na China, em uma jornada de até 29 horas de duração. A operação ocorrerá em aeronaves Boeing 777-300 ER, conforme dados divulgados pela Bloomberg.
Além disso, a companhia confirmou uma parada técnica em Auckland, na Nova Zelândia, mas os passageiros permanecerão a bordo. Por isso, o voo será classificado como direto.
Operação inédita e detalhes técnicos
A companhia detalhou que a operação ocorrerá duas vezes por semana. A duração variará entre 26 e 29 horas, dependendo das condições climáticas.
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- Início das operações: 4 de dezembro de 2025.
- Aeronave: Boeing 777-300 ER.
- Duração: entre 26 e 29 horas.
- Escala: Auckland, sem desembarque.
- Frequência: duas vezes por semana.
Esse anúncio representa um marco histórico para a aviação latino-americana. Assim, Buenos Aires passa a ser reconhecida como hub estratégico de conexão internacional entre a América do Sul e a Ásia.
Custos das passagens e acesso ao voo
De acordo com as tarifas divulgadas em setembro de 2025, a classe econômica custará a partir de US$ 1.715. Já a classe executiva terá preço aproximado de US$ 5.000.
Esses valores, portanto, refletem a complexidade logística da rota e também o nível de conforto exigido em voos intercontinentais de longa duração.
- Classe econômica: a partir de US$ 1.715.
- Classe executiva: cerca de US$ 5.000.
Ainda que o custo seja elevado, especialistas avaliam que a procura será significativa. Afinal, há crescimento contínuo no fluxo comercial e cultural entre América Latina e Ásia.
Superando recordes históricos
O novo voo de Buenos Aires para Xangai superará em três horas a rota mais longa do passado, que ligava São Paulo a Pequim com escala em Madri.
Esse feito foi anunciado em setembro de 2025 e classificado por especialistas como um marco para a aviação comercial mundial, já que estabelece uma das rotas mais extensas da história.
Assim, a China Eastern Airlines consolida seu papel como referência em rotas ultralongas e reforça sua competitividade no setor global.
Impactos econômicos e estratégicos
A estreia em 4 de dezembro de 2025 terá efeitos que ultrapassam o setor aéreo. Empresas exportadoras sul-americanas, sobretudo argentinas e brasileiras, poderão reduzir o tempo logístico nas conexões comerciais com a China.
Além disso, o trajeto favorecerá o turismo internacional e consolidará a China como principal parceiro comercial da América Latina.
De acordo com especialistas em transporte aéreo, a medida confirma uma tendência de expansão das rotas ultralongas, desenvolvidas justamente para atender uma demanda crescente por conectividade direta entre polos estratégicos.
Linha do tempo do lançamento
- 22 de setembro de 2025: anúncio oficial do voo pela China Eastern Airlines.
- 4 de dezembro de 2025: estreia da operação partindo de Buenos Aires.
- 26 a 29 horas de duração: tempo estimado da jornada até Xangai.
Essa sequência mostra que a operação foi planejada para se tornar referência histórica na aviação internacional.
Buenos Aires como novo hub global
Com a inauguração da rota, Buenos Aires se consolidará como ponte direta entre América Latina e Ásia.
Segundo analistas ouvidos em setembro de 2025, a escolha da capital argentina tem impacto geopolítico e econômico direto, colocando a cidade em disputa com São Paulo e Cidade do México pelo protagonismo aéreo regional.
O voo mais longo do mundo, com até 29 horas de duração, se tornará realidade em dezembro de 2025 e mudará a aviação internacional. Mas será que esse marco será lembrado apenas como um feito técnico ou também como o início de uma nova era de integração entre América Latina e Ásia?