Comparativo técnico 2025: entenda as especificações, autonomia, potência e valores dos carros elétricos mais acessíveis disponíveis no mercado brasileiro
O mercado de carros elétricos no Brasil entrou em uma nova fase em 2025, com o avanço da produção nacional e a chegada de modelos importados de menor custo. Atualmente, é possível encontrar veículos 100% elétricos por menos de R$ 100 mil, algo impensável há poucos anos. A redução de impostos estaduais, a ampliação da infraestrutura de recarga e a estratégia de marcas chinesas e nacionais para ampliar o acesso a essa tecnologia estão transformando o cenário automotivo.
Entre os principais fatores que definem o custo total estão a bateria (responsável por até 40% do preço final), a autonomia (em média entre 170 e 320 km) e a eficiência do conjunto elétrico. Além disso, a origem da montagem — local ou importada — influencia o valor e a disponibilidade.
A seguir, veja os carros elétricos mais baratos do Brasil em 2025, com dados técnicos e informações oficiais de desempenho, autonomia e consumo.
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1. Renault Kwid E-Tech
Preço estimado: R$ 99.990
Motorização: Motor elétrico síncrono de ímã permanente, 48 kW (65 cv) e torque de 11,5 kgfm.
Bateria: 26,8 kWh (úteis 23,8 kWh).
Autonomia: 185 km (INMETRO).
Recarga: 0 a 80 % em cerca de 40 min (DC 30 kW).
Peso: 977 kg.
Tração: Dianteira.
O Kwid E-Tech é o modelo mais acessível do país. Projetado para o uso urbano, seu conjunto leve e compacto oferece custo de rodagem baixo e manutenção simples. Apesar da autonomia modesta, atende bem deslocamentos diários de até 60 km, com recarga completa feita em casa ou em pontos públicos.

2. BYD Dolphin Mini
Preço estimado: R$ 119.990
Motorização: Motor dianteiro de 75 cv e 13,8 kgfm.
Bateria: 38 kWh, tecnologia Blade (LFP).
Autonomia: 280 km (INMETRO).
Recarga: 30 a 80 % em cerca de 30 min (DC 60 kW).
Peso: 1.280 kg.
O Dolphin Mini, da BYD, é hoje o principal concorrente na faixa intermediária. A bateria Blade é referência em segurança e durabilidade, e o veículo traz estrutura reforçada, 6 airbags e conectividade completa. O consumo médio fica entre 13 e 15 kWh/100 km, o que representa custo por quilômetro até 75 % menor que um carro a combustão equivalente. A marca também iniciou em 2025 a operação da fábrica em Camaçari (BA), o que tende a reduzir o preço final a médio prazo.

3. CAOA Chery iCar
Preço estimado: R$ 119.990
Motorização: 61 cv e 15,3 kgfm.
Bateria: 30,8 kWh.
Autonomia: 197 km (INMETRO).
Recarga: 20 a 80 % em aproximadamente 35 min (DC).
Peso: 980 kg.
Tração: Traseira.
Compacto e prático, o iCar é o elétrico urbano da CAOA Chery, projetado para deslocamentos curtos e ambiente de cidade. O espaço interno é otimizado, e o conjunto de suspensão prioriza conforto. Embora o desempenho seja limitado em estrada, o modelo apresenta excelente eficiência energética e manutenção de baixo custo, com intervalos longos entre revisões.

4. JAC e-JS1
Preço estimado: R$ 134.566
Motorização: 62 cv e 15,3 kgfm.
Bateria: 30,2 kWh (LFP).
Autonomia: 161 km (PBEV INMETRO).
Recarga: 0 a 80 % em cerca de 40 min (DC).
Peso: 1.050 kg.
O JAC e-JS1 segue como um dos modelos de entrada mais equilibrados. Embora o preço já se aproxime dos concorrentes superiores, ele oferece dirigibilidade leve, consumo baixo e conectividade simples. Ideal para o motorista que busca um segundo veículo elétrico ou uso urbano diário. A rede da JAC, porém, ainda é restrita a grandes capitais, o que pode limitar o suporte técnico em algumas regiões.

5. Neta Aya
Preço estimado: R$ 123.900 a R$ 134.900
Motorização: 95 cv e 15,5 kgfm.
Bateria: 36,1 kWh.
Autonomia: até 320 km (WLTP) / cerca de 260 km (INMETRO).
Recarga: 30 min (DC 70 kW).
Peso: 1.230 kg.
A Neta, marca chinesa recém-chegada ao Brasil, aposta em tecnologia e design minimalista. O Aya oferece mais potência e autonomia que os rivais diretos, além de central multimídia de 14,6 polegadas e carregador interno de 6,6 kW. É um dos carros elétricos com melhor equilíbrio entre desempenho e preço, embora a rede de concessionárias ainda esteja em expansão.

6. GWM Ora 03
Preço estimado: R$ 154.000 (BEV48) | R$ 169.000 (BEV58)
Motorização: 171 cv e 25,5 kgfm.
Bateria: 48 ou 58 kWh.
Autonomia: até 400 km (WLTP).
Recarga: 30 a 80 % em cerca de 40 min.
O Ora 03, importado pela GWM, é o mais potente do grupo e se posiciona entre os compactos premium. Conta com 5 estrelas no Euro NCAP, pacote completo de assistentes ADAS e conforto de rodagem acima da média. Embora o preço seja superior, o custo por quilômetro rodado continua competitivo frente a híbridos e compactos a combustão equivalentes.

7. GAC Aion Y
Preço estimado: R$ 174.990 a R$ 187.990
Motorização: 204 cv e 30,6 kgfm.
Bateria: 63 kWh.
Autonomia: 410 km (WLTP).
Recarga: 10 a 80 % em 35 min (DC 80 kW).
Tração: Dianteira.
O Aion Y é o mais espaçoso entre os elétricos acessíveis, com 4,4 m de comprimento e entre-eixos de 2,75 m. O modelo traz interior moderno, teto panorâmico e soluções de segurança ativa. Apesar de ser o mais caro da lista, destaca-se pela autonomia e pela tecnologia embarcada.

Evolução da mobilidade elétrica no Brasil aponta para queda de preços e ampliação da autonomia
O carro elétrico deixou de ser um nicho restrito e passou a ocupar espaço real nas ruas brasileiras. A combinação entre incentivos fiscais, nacionalização de componentes e expansão da infraestrutura de recarga tem reduzido o preço médio e ampliado a autonomia dos modelos.
A tendência para os próximos anos é de diversificação: montadoras como BYD, GWM e Renault devem investir em versões locais, reduzindo custos logísticos e aumentando a oferta de veículos entre R$ 100 mil e R$ 160 mil. Além disso, a chegada de novas baterias LFP e de carregadores rápidos públicos — capazes de repor até 80% da carga em menos de 30 minutos — deve acelerar a adoção.
Em resumo, 2025 marca um ponto de virada: o carro elétrico se torna uma alternativa viável para o motorista urbano, oferecendo manutenção reduzida, economia energética e autonomia suficiente para o uso diário.
E você, acredita que essa evolução já torna o carro elétrico uma escolha prática para o seu dia a dia, ou ainda prefere aguardar a consolidação da infraestrutura de recarga no Brasil?
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