Do “Rolanda” ao “Thaoã”, brasileiros contam curiosidades por trás de nomes tão raros que nem aparecem na lista oficial do IBGE.
Brasileiros com nomes raros desafiam o IBGE e revelam histórias cheias de curiosidades
Nomes como Rolanda, Thátner, Kraucer e Thaoã estão chamando atenção no Brasil após o IBGE divulgar o novo ranking de popularidade de nomes do país.
O levantamento, baseado no Censo de 2022, listou os nomes mais comuns registrados em cartórios. No entanto, os que aparecem em menos de 20 registros no Registro Civil foram ocultados por sigilo estatístico — e é justamente aí que surgem as histórias mais curiosas.
Esses brasileiros, cujos nomes não aparecem nem mesmo na base pública do IBGE, contaram ao g1 as origens inusitadas e afetivas por trás das escolhas feitas por seus pais e avós. Em muitos casos, há homenagens familiares, lapsos de memória e até inspirações televisivas.
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Sigilo do IBGE esconde nomes com menos de 20 registros no Brasil
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmou que, por questões de privacidade, não divulga nomes utilizados por menos de 20 pessoas. A regra protege a identidade dos cidadãos e evita que dados individuais sejam rastreados.
Mas a curiosidade dos brasileiros foi além das estatísticas: quem carrega esses nomes raros decidiu compartilhar suas histórias e, de quebra, mostrar o lado afetivo e até cômico por trás do Registro Civil.
Rolanda, a herdeira de uma tradição familiar
Entre os nomes incomuns, o de Rolanda Marla Costa, do Rio de Janeiro, carrega um legado familiar.
“É um nome tradicional de família. Meu bisavô era Rolando, meu avô Rolando e meu pai Rolando”, contou. Assim, Rolanda manteve viva uma tradição que atravessa gerações e preserva um vínculo afetivo com suas origens.
Milvon Júnior: quando a homenagem não vai continuar
Outro caso curioso é o de Milvon Júnior, de Campinas (SP).
“Meu nome é Milvon. Não só isso. Milvon Júnior porque meu pai também chama Milvon”, explicou. O nome nasceu de uma adaptação feita pelo avô, Milton, que buscava algo semelhante ao próprio nome. “Meu pai quis realizar essa homenagem, mas eu prometo, esse nome não vai continuar”, brinca o morador.
Junian e o desejo de semelhança com o irmão
Já o paranaense Junian Freitas, de Ponta Grossa, ganhou um nome por pura inspiração fraterna.
“Minha mãe queria um nome parecido com o do meu irmão. O nome dele é Júnior”, revelou. O resultado foi um nome inventado, sonoramente semelhante, que o tornou único no país.
Delinir: quando o esquecimento virou batismo
A história de Delinir Padilha, de Contenda (PR), é um clássico exemplo de improviso paterno.
“A origem do meu nome, contava minha mãe, é que meu pai tinha esquecido. Era para ser Débora”, afirmou, aos risos. E até o Google parece não entender o nome. “Até mesmo o Google me corrige: ‘Você quis dizer DEFINIR’”, contou.
Thátner: o nome que veio da TV
Em Belo Horizonte, Thátner Gomes explica que seu nome nasceu por pura sonoridade.
“Meu pai ouviu na televisão, achou bonito, diferente, foi direto para o cartório registrar e escreveu do jeito que ouviu”, relatou. Assim, o nome ganhou vida — com uma grafia única e sem origem definida.
Morrisson, o nome inspirado em uma cidade argentina
O brasiliense Morrisson Mazzucco carrega um nome que parece estrangeiro, mas tem uma história nacional.
“A sugestão veio do meu pai. Ele estudou em um seminário na cidade de Morrison, na província de Córdoba, Argentina”, explicou. O resultado: um nome raro que homenageia uma lembrança da juventude do pai — e que nada tem a ver com o famoso cantor Jim Morrison.
Kraucer e Naziara: os vizinhos e os pais inspiradores
Em Brasília, Kraucer Fernandes diz que seu nome surgiu da convivência.
“Eu perguntei para os meus pais e eles me falaram que seria um vizinho com nome parecido, mas até hoje não encontrei ninguém com o nome igual o meu”, revelou.
Já Naziara Santos, de Aracaju, explica que o dela é uma derivação do nome de seu pai: “Por conta do nome do meu pai, que se chama Nazian”, contou, orgulhosa.
Thaoã e Ariolan: significados perdidos no tempo
Entre os nomes mais misteriosos, estão Thaoã e Ariolan.
“Segundo minha mãe, quer dizer filho da lua, mas ela não lembra bem de onde veio esse nome”, disse Thaoã Barbosa, do Rio de Janeiro.
Casado com Rhanda Santos, ele brinca que o nome da esposa também veio de um erro criativo: “Minha mãe entendeu Rhanda, mas era Hanna, igual a Hanna Montana. E ela botou com RH, do jeitinho brasileiro de nomear os filhos.”
Enquanto isso, Ariolan, advogado de Caicó (RN), afirma: “A origem desse nome eu não sei ao certo, só sei que minha mãe decidiu que iria me batizar de Ariolan e assim o fez.”



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