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Você está gastando combustível à toa? Veja o ajuste no ar-condicionado que pode reduzir em até 20% o consumo do carro

Escrito por Ana Alice
Publicado em 26/08/2025 às 18:13
Ar-condicionado pode aumentar o consumo do carro em até 20%. Veja ajustes simples para economizar combustível sem perder conforto.
Ar-condicionado pode aumentar o consumo do carro em até 20%. Veja ajustes simples para economizar combustível sem perder conforto.
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O uso do ar-condicionado pode elevar o gasto de combustível em dias de calor intenso, mas ajustes simples no funcionamento do sistema ajudam a manter a eficiência e evitar perdas desnecessárias de desempenho do veículo.

Em dias de calor intenso, o ar-condicionado virou item de necessidade — e também um dos principais vilões do gasto de combustível.

Em condições severas, como trânsito pesado e temperaturas altas, o sistema pode elevar o consumo do carro entre 10% e 20%, segundo o Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV).

O ajuste que mais ajuda a conter essa perda é usar a recirculação do ar interno depois de ventilar a cabine, aliviando o esforço do compressor e estabilizando a refrigeração com menos carga sobre o motor.

Como o ar-condicionado interfere no consumo

Ao ligar o sistema, o compressor entra em ação e demanda energia do motor.

Essa carga extra exige mais combustível para manter o carro em movimento, sobretudo quando a cabine está muito quente, quando o veículo roda devagar ou permanece parado.

Em cenários extremos de calor e trechos curtos, a queda de eficiência pode ser ainda superior à média, como apontam órgãos internacionais de eficiência energética.

O ajuste mais eficaz: recirculação no momento certo

A recirculação reaproveita o ar que já foi resfriado dentro do veículo, evitando que o sistema tenha de resfriar continuamente o ar quente que vem de fora.

Com isso, o compressor trabalha menos para manter a mesma temperatura interna, o que reduz a carga sobre o motor e tende a baixar o impacto no consumo em uso real.

Montadoras recomendam usar recirculação de forma temporária, especialmente para acelerar o resfriamento inicial, voltando ao ar externo para renovar a cabine quando a temperatura se estabiliza.

Temperatura, modo automático e conforto

Ajustes muito extremos — como selecionar a menor temperatura possível por longos períodos — elevam a exigência sobre o sistema.

Em vez disso, vale manter uma temperatura moderada e estável, recorrendo ao modo automático quando disponível.

Nessa configuração, o próprio sistema regula ventilador, distribuição de ar e recirculação para atingir e sustentar o conforto com o menor esforço necessário, o que ajuda a evitar picos de consumo desnecessários.

Em trânsito urbano, onde o compressor atua com mais frequência, essa escolha faz diferença prática.

Ventilar antes de resfriar

Quando o carro ficou ao sol, convém ventilar a cabine antes de acionar o resfriamento pleno. Abrir as janelas por alguns instantes com o carro em movimento ajuda a expulsar o ar quente acumulado.

Em seguida, feche as janelas, selecione a recirculação e deixe o sistema trabalhar até a temperatura se estabilizar.

Esse procedimento evita que o compressor precise enfrentar, de imediato, a maior diferença térmica possível, reduzindo a carga inicial sobre o motor.

Manutenção e filtros: eficiência em detalhe

A eficiência do sistema depende do estado de manutenção.

Filtro de cabine sujo restringe a passagem de ar, piora a ventilação e obriga o compressor a operar por mais tempo para entregar o mesmo resfriamento.

Além disso, correia, fluido refrigerante e componentes do sistema precisam estar em dia para garantir a operação correta.

Revisões periódicas preservam o desempenho e impedem que o consumo suba por falhas acumuladas.

Em modelos com climatização automática, seguir as orientações do manual — como a alternância entre ar externo e recirculado — ajuda a manter a eficiência do conjunto.

Velocidade, cabine e uso

O impacto do ar-condicionado não é fixo. Ele varia conforme tamanho da cabine, velocidade média e padrão de uso.

Em veículos compactos, a fração de potência destinada ao compressor pesa mais, especialmente em marchas lentas e paradas longas.

Já em rodovias, com velocidade constante e maior fluxo de ar pelo condensador, a perda relativa tende a cair.

Ainda assim, em ondas de calor, a demanda do sistema aumenta e o consumo acompanha esse esforço extra.

No agregado, estudos de campo mostram que a penalidade média em uso cotidiano costuma ficar próxima da faixa estimada pelo ONSV para situações de maior severidade.

Passos práticos para gastar menos

Funciona assim:

  • Ao entrar no carro muito quente, rode e ventile por um ou dois minutos com as janelas abertas.
  • Feche-as e acione a recirculação para acelerar o resfriamento.
  • Estabilizada a temperatura, mantenha uma regulagem moderada.
  • Quando possível, deixe o modo automático gerenciar a ventilação.
  • Em trajetos longos, alterne para ar externo periodicamente para renovar o ambiente.
  • Com manutenção em dia e filtro limpo, o sistema trabalha com menor resistência e consome menos para atingir o mesmo conforto.

O que mostram os dados confiáveis

Para balizar expectativas, o ONSV aponta que o uso do ar-condicionado pode elevar o consumo entre 10% e 20% em situações de uso extremo, como calor intenso e congestionamentos.

É essa perda que o uso adequado — ventilação inicial e recirculação alvo — ajuda a conter.

Em condições particularmente severas, órgãos de referência em eficiência energética indicam que a queda de economia de combustível pode superar essa faixa, o que reforça a importância dos bons hábitos de operação.

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Ana Alice

Redatora e analista de conteúdo. Escreve para o site Click Petróleo e Gás (CPG) desde 2024 e é especialista em criar textos sobre temas diversos como economia, empregos e forças armadas.

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