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Você costuma usar essas frases no dia a dia? Psicologia aponta sinais de pouca empatia e rigidez emocional

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 22/08/2025 às 12:26
Descubra quais frases comuns podem revelar falta de empatia e rigidez emocional segundo a psicologia e especialistas em comportamento.
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Certas expressões comuns no dia a dia podem indicar rigidez emocional e falta de empatia, segundo especialistas em comportamento. Psicólogos apontam que frases repetidas em interações sociais revelam padrões de comunicação que afetam relações pessoais e profissionais.

Um conjunto de expressões comuns no cotidiano pode indicar baixa empatia e rigidez emocional, segundo psicólogos.

Em situações de conflito, trabalho em equipe ou conversas delicadas, determinadas frases revelam resignação, indiferença ou dificuldade de considerar a perspectiva do outro.

A avaliação não depende de escolaridade formal, mas do grau de desenvolvimento socioemocional de cada pessoa.

Inteligência interpessoal e convivência social

Desde cedo, a socialização ensina normas básicas de convivência. Palavras como “por favor” e “obrigado” não se limitam à gentileza: funcionam como ferramentas sociais que reduzem atritos e favorecem cooperação.

Quando esses hábitos se consolidam, há maior probabilidade de relações estáveis, com respeito mútuo e comunicação clara.

Nesse contexto, a ideia de inteligência interpessoal, proposta por Howard Gardner na teoria das inteligências múltiplas, ajuda a explicar por que algumas pessoas manejam melhor as interações.

Gardner descreve essa inteligência como a habilidade de perceber intenções, motivações e desejos dos outros e de responder a eles de maneira adequada.

Representação visual da empatia e da inteligência interpessoal, com duas silhuetas conectadas por fluxos de energia. (Imagem: reprodução/IA)
Representação visual da empatia e da inteligência interpessoal, com duas silhuetas conectadas por fluxos de energia. (Imagem: reprodução/IA)

Especialistas destacam que indivíduos emocionalmente maduros costumam cultivar empatia, escuta ativa e sensibilidade ao ambiente ao redor.

Frases que funcionam como sinais de alerta

Algumas declarações recorrentes revelam padrões de comunicação que reduzem a cooperação e a abertura ao diálogo.

A repetição dessas fórmulas verbais indica resistência a negociar, baixa disposição para colaborar e pouca abertura a críticas.

A seguir, como esses enunciados operam no cotidiano e o que transmitem sobre vínculos e responsabilidades.

“É o que é”

Quando alguém recorre a “É o que é”, geralmente encerra a conversa e interrompe tentativas de solução. A expressão transmite conformismo e pode desconsiderar o efeito da situação sobre outras pessoas.

Para psicólogos, essa postura limita a busca de alternativas e sinaliza falta de responsividade emocional diante de demandas legítimas.

“Não é problema meu”

A afirmação estabelece fronteiras rígidas e reduz a chance de cooperação. Em equipes, costuma aparecer como recusa a compartilhar tarefas ou oferecer apoio.

O uso frequente dessa frase é associado à evasão de responsabilidades e a um estilo de relacionamento mais individualista, que se distancia do trabalho conjunto.

“Eu te disse, estou sempre certo”

Essa formulação reforça a ideia de infalibilidade e bloqueia o diálogo. Ao enfatizar estar “sempre certo”, a pessoa eleva a defesa do próprio ponto de vista e diminui a tolerância a críticas.

Profissionais de saúde mental relacionam esse comportamento à inflexibilidade cognitiva, que dificulta revisões, acordos e aprendizagem com erros.

“Eu não me importo”

Dizer “Eu não me importo” interrompe a conexão afetiva. Em relações pessoais, comunica indiferença e pode invalidar sentimentos alheios.

Em contextos de trabalho, desestimula a comunicação franca, já que desautoriza preocupações legítimas. Esse padrão tende a enfraquecer laços e ampliar a distância entre os envolvidos.

“Sou assim”

A frase aparece para encerrar pedidos de mudança ou convites à autorreflexão. A mensagem é de que não há espaço para ajustes de comportamento, mesmo quando causam impacto negativo.

Para especialistas, o uso recorrente de “Sou assim” indica baixa flexibilidade emocional e resistência a processos de crescimento pessoal.

“Isso é um absurdo”

Ao classificar um argumento como “absurdo”, a pessoa desqualifica o interlocutor e impede a escuta. O efeito é de autoritarismo comunicacional: impõe-se uma visão única, sem abertura para nuances.

Em ambientes colaborativos, esse gesto reduz a segurança psicológica e desincentiva contribuições.

“Não tenho tempo para essas coisas”

Embora pareça uma justificativa neutra, a expressão frequentemente encobre desinteresse por demandas emocionais.

Ao ser repetida, transmite que conversas sensíveis não são prioridade. Em equipes, o hábito pode comprometer a confiança, pois sugere que o tempo do outro não é considerado relevante.

Educação emocional e impacto nas relações

Ilustração conceitual de frases negativas e rigidez emocional, com balões de fala fragmentados e uma figura isolada. (Imagem: reprodução/IA)
Ilustração conceitual de frases negativas e rigidez emocional, com balões de fala fragmentados e uma figura isolada. (Imagem: reprodução/IA)

A presença dessas frases não significa, por si só, um diagnóstico. O que pesa é a frequência e o contexto de uso.

Quando se tornam respostas automáticas, funcionam como atalhos que evitam empatia, cooperação e revisão de postura.

A educação socioemocional opera no sentido oposto: incentiva considerar impactos, compartilhar responsabilidades e ajustar a comunicação conforme o interlocutor.

Especialistas ressaltam que boas maneiras não se limitam a formalidades.

Ao reconhecer o esforço do outro, pedir com cortesia e agradecer, cria-se um ambiente de respeito que favorece a confiança.

Em contrapartida, expressões de indiferença e fechamento comunicativo aumentam ruídos e dificultam acordos.

Caminhos para comunicação mais empática

Trocar fórmulas defensivas por respostas abertas é apontado como um passo concreto. Em vez de “É o que é”, é possível reconhecer limites e propor próximos passos.

No lugar de “Não é problema meu”, delimitar responsabilidades sem abandonar a colaboração. Quando surge a afirmação de estar “sempre certo”, apresentar evidências e acolher contrapontos.

Outro ponto é explicitar emoções e necessidades sem desqualificar a experiência alheia.

Dizer “Eu não me importo” interrompe o vínculo; já comunicar “Preciso de um tempo para pensar” mantém o diálogo.

Da mesma forma, trocar “Isso é um absurdo” por “Vejo de outro modo; posso explicar?” preserva a conversa na esfera das ideias.

A autorreflexão também reduz a frequência de frases que interrompem o debate.

Perguntar-se por que determinada demanda incomoda, o que está em jogo e como responder de forma respeitosa amplia o repertório social.

A inteligência interpessoal, tal como formulada por Gardner, se fortalece na prática cotidiana: perceber o outro, ajustar a comunicação e construir soluções conjuntas.

Entre as frases apresentadas, qual delas você mais identifica como recorrente nas interações de trabalho ou no convívio pessoal?

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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